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sexta-feira, 5 de junho de 2020

Espanha dilata para 22 de junho a reabertura das suas fronteiras com a França e Portugal, que estava marcada para dia 15, à revelia dos vizinhos




A ministra espanhola da Indústria, Comércio e do Turismo, Reyes Maroto, anunciou nesta quinta-feira a decisão de reabrir as fronteiras terrestres espanholas, a partir de 22 de junho, com Portugal e França. Fonte do Ministério da Administração Interna português garante, em reação à informação avançada pela governante espanhola, que ainda não há uma decisão tomada sobre a reabertura das fronteiras com Espanha, uma vez que estava acordado entre os dois países manter esse encerramento até 15 de junho. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros português manifestou-se surpreendido com o anúncio da Espanha e sublinhou que quem decide sobre a reabertura da fronteira portuguesa “é naturalmente Portugal”. 

“Fomos surpreendidos com estas declarações da ministra responsável pelo Turismo [da Espanha], que anuncia a reabertura da fronteira entre o seu país e Portugal para o próximo dia 22 de junho”, disse Augusto Santos Silva à agência Lusa, frisando que o anúncio “não se inscreve” no quadro de “cooperação estreita” entre os dois governos para a gestão da fronteira comum. 

“Quem decide sobre a abertura da fronteira portuguesa é naturalmente Portugal e Portugal quer fazê-lo em coordenação estreita com o único Estado com o qual tem uma fronteira terrestre, Espanha”, acrescentou, precisando que já estão a ser pedidos “esclarecimentos ao governo de Espanha”. 


Espanha antecipa decisão, segundo a governante espanhola, porque a Espanha pode não exigir período de quarentena para os viajantes terrestres vindos de Portugal, mas a medida ainda carece de aprovação, afirmou a ministra. 

Espanha tinha previsto abrir as fronteiras no dia 1 de julho mas nos últimos dias sinalizou que a abertura poderia acontecer antes dessa data. Desde meados de março passado que fronteiras do espaço Schengen têm estado encerradas no âmbito de um conjunto de medidas dos governos para travar a epidemia do novo coronavírus, que tem uma taxa de mortalidade inferior a 5%. 


As medidas, que incluíram o confinamento forçado da população, gerou uma das maiores crises económicas de empresa e fez disparar o desemprego e os pedidos de ajuda alimentar. Os países europeus procuram agora reativar as suas economias fortemente atingidas pela crise provocada pelo fechamento de empresas industriais, comércio e serviços. 

A abertura das fronteira no espaço Schengen, onde habitualmente há livre circulação de cidadãos, é vista como crucial para a recuperação econômica. A epidemia do novo coronavírus começou em Wuhan, na China, no final de 2019, e alastrou-se a todo mundo. 


A maioria dos infetados não apresenta sintomas ou precisa de poucos cuidados médicos mas uma franja da população com a saúde mais frágil – idosos e pessoas com outros problemas de saúde – podem não resistir à doença, desencadeada pelo vírus, denominada covid-19.

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