Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
Festival Hotel
Gourmet será realizado em dezembro
No dia 12 de
dezembro, Belo Horizonte receberá o Festival Hotel Gourmet, no Dayrell Hotel
& Centro de Convenções, das 10h às 16h. A iniciativa surgiu como uma ação
de confraternização, após o Encontro da Hotelaria e Gastronomia Mineira.
No encerramento da edição
deste ano, o evento contou com a atuação de chefs de cozinha de alguns dos
principais hotéis de Minas Gerais, em que cada profissional preparou uma
receita para ser servida aos participantes do evento.
Devido ao grande
sucesso da performance dos chefs, o Festival Hotel Gourmet foi criado. A
ocasião oferecerá o melhor da gastronomia para o público em geral e não apenas
aos profissionais do setor hoteleiro.
Devido às restrições
provocadas pela pandemia da Covid-19, a estrutura do evento será híbrida e, por
isso, contará com transmissão pelo YouTube. Entretanto, o público poderá
participar adquirindo, antecipadamente pelo Sympla, um kit degustação com cinco
porções de 200g de diferentes receitas. A retirada deve ser feita no local do
evento, evitando aglomeração de pessoas.
Festival Hotel
Gourmet - www.youtube.com/encontrohotelaria
Data: 12/12/2020 -
Horário: 10h às 16h
Local: Dayrell Hotel
& Centro de Convenções – Rua Espírito Santo, 901 – Centro - BH
Informações: (31)
98492-5752 – contato@encontrohotel.com.br
Romeiros voltam
a ser acolhidos, com restrições, na Serra da Piedade
Com fluxo de 500 mil pessoas por ano, templo optou por acolher com
agenda, exige uso de máscaras, álcool em gel, e afere temperatura
Com os dias
ensolarados e a chuva da primavera dando uma trégua, os romeiros estão de
volta, embora ainda em número reduzido, à Serra da Piedade,
em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Neste segundo
semestre, devido à pandemia do novo coronavírus, o Santuário Basílica
Nossa Senhora da Piedade, que guarda a imagem da padroeira de Minas, Nossa Senhora
da Piedade, passou por vários estágios. Foi reaberto em setembro, após seis
meses de portão trancado; fechado novamente para obras no acesso ao topo da
montanha, até reabrir dentro dos protocolos sanitários recomendados pelas
prefeituras de Caeté e Sabará e a Arquidiocese de Belo Horizonte, ao qual o
santuário está vinculado.
Em épocas normais, o
monumento espiritual, histórico, paisagístico e ambiental recebe 500 mil
pessoas por ano. Em Minas Gerais, é um dos pontos de destaque do turismo
religioso. Novidade para o Natal é que os padres do santuário, que tem como
reitor o padre Wagner Calegário, gravaram a novena em nove vídeos. O primeiro
está disponível hoje.
Em 2020, quando se
comemoram os 300 anos de Minas, que tem na Serra da Piedade uma
parte importante da sua história, pois são mais de 250 anos de romarias, e os
60 anos da proclamação de Nossa Senhora da Piedade como padroeira do estado, a
programação festiva foi barrada pela pandemia. Contudo, em grupos de 15 pessoas
de cada vez, é possível visitar o monumento natural que abriga
duas basílicas – a ermida do século 18 é a menor do mundo – e se tornou
conhecido como “magnífica arquitetura divina”.
A Basílica na serra da Piedade é a menor do
mundo
Em visita à Serra da
Piedade com grupo de 15 mães residentes na capital, a cozinheira Renata Alves
Soares Filomeno, moradora do Bairro Buritis, na Região Oeste de Belo Horizonte,
diz que, independentemente do número de pessoas, o topo da montanha sempre
inspira a fé. Natural de Caeté, ela conta que o pai dela foi voluntário durante
décadas no santuário. “Cresci aqui e gosto muito. Sinto-me em casa, é um lugar
especial na minha vida”, afirma Renata, que faz parte do grupo Mães que oram
pelos filhos na Paróquia Santa Clara de Assis, em BH.
Para visitar o
santuário da Serra da Piedade, é preciso fazer agendamento pelo telefone (31)
3319-6111 ou por meio do site www.santuarionspiedade.org.br. E mais: usar
máscara e ter a temperatura aferida logo na portaria – as pessoas com sintoma
de febre não poderão ingressar no local. Dentro dos protocolos determinados
pelo Ministério da Saúde, haverá álcool em gel disponível. A visita não é
recomendada a pessoas do grupo de risco. Conforme normas da Arquidiocese de BH,
o visitante precisa acompanhar o guia durante todo o passeio e seguir suas
recomendações.
Há uma série de
restrições ao consumo de bebidas alcoólicas, preparação de churrasco ou uso de
fogareiro, presença de animal doméstico dentro da reserva, assim como a escalar
ou subir nas pedras, caçar ou aprisionar animais, causar danos à vegetação,
retirar mudas, sair das trilhas ou abrir novos caminhos. O santuário obedece a
normas também do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e das prefeituras de
Caeté e Sabará. É proibido ainda escutar música em alto volume, acampar e
pernoitar em carros, andar de bicicleta nas trilhas (por causa da fragilidade
do solo), praticar esportes radicais e levar refeições para lanche ou
piquenique. Neste período de reabertura gradual, o santuário mantém à venda
comida no restaurante. A loja de artesanato ficará fechada, a exemplo da
lanchonete.
No Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade há variação de
temperatura devido à altitude (1.746 metros). Portanto, o visitante deve levar
agasalho e usar sapatos confortáveis para aproveitar o passeio. A taxa de
visitação é R$ 10 por pessoa (isenção para crianças menores de 7 anos), com o
pagamento no restaurante do santuário (Espaço Dom João Resende Costa).
São João Del Rey entre suas atrações estão as badaladas dos sinos
Com celebrações populares,
igrejas e construções históricas, São João del-Rei, na região de Campo das
Vertentes, é a maior cidade setecentista de Minas Gerais. A arquitetura
colonial e barroca é um dos principais atrativos do município, onde residem
hoje cerca de 90 mil habitantes.
A ocupação do local começou no
fim do século XVII, com bandeirantes paulistas que passavam pela região, às
margens do Rio das Mortes, com intenção de alcançar outros territórios do
interior da Colônia. A descoberta de ouro nas imediações atraiu mineradores e
aventureiros, que passaram a viver no Arraial de Rio das Mortes, como era
chamado até então.
Em 1713, o arraial foi
oficializado como vila, com o nome de São João del-Rei, em homenagem ao rei dom
João V, de Portugal. No Morro da Forca, onde eram executados os condenados por
crimes, os paulistas ergueram a primeira igreja da localidade, a Catedral
Basílica Nossa Senhora do Pilar, finalizada em 1721. No interior da construção,
há altares entalhados, grades de jacarandá e objetos de prata.
Merecem destaque também as
igrejas do Rosário, de São Gonçalo, Nossa Senhora do Carmo e São Francisco de
Assis – esta última projetada pelo mestre do barroco, Aleijadinho, guarda
também o túmulo do ex-presidente da República, Tancredo Neves, nascido na
região.
Tombamento federal
O acervo arquitetônico e
paisagístico de São João del-Rei é tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional (Iphan). Quem visita a cidade pode conhecer igrejas,
capelas, pontes, chafariz, casas e imóveis históricos, como o Museu Regional.
Nele estão expostas peças que faziam parte do cotidiano dos moradores do
município entre os séculos XVIII e XIX. É possível ver móveis, utensílios,
pinturas, imagens religiosas, além de instrumentos de trabalho, como balanças
de pesar ouro, rocas, teares e arados.
A cidade também é conhecida por
oferecer um passeio de maria fumaça até o município vizinho, Tiradentes. No
Museu Ferroviário, os visitantes podem observar balanças, relógios, telefones e
ferramentas, além da primeira locomotiva utilizada na Estrada de Ferro Oeste de
Minas, em 1881.
No centro histórico de São João
del-Rei, outra atração é a Rua Santo Antônio, chamada pelos habitantes de “Rua
das Casas Tortas”, por ser um dos primeiros núcleos de povoamento da cidade. Estreita
e cheia de curvas, a via abriga a Capela de Santo Antônio e a sede de duas
orquestras bicentenárias: a Lira Sanjoanense (1776) e a Ribeiro Bastos (1790).
O município tem ainda cinco
oratórios de pedra e madeira espalhados pelo Centro, chamados de Passinhos da
Paixão de Cristo. Na Quaresma e na Semana Santa, os espaços recebem fiéis em
procissão, que rezam enquanto percorrem o trajeto da Via Sacra.
Além das atrações históricas, São
João del-Rei se destaca pelas cachoeiras, como as do Urubu, da Pedreira e dos
Três Poços. A Serra do Lenheiro, formação rochosa de quartzito onde é possível
ver pinturas rupestres, é uma opção para quem procura passeios em contato com a
natureza.
Toque dos sinos
Conhecida nacionalmente pelo
toque dos sinos das igrejas, a cidade é referência para outros municípios
mineiros que também mantêm esse costume. Por meio das badaladas é possível
saber informações sobre missas, procissões e outras solenidades. O rito também
é empregado em celebrações como Natal, Semana Santa, casamentos, batizados,
festas de santos. Nas ocasiões fúnebres, há como saber, pelo som, até mesmo se
a pessoa que morreu era homem ou mulher.
O hábito vem do período colonial,
quando o toque dos sinos era utilizado para informar os moradores sobre
acontecimentos no município, sobretudo os religiosos. A prática, comum em São
João del-Rei e em outras oito cidades mineiras, é considerada patrimônio
imaterial pelo Iphan desde 2009.
Festuris foi a primeira feira de turismo
presencial no País
A
32ª edição do FESTURIS Gramado encerrou na noite de sexta-feira (7) marcando a
retomada das feiras de turismo presenciais na América Latina. Foram
dois dias de reencontros e muita produtividade nos negócios. Ao todo foram
6.000 reuniões agendadas pelos mais de 5.000 mil inscritos através do aplicativo
do evento. A segurança sanitária também foi validada com protocolos rígidos e a
certificação ‘Covid Free’ do IBES International.
Com
a sua realização mesmo durante uma pandemia, o FESTURIS mostrou que com
responsabilidade é possível retomar as atividades do setor de eventos e do
turismo. Apesar da redução do número de participantes e expositores – natural
diante do fechamento de fronteiras e a retomada lenta de muitos segmentos – o
feedback dado por quem passou pela feira foi de otimismo e negócios gerados
após meses de muita dificuldade.
Conforme
resultados apresentados na coletiva de imprensa, além do número de inscritos e
reuniões agendadas o FESTURIS teve 130 estandes e mais de 1.500 marcas em
exposição, distribuídas pelos 25 mil m² de área dos pavilhões. Mas os números gerais da feira não são mais
importantes do que a postura das marcas e destinos que apostaram no evento
acreditando que o FESTURIS seria o palco da recuperação.
“Esse
desafio de todos nós se tornou uma realidade. Recomeçar é a palavra de ordem e
colocamos muito disso à parceria de expositores, participantes e da imprensa
que fizeram do FESTURIS o palco para esse momento histórico. Nós derrubamos
muros, criamos oportunidades e mesmo diante da pandemia apresentamos um evento
de qualidade”, destacou o CEO do FESTURIS, Eduardo Zorzanello.
Fundadora
e também CEO do evento, Marta Rossi destacou a importância do evento para toda
a cadeia produtiva.“Tivemos quase 500 profissionais de diversos segmentos e
ramos de atuação trabalhando no staff da feira. A maioria deles sem eventos desde
o início da pandemia. Era hora de retomar. Muitos não acreditavam que
chegaríamos até aqui, mas agora somos referência para os próximos eventos”,
acrescentou.
Os
diretores da Rossi e Zorzanello, Marta Rossi e Eduardo Zorzanello no Festuris
2020
Como
legado desta edição histórica que marcou a primeira feira de turismo das
Américas desde o início da pandemia, os CEOs do FESTURIS destacaram a
transformação digital com ferramentas para aumentar a produtividade e a entrega
de ativos aos expositores e agentes de viagens que passou a acontecer pré e
pós-evento. Além, é claro, da experiência na realização de eventos seguros. A
próxima edição do FESTURIS Gramado acontecerá em novembro de 2021, em data
ainda a ser confirmada.
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@sergiomoreira63 e sergio51moreira@bol.com.br