Nº 1.124 — 19/11/20
RENOVAÇÃO DE PRODUTOS
DE VOLTA AO CENÁRIO
Graças à facilidade
das conexões de alta velocidade o evento Automotive Business Experience 2020 conseguiu,
durante os cinco dias úteis da semana passada, explorar alternativas atuais e
futuras da cadeia automobilística em palestras abertas e fechadas.
Digitalização, conectividade, carros autônomos e compartilhamento estiveram
entre os temas mais em evidência. Além, é claro, do que pode ocorrer no cenário
de pós-pandemia.
Para o presidente da VW América do Sul e Caribe, Pablo Di Si, a
prioridade é a saúde das pessoas e lidar com os problemas de fluxo de caixa da
companhia agora mais equacionados. “Mas temos de olhar os negócios à frente,
nos próximos cinco a oito anos, porque haverá muitas mudanças. Então já
começamos reuniões internas para retomar os projetos de novos produtos, sejam a
combustão, híbridos ou elétricos. De fato, estamos resgatando a agenda do bem e
depois submeteremos os planos à matriz”, revelou. O que se depreende de suas
palavras é a possibilidade de atrasos, porém o objetivo de renovação de
produtos continua firme.
Antonio Filosa,
presidente da FCA, destacou que “o carro é um dos atores dos serviços de
mobilidade e os mercados assim vêm requerendo. O ecossistema que estamos
construindo em parceria com a TIM e o chip de voz e dados no multimídia
UConnect permitirá muitas interações com parceiros em benefício do motorista.
Até seguros mais em conta”.
A pandemia acabou por
acelerar processos de digitalização. Um exemplo explicitado por Rodnei de Souza,
diretor do Itaú Unibanco: “Antes a aprovação de financiamentos por meios exclusivamente
digitais representava 30% e saltou para 85% das transações em poucos meses.
Nossa previsão era que isso acontecesse em dois a três anos.”
Para Akzel Kriger,
presidente da BMW, “o mundo digital é uma grande oportunidade, porém pelo menos
nos próximos 10 a 15 anos as concessionárias continuarão na logística de
entregas, serviços e atendimento aos clientes”.
Letícia Costa, da consultoria
Prada, chamou atenção para o fato de que tendências de mobilidade elétrica não
podem ser replicadas em todos os mercados da mesma forma. “Europa vai ser de um
jeito pela alta densidade das populações. EUA, Ásia e Brasil com grandes
distâncias a percorrer terão implantação mais lenta”, afirmou.
NOVO ESTILO E MAIS
POTÊNCIA NA HILUX 2021
A picape média da
Toyota, em sua reestilização de meia-vida da atual oitava geração de 2015, seguiu
o caminho de grade dianteira avantajada pintada de preto com moldura para
realçar as linhas, além de novos faróis (duplo LED na versão de topo SRX). Rodas
e para-choques dianteiro e traseiro são novos. Lanternas traseiras de LED só na
SRX.
Interior recebeu nova
central multimídia de oito pol., projetando Android Auto e Apple CarPlay para
navegação em tela grande, o que concorrentes já disponibilizavam. Nas versões
mais caras oferece sistema de som JBL com nove alto-falantes. Além de sistema
de ventilação para os bancos dianteiros,
o computador de bordo traz a posição das rodas dianteiras em três ângulos.
O motor diesel de 2,8
litros ganhou 15% de potência (agora, 204 cv) e 11% em torque (para 50,9 kgfm).
Nas versões mais baratas, de câmbio manual, o torque não aumentou por questão
de capacidade da caixa. O motor flex de 163 cv (etanol) continua disponível por
oferecer preço mais em conta.
Pacote de segurança
da versão mais cara é bastante completo: sete airbags, além de sistemas
de pré-colisão frontal, alerta de mudança de faixa com condução assistida e controle
de cruzeiro adaptativo. Suspensões
ganharam um pouco mais de conforto e robustez. Hilux lidera o mercado de
picapes médias tradicionais com carroceria sobre chassi.
Preços vão de R$
145.390,00 a R$ 241.990.
ALTA RODA
JAGUAR F-TYPE 2021, além de retoques na carroceria, recebeu
novos faróis e lanternas pixel LED superestreitos que melhoram o seu visual. No
interior o novo quadro de instrumentos digital de 12,3 pol. customizável pode
posicionar o conta-giros bem no centro. Motor V-6 (380 cv) é oferecido apenas sob
encomenda. Avaliei no Circuito Panamericano (Pirelli, Elias Fausto – SP) a
versão de quatro cilindros (300 cv). Ótima posição de guiar, som do escapamento
mais alto no modo Performance, melhor resposta na troca das oito marchas do
câmbio automático, além do interior aconchegante e com materiais nobres de
acabamento. R$ 404.166 (cupê) a R$ 570.537 (conversível).
CLASSIC CAR CELEBRATION (CCC), evento de alto nível de carros
antigos, em Itatiba, realizado pela primeira vez reuniu quase 200 veículos
impecáveis, vindos de várias cidades. Vencedor do concurso foi um Daimler
De Ville 1939, marca inglesa com carroceria Gurney & Nutting. Motor
8-cilindros em linha. Raro por ser um sedanca (sedã-cabriolet) de 2 portas.
Estas são revestidas de palha trançada. O CCC será bienal.
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www.fernandocalmon.com.br
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