Por Eduardo Motoca
Fotos: Divulgação e
Eduardo Motoca
Felicidade
estampada no rosto ao avaliar a CB 500X, uma moto muito versátil, para quem
gosta de viajar por estradas de asfalto e uma escapada para estrada de chão, em
busca de contato com a natureza, claro que a moto não é uma trail, mas como uma
crossover atende bem quem tem essa pretensão de uso, avaliando pude conhecer um
pouco mais como ela se comporta.
Primeiras impressões
Com uma ótima
expectativa fui retirá-la na Honda, a unidade cedida gentilmente pela marca na
cor prata metálica (na minha opinião a mais bonita), rende olhares, num
primeiro contato gosto de observar como as peças são encaixadas, texturas e
desenhos das carenagens, frestas entre as partes, desenhos dos dutos,
organização dos cabos, enfim dou uma geral, a CB 500X tem tudo muito bem feito,
e com encaixe perfeito.
O Conjunto de
iluminação é todo em LED, destaque para o excelente farol que cumpre muito bem
seu papel e principalmente à noite a moto fica muito visível de longe e se
precisar ligar o pisca-alerta, acreditem serão vistos de qualquer lugar.
Fiquei muito à
vontade, a posição de pilotagem mais ereta com os cotovelos relaxados e o
guidão agora em formato cônico, está um pouco mais alto e aberto, o que
facilita na pilotagem em pé, a bolha além de mais alta 11cm (sem regulagem) tem
na sua ferragem um suporte para GPS bem fino que acaba sendo
muito útil.
Seu novo
painel lembra o da CB 1000 e é bem completo, dispõe de indicador de marchas,
shift light (podendo ser ajustado), consumo médio e instantâneo, conta-giros,
hodômetro, marcador de combustível, temperatura e relógio todo digital tipo
blackout sendo de fácil visualização durante o dia e noite.
Bora rodar
Alguns amigos
me convidaram para um passeio de três em dias em Curitiba passando pelo Rastro
da Serpente e essa foi a oportunidade perfeita para testar a moto, partimos de
Sampa bem cedo as 06:30, seguimos pela marginal pinheiros e na sequência
pegamos a Rodovia Presidente Castelo Branco SP-280.
A moto roda
muito bem, seu motor bi cilíndrico é dócil e elástico, com as pequenas
alterações no comando de válvulas e otimização do sistema de injeção ela ficou
mais “esperta” em baixa e médias rotações, no trânsito isso faz uma boa
diferença. Mantem a mesma potência de 50,4cv a 8500rpm com torque máximo de
4,55 kgf.m aos 6500rpm, o câmbio está muito mais macio graças a nova embreagem
assistida e deslizante, que além de deixar a alavanca um doce, evita o
travamento da roda em caso de redução brusca de marchas.
Seguimos pela
Castelo e tive mais uma grande percepção, seu conforto é muito grande, o banco
que foi remodelado, mais fino na frente e com uma espuma mais densa, aliado a
posição do guidão, proporcionam muitas horas agradáveis pilotando sem
incomodar, minha garupa desfrutou da mesma sensação.
Após Boituva
pegamos a SP 127 (Rodovia Antônio Romano Schincariol) passando por Tatuí, pense
numa pilotagem prazerosa, confortável, suspensões atuando que é uma beleza, a dianteira
ganhou 10mm de curso passando de 140mm para 150mm e conta com regulagem na
pré-carga da mola (não precisei alterar), na traseira pro-link com curso de
135mm, mais que suficiente para manter a moto grudada no chão. Eu
particularmente deixaria um tiquinho mais rígida para melhorar a entrada nas
curvas, embora com garupa tenha ficado perfeita.
Mais estrada
Chegamos em
Capão Bonito no início do rastro da serpente formadas pelas SP rodovias SP-250
e BR-476 com muitas curvas, são ao todo 1200 curvas em 260km de estrada, mas
não se enganem sobre a velocidade a estrada é traiçoeira e com muitos
cotovelos, tem que ficar esperto.
Calçada com os
Dunlop Trailmax Mixtour nas medidas 110/80 R19 na dianteira e 160/60 R17 na
traseira, ela baila com alegria, uma delícia,
mantivemos a média de velocidade entre 75 e 90km/h afinal era um passeio
tranquilo, a paisagem salta aos olhos com muito verde, montanhas, mirantes um
espetáculo, recomendo muito fazer essa viagem.
A nova roda 19
na dianteira melhora a transposição de pequenos obstáculos na buraqueira ou
estrada de chão, e ao contrário do que já ouvi dizer, não atrapalha em nada na
pilotagem no trânsito da cidade. Gostei muito do desenho das rodas uma espécie
de raios em Y muito bonitos.
Só não senti
muita firmeza (percepção minha) na chuva, pegamos trechos com garoa e depois
com bastante chuva e faltou aquele grip no molhado, não estou acostumado com
esse pneu, mas no geral ele é muito bom.
Os freios
muito eficientes com discos de 310mm na dianteira e 240mm na
traseira ambos com ABS de dois canais em nenhum momento apresentaram
fadiga, mesmo com uso intenso em trechos mais íngremes, andando neste
ritmo chegamos a 30km/l com um tanque de 17,7 dá uma ótima autonomia.
A CB 500X conta também
com um sistema de segurança muito importante, em caso de frenagem de emergência
chamado de ESS (Emergency Signal Stop)
nesta situação o pisca-alerta acende automaticamente alertando quem vem atrás,
um item muito bem-vindo.
A refrigeração
liquida manteve o motor de cabeça fria, não ultrapassando o meio no marcador
isso é muito importante em longas viagens, o dia estava quente, cerca de 28
graus o tempo todo. Parada para fotos e descanso e seguimos em frente num
trecho mais gostoso e mais difícil com curvas mais fechadas entre Apiaí e
Adrianópolis nas poucas retas consegui dar umas “esticadas” e a moto mais uma
vez surpreende, sempre na mão, fácil de pilotar, passa uma enorme sensação
segurança.
Já no dia
seguinte pilotei em meio ao trânsito de Curitiba, nada comparado ao nosso (SP)
mesmo no anda e para não cansa, as marchas são bem escalonadas e não precisa
ficar mudando para andar em pequenos trechos é só girar o manete que ela
responde rápido.
O último teste
para a moto foram os paralelepípedos da estrada da Graciosa (PR-410)
antiga rota de tropeiros que liga Curitiba a Morretes, onde novamente
a estabilidade, pneus, suspensões e freios foram exigidos, o dia estava bem
nublado e os musgos entre as pedras viram sabão, descemos com cuidado e eu com
garupa, mas foi tranquilo, outro lugar imperdível. Curtimos a cidade que é
muito bonita, pacata uma beleza para descansar, almoçamos e voltamos no
fim da tarde para Curitiba pela BR 116. No outro dia retornamos a SP pela Régis
Bittencourt (BR-116) foi uma aventura e tanto.
Em resumo
A motocicleta
é muito boa, excelente mesmo, confortável demais, firme, uma posição de
pilotagem que não cansa, motor elástico ao mesmo tempo potente, dócil e fácil
de pilotar.
A embreagem
melhorou muito sendo assistida e deslizante, câmbio macio e bem escalonado,
vale a pena dar um pulo na Honda e fazer um test ride.
Seu valor atual parte de R$ 32.510 (preço sugerido sem frete) e nas cores prata metálico, preto perolizado e vermelho perolizado, com 3 anos de garantia mais o programa Honda Assistance, que abrange Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
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