Coluna Fernando Calmon
Nº 1.138 — 25/2/21
Waze ou Google Maps: qual o melhor
Os aplicativos de
rotas e mapas digitais ajudaram a revolucionar a maneira de como nos deslocamos
para qualquer lugar. Mesmo que se trate de um caminho já conhecido, há sempre alternativas
para evitar congestionamentos, acidentes de trânsito e interdições temporárias
desde que alguém tenha passado antes e sinalizado automaticamente para a
comunidade de usuários. Waze foi um dos pioneiros. Fundado em Israel em 2006,
alcançou tanto sucesso que o Google o adquiriu em 2013. Atualmente tem versões
em 50 idiomas. Estima-se que alcance mais de 130 milhões de usuários por mês no
mundo.
O Google Maps, no entanto,
também reúne fãs ardorosos. Os dois aplicativos, apesar de estarem dentro do
mesmo grupo, são diferentes e ambos apresentam pontos favoráveis e outros nem
tanto. Um dos comparativos mais recentes, postado no começo deste mês pelo site
americano Tom’s Guide, fez uma análise bastante apurada. O autor do estudo, Adam
Ismail, apontou vantagens e desvantagens de cada um.
Google Maps (prós): conjunto extenso de recursos; integração de roteiros a pé ou de
carro; horários de transporte público; mais informações sobre locais de origem
e destino; mapas off-line; navegação aprimorada com realidade aumentada e
outros recursos como indicação de restaurantes.
Waze (prós): tráfego informado por usuários de forma automatizada; alertas
de perigo e policiamento; redirecionamento constante pode economizar tempo; mapas
atualizados por especialistas locais; integração de streaming; modo para
motociclistas.
Google Maps (contras): número de recursos de certa forma excessivo; nenhum tipo de alerta
para o usuário.
Waze (contras): anúncios na tela do telefone; poucas informações sobre
locais; adequado apenas para veículos; requer conexão de dados ativa.
Em resumo, o autor
considerou o Google Maps mais indicado para quem usa transporte público, anda a
pé, de bicicleta e com dotes de explorador. Quanto ao Waze é melhor no dia a
dia, em tráfego urbano.
Luís Fernando
Carqueijo, especialista em fora de estrada, concorda com as análises. “Conforme
citado pelo autor no amplo estudo, é interessante consultar o destino com o Maps
e usar a navegação do Waze. Costumo estar com os dois ativos e vou monitorando.
Outras vantagens do Waze são indicação de velocidade máxima da via, alerta de
radares e de outros problemas enviados pela comunidade, além da rapidez na modificação de rotas. No Maps, há informações
sobre o destino e melhor visualização do mapa.”
Waze, no entanto, precisa
ser bem ajustado, apesar de enorme massa de informações. Mais de uma vez
cheguei ao destino no lado oposto da rua ou avenida separada por faixa contínua
ou de forte tráfego contrário. Para resolver isso, é preciso ir em
Configurações, Preferências de direção, Navegação e selecionar Evitar
conversões difíceis. O percurso pode ficar maior, mas se escapa de multa ou
mesmo acidente. Particularmente útil se o motorista desconhece a rota até o
destino ou já sabe das dificuldades de conversão.
Há também o aplicativo
Here que permite baixar mapas para o celular e navegar mesmo sem conexão de
dados.
ALTA RODA
SEGUNDA geração do Mercedes-Benz GLA (primeira chegou ao Brasil em 2014)
cresceu, seguindo a tendência mundial. O SUV de entrada da marca ganhou 3 cm no
entre-eixos e na largura, além de quase 9 cm na altura para assegurar maior
espaço interno. O desenho também foi renovado, embora mantenha a identidade do
projeto original. Motor 1,3 turbo, gasolina, entrega 163 cv e 25,5 kgfm.
Primeira versão disponível é a 200 AMG Line, por R$ 325.900. Mais de 40% das
vendas da M-B aqui no ano passado foram de SUVs.
TESLA espera inaugurar sua primeira fábrica europeia em Berlim, capital
alemã, em meados deste ano. Produzirá o Model Y, SUV médio-grande de sete
lugares. A marca americana pretende aumentar vendas de 2021 em 50% sobre 2020
para 750.000 unidades elétricas em todo o mundo. Presidente da BMW, Oliver
Zipse, fez um raro comentário sobre desempenho de outra marca. "Não será
fácil para a Tesla continuar nessa velocidade, porque o resto da indústria está
avançando muito.”
MOTOR 1-litro turbo responde por 75% das vendas do Tracker, SUV compacto da
Chevrolet. Vantagem no preço (4 pontos percentuais a menos de IPI) compensa o
desempenho menor em relação à versão 1,2-litro turbo. Só em situações pontuais
as retomadas são algo mais lentas. Vantagem clara no nível de ruído, vibração e
aspereza típico dos motores de três cilindros. Pode parecer pouco, mas os 200
cm³ a menos melhoram a experiência de uso.
FUTURO do carro autônomo está intimamente ligado aos pneus. Pirelli afirma que
com seu sistema Cyber Tyre os automóveis “sentirão” a estrada. No supercarro
McLaren Artura está disponível a primeira versão que, no futuro, será
aperfeiçoada. A rede de telefonia celular 5G poderá passar informações instantânea
e diretamente para outros veículos no entorno. Vários fabricantes de pneus desenvolvem
também recursos similares.
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