Coluna Fernando Calmon
Nº 1.144 — 9/4/21
BOAS NOVIDADES NOS
80 ANOS DA MARCA JEEP
A origem do nome tem
diferentes explicações. Desde a tradicional homofonia em inglês GP (General Purpose, Uso Geral em tradução
livre), em 1941, até Eugene the Jeep,
o simpático cachorro do Popeye das histórias em quadrinhos, desde 1936. A
Wikipédia em português, no entanto, sugere que a palavra surgiu nos anos 1910.
“Durante a Primeira Guerra Mundial os mecânicos do exército
americano começaram a chamar de jeep qualquer máquina
nova que chegasse em suas mãos, de motosserras a aviões.”
Ao longo de 2021
haverá quatro edições especiais comemorativas: Wrangler, Grand Cherokee,
Compass e Renegade, sendo as duas primeiras importadas. Um dos destaques é a
nova central multimídia com chip dedicado (rede TIM) e Wi-Fi a bordo para até
oito usuários simultâneos, no Renegade e no Compass. Antecipado nesta coluna em
agosto do ano passado, o sistema chama-se Adventure
Intelligence. Tem características similares às já oferecidas nos modelos
Chevrolet, inclusive serviço (OnStar)
de concierge, rastreamento e aviso automático de acidente grave, entre outros.
O MyLink da GM conecta sete usuários
(um a menos).
Uma diferenciação da
Jeep é o navegador nativo da TomTom. Permite continuar uma rota mesmo com perda
do sinal de celular. Atende assim à imagem da marca ligada ao fora-de-estrada,
tração 4x4 e locais remotos. Há três planos de pagamento mensal de dados: R$
30, R$ 50 e R$ 100 para 5 GB, 10 GB e 40 GB, respectivamente. Os da GM custam
R$ 30, R$ 40, R$ 60 e R$ 85 para 2 GB, 5 GB, 10 GB e 20 GB, na ordem. A nova
central de 8,4 pol. custa de R$ 1.500 a R$ 2.500, dependendo de cada versão do
Renegade.
Embora ainda não confirmado o dia exato pela Stellantis, a apresentação do Compass 2022 (ver foto) será no próximo mês com a estreia do motor 4-cilindros turbo de 1,33 litro, 180 cv (gasolina), 185 cv (etanol) e 27,5 kgfm. Trata-se da primeira revitalização desde o lançamento no mercado brasileiro, em setembro de 2016. Em 2020 o modelo dominou dois terços das vendas entre os SUVs médio-compactos. A nova central multimídia com Wi-Fi terá, neste caso, 10,1 pol. Um SUV de sete lugares também estreará no próximo semestre.
Tempo de recarga dos veículos elétricos
Falta consenso sobre
o ritmo de aceitação e compra efetiva dos modelos elétricos em grande escala.
Alguns fabricantes fizeram previsões que variam de 2030 a 2050, nos maiores
mercados do mundo, situados no hemisfério norte. Outros insinuam que não
investirão mais em motores a combustão, a partir de agora. Marcar datas ou
prazos é algo complicado. Em 2014, a Volvo afirmou que “após 2020 ninguém morrerá em acidente
num carro nosso". Estamos em 2021 e, obviamente, isso não se materializou.
Na realidade, ninguém sabe quando esse dia chegará ou mesmo se chegará.
Uma pesquisa entre
8.000 consumidores de oito grandes mercados mundiais, publicado pela
consultoria IHS Markit, procurou saber quanto tempo aceitariam esperar para que
um carro elétrico estivesse totalmente recarregado. Em 2019, 35% responderam 30
minutos e 58%, uma hora. Na prática, porém, esse tem sido um obstáculo para
maior aceitação dos elétricos. Quando esse tempo chegará a três ou quatro minutos,
equivalente ao de um veículo abastecido por combustível líquido, está difícil
de prever.
Com pilhas a hidrogênio isso seria possível. Porém, essa é uma tecnologia muito diferente das baterias atuais que, por sua vez, exigem uma rede própria de recarga em estradas e disponibilidade de geração de energia elétrica renovável. No melhor cenário, carros elétricos seriam recarregados à noite como os telefones celulares. Na prática, poderá não ser assim. Afinal, 2030 não está tão distante...
ALTA RODA
CARGA TRIBUTÁRIA sobre veículos continua a subir no Estado de
São Paulo. Não bastou o aumento de ICMS sobre carros novos, que agora em abril
saltou para uma alíquota de 14,5% (antes era de 12%). Sobre veículos usados o
imposto estadual cresceu de 1,9% para 3,9%. Até mesmo a taxa de licenciamento
anual, no caso de modelos novos, foi reajustada em 40,4%. A justificativa é o aumento
das despesas para combate ao coronavírus. Pergunta óbvia: quando essas despesas
diminuírem, as alíquotas voltarão aos percentuais anteriores?
OUTRA MANEIRA de aumentar a carga fiscal, de forma indireta, é o congelamento em R$ 70.000, desde 2009, do valor dos modelos que podem ser adquiridos por Pessoas com Deficiência (PcD). Justo seria corrigir aquele valor, porém preservando o incentivo para aqueles que realmente tenham necessidades especiais. Para isso, a lei precisaria ser revista para um enquadramento menos permissivo sobre o que realmente é uma deficiência. Não vai demorar muito até qualquer modelo com câmbio automático superar os R$ 70.000, considerando as exigências de segurança e emissões veiculares nos próximos anos.
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