São Paulo, agosto de 2021 - A pandemia trouxe uma série de mudanças para a vida das pessoas. Enquanto algumas tiveram a oportunidade de ficar em suas residências e aderir ao home office, outras precisaram manter uma rotina diária fora de casa. Dentre os novos hábitos desses últimos, um que chamou bastante a atenção foi a mudança de comportamento em relação à locomoção. De acordo com uma enquete da EY, com 3,3 mil consumidores em nove países, 32% das pessoas que não tinham veículos disseram que pretendiam comprar um carro nos próximos seis meses. Além disso, cerca de metade desses compradores potenciais eram da geração Y.
André Brunetta, CEO do Zul+, principal autotech da América Latina, focada em ser a melhor companhia para quem tem um carro, acredita que a pandemia evidenciou a necessidade e preferência dessa geração pela posse de um automóvel. "Usuários do transporte coletivo e aplicativos de locomoção se mostraram inseguros pelo risco de contaminação da Covid-19, e indivíduos que perderam o emprego, viram no trabalho de motorista de aplicativo ou delivery, uma possibilidade de renda", afirma.
Para comprovar, o executivo separou 5 razões para acreditar que a relação dos millenials com os carros está mudando:
1. Consultas para transportes coletivos despencaram
O transporte coletivo foi um dos vilões da pandemia, isso porque era um dos locais que mais preocupava a população, principalmente, pela falta de condições de distanciamento. No Brasil, por exemplo, a demanda da modalidade caiu entre 70% e 80% nas principais cidades. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Transportes apontou que mais de 97% das empresas de ônibus regulares e urbanos foram afetadas pela pandemia, e 78% do segmento de metrô e trens foram atingidos de forma negativa. Dentro desse contexto, dirigir sozinho parecia muito mais seguro.
2. Busca por rotas de carro aumentaram
Com tanto tempo em casa, a vontade de viajar por boa parte da população só aumentou (em especial, para os millennials - A geração Y, também chamada geração do milênio, geração da internet,[1] ou milênicos[2][3] (do inglês: Millennials[4]) é um conceito em Sociologia que se refere à corte dos nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, o final do século. Mais especificamente, o instituto de pesquisa Pew Research Center classifica como geração Y os nascidos entre 1981 e 1996,[5][6] já o autor Neil Howe define como os nascidos entre os anos de 1982 e 2004.[7]). Não à toa, uma pesquisa feita pelo Booking.com, com cerca de 28 mil pessoas em 28 países, revelou que a pandemia elevou o desejo de viajar da população. Planejar novas viagens chegou a ficar à frente de outras prioridades como carreiras, família, ter o carro do ano ou conhecer um novo parceiro afetivo. Outro fato, é que a sociedade teve uma mudança de hábitos e passou a preferir deslocamentos de carro até destinos de natureza na região onde moram, ao invés de grandes distâncias de avião.
3. Segurança (física e sanitária)
Os carros já não são mais tão "cringes". De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, 30% de mil entrevistados estão mais propensos a comprar um carro depois da crise da Covid-19. Entre os argumentos apontados pelos que consideram a posse, o que foi mais mencionado foi a sensação de segurança que o veículo particular traz. E no contexto atual, essa segurança pode também ser sanitária.
4. Independência
A Geração Y, ou seja, os jovens que nasceram entre os anos 80 e 2000, são muito ligados à liberdade e à inovação. Não à toa, ter um carro (moderno e tecnológico) e ter a independência de fazer o que quiser (sem precisar depender de outras pessoas ou outros meios de transporte) ganha cada vez mais valor para os millennials.
5. Alternativas de veículos mais sustentáveis no mercado
Por fim, alternativas de veículos mais sustentáveis no mercado, como carro elétrico ou modelos híbridos, agradam a geração que tem cunho social e se importa com o meio ambiente. Mais do que uma opção, a utilização de combustíveis sustentáveis mostra um caminho que deve ser trilhado por boa parte da população ao longo dos próximos anos, contribuindo para a redução dos impactos na poluição atmosférica e aumento dos gases do efeito estufa.
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