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Texto e fotos: Arnaldo Moreira
Depois do sucesso da Strada e da Toro, a Fiat não se fez de rogada e entrou no segmento brasileiro de picapes médias, oferecendo ao seu público a Titano, 2025, que testei na versão top de linha, Ranch 4X4, ungida da Peugeot Lantreck, produzida na Uruguai. A versão Ranch, top de linha, testada pelo Blog, uma das três versões do modelo, custa R$ 259.990.
É uma picape de design arrojado, linhas modernas e robustas, com uma grade frontal imponente, bem decorada de cromados, com elegantes conjuntos óticos e a luz diurna em forma de dentes de leão, emprestados da Peugeot, itens que lhe conferem uma presença vistosa e marcante nas ruas. Por onde passei a picape Titano chamou à atenção.
A traseira completa o conjunto da obra, unindo uma lateral muito equilibrada, com uma tampa basculante - cuja abertura e fechamento se tornam um pouco pesados, pois a tampa não possui amortecedores, oferecidos como opcionais -, bem delineada, ladeada por lanternas verticais em LED e bem decorada com os termos FIAT e TITANO cromados bem grandes, assim como o para-choques.
Uma nítida característica da Titano é atender muito bem ao consumidor que precisa de um carro para trabalho no campo, em qualquer terreno, graças à tração 4X4, ou para carga em área urbana, devido à suspensão de feixe de molas traseira carrega 1.020 kg e ao nível da caçamba acomoda 1.314 l, capacidade que dobra, na boa, acima desse nível e reboca peso até 3,5 ton.
E para quem gosta de circular pela cidade num carro alto que ofereça uma visão ampla na condução e garanta boas respostas na estrada e no trânsito urbano, a Fiat Titano é uma boa opção.
Ao mesmo tempo que atende a essas necessidades com eficiência, a Titano é uma legítima estradeira, confortável e apesar de suas dimensões avantajadas - tem 5,33 m de comprimento, 1,983 m, de largura e 1,858 m de altura - é ágil e de excelente comportamento urbano, mérito do potente motor 2.2 turbo diesel, de 180 cv e 40,8 kgfm de torque acoplado a uma caixa de seis velocidades automática, com três modos de condução: duas de alta velocidade High 4x2 (tração traseira) e High 4X4 e 4X4 (tração integral) - baixa velocidade.
O consumo não é dos melhores do segmento, embora a diferença com as concorrentes não seja significativa, mas a diferença é admissível levando em conta os 2.150 kg de peso, o motor 2.2 e as seis velocidades do câmbio, chegando aos 10,5 km/l na estrada e 9,5 km/l na cidade. A velocidade máxima é de 175 km/h e vai de 0 a 100 km/h em 11,6 s.
Para enfrentar terrenos sinuosos, a Titano tem uma altura do solo de 23,5 cm, ângulo de entrada de 29º e de saída 27º e as rodas são de 18" com pneus todo o terreno 265/60.
Outro ponto que me chamou à atenção e de que gostei de verdade: o amplo interior da Titano, que tem um acabamento, com plástico, mas esmerado, sem rebarbas.
Os bancos ergométicos em couro são confortáveis e têm ajustes elétricos, assim como a forração do volante que tem regulagem de altura e profundidade e do painel central com apoio de braço.
No painel frontal chamam a atenção os botões tipo os de avião herdados também do Peugeot. Acima o ar condicionado dual zone, automático.
O espaço na traseira é previlegiado beneficiado pela distância entre eixos de 3,180m, que cria um amplo espaço para as pernas, quem dera esse espaço ser disponibilizado nos aviões. Os bancos traseiros rebatíveis são confortáveis e têm apoio de braço com porta-copos.
No quesito segurança, a Titano oferece seis airbags, sensores de estabilidade e de tração, de estacionamento na frente e atrás, e assistente em rampa, sistema de alerta de saída de faixa, sensores de chuva e de acendimento automático de faróis, monitoramento de pressão dos pneus, a direção é hidráulica - embora merecesse direção elétrica, mais eficiente e ajustável e de muito menor manutenção, além de que a direção hidráulica “rouba” até três cavalos de potência do veículo para movimentar a bomba.
O computador de bordo que oferece, entre outros, dados do velocímetro digital, divide o espaço no painel com o velocímetro e o conta-giros analógicos.
Tem também câmera de 360º que elimina o terrível ponto cego, retrovisores externos retratéis com indicadores de direção.
A Titano Ranch conta com uma central de multimídia com tela de 10" touchscreen com acesso aos sistemas Apple Car Play e Androide Auto, comandos de voz, no volante, rádio, bluetooth, MP3 e espelhamento da operação do celular via Hi-Fi, ou seja, sem fio.
A picape não tem carregador de celular por indução, mas possui entradas USB na frente e na traseira. Posso dizer que o isolamento acústico é bom. Ao ligar o motor, ouve-se o som característico do motor diesel, que se torna quase imperceptível à medida que o motor aquece.
Além do que já citei no texto acima, tenho de salientar a excelente qualidade do motor 2.2 diesel da Titano, hiper experimentado nos modelos Peugeot Boxer, Fiat Ducato e Citroën Jumper, trata-se de um propulsor de alta durabilidade e confiabilidade, claro desde que se sejam respeitados os períodos de revisões, trocas de óleo rodando 300.000 km a 400.000 km sem problemas.
A Titano é vendida em três versões, a Ranch, detalhada acima e as versões:
- Endurance, com o mesmo motor turbodiesel 2.2, mas com 37,7 kgfm de torque, com câmbio manual, também de seis velocidades. Custa R$ 219.990,00, mas a Fiat está com uma promoção desta picape por R$ 184.990.
- Volcano, igualmente com o motor turbodiesel 2.2, mas já com 40,8 kgfm e câmbio automático igualmente de seis velocidades, custa R$ 239.990.
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