Texto e fotos: Arnaldo Moreira
O setor automotivo brasileiro passa por um momento muito delicado com registros mensais, em 2015, de queda das vendas, segundo a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores - Fenabrave -, de 22,80%, em relação a 2014, ano em que já fora registrada uma diminuição de 7,15%, diante de 2013.
Os dados da Fenabrave, revelam um recuo da indústria automotiva ao patamar de 2006. Com isso, ao longo de 2015, a mão-de-obra caiu 10,2%, o que representou a perda de 14.700 postos de trabalho.
Apesar de nas últimas duas semanas de Dezembro ter havido uma melhora nas vendas, os estoques continuam elevados e atendem a 36 dias de vendas.
Renegade
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Audi em festa
Mas, muito longe da Audi que fechou 2015 com 17.539 carros emplacados graças ao desempenho do A3 Sedan e do Q3, que lhe garantiram um crescimento de 40,4%, em relação a 2014.
O mês do Natal foi um sucesso para a alemã que superou seu próprio recorde de vendas, de 1.942, ocorrido em agosto, para 2.297 - um crescimento de 66,2% - dos quais 909 do A3 Sedan.
“Estamos extremamente felizes em terminar o ano na liderança, conquistando um recorde histórico de vendas e dando sequência a um ano de bastante sucesso para a Audi no País", ressaltou Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi do Brasil
- Apesar da crise, crescemos mais de 40% em 2015. Isso mostra que nossa estratégia tem sido acertada, e seguiremos por esse caminho neste novo ano que acaba de começar”, comemora.
Jörg Hofmann atribuiu esse sucesso ao excelente o trabalho iniciado no final de 2013, quando a Audi AG identificou o Brasil como um mercado-chave para o crescimento internacional da marca.
- Apesar da crise, crescemos mais de 40% em 2015. Isso mostra que nossa estratégia tem sido acertada, e seguiremos por esse caminho neste novo ano que acaba de começar”, comemora.
A inauguração da linha de produção, em São José dos Pinhais (PR), foi, segundo Jörg Hofmann, dos grandes marcos para a Audi, em 2015.
A fábrica paranaense começou em setembro, a produzir o A3 Sedan 1.4 TFSI Flex, o Audi a rodar com etanol, e, em novembro, foi iniciada a fabricação desse modelos com motor 2.0 TFSI.
O executivo alemão frisou que esse planejamento começou a dar resultados já em 2014, quando a empresa cresceu 90% no País, "o maior crescimento registrado entre todas as montadoras no mercado nacional".
Na ocasião, acrescentou, a Audi do Brasil anunciou sua estratégia de 360 graus, de investimentos em todas as áreas de negócio, como pós-vendas, marketing e produção local.
Hofmann atribuiu, também, o sucesso da marca no País à expansão da rede de concessionárias pelo Brasil.
"No ano passado, foram inauguradas 10 lojas em diferentes estados, fechando o ano com 50 revendas", revelou.
A área de pós-vendas recebeu aportes de R$ 12 milhões para a inauguração de seu Centro de Treinamento e Competência Tecnológica, em São Paulo, e para a ampliação do Centro de Distribuição de Peças, na cidade de Jundiaí.
Em marketing, a marca promoveu ações importantes nas mais variadas mídias, recebendo investimentos recorde no ano.
A linha de produtos atualizada com o mercado internacional também demonstra o compromisso da Audi com seus clientes no Brasil.
A linha de produtos atualizada com o mercado internacional também demonstra o compromisso da Audi com seus clientes no Brasil.
No ano passado, a Audi apresentou importantes lançamentos no mercado doméstico, como a linha RS 6 Avant e RS7 Sportback renovada, a nova geração do icônico esportivo TT e o A3 Sedan fabricado no País.
Em 2016, a marca inicia o ano com o pé no acelerador, com os lançamentos da nova geração do utilitário-esportivo Q7, que ficou mais moderno e tecnológico, dos reestilizados A1 e RS3 e do TTS, versão apimentada do cupê.
Em 2016, a marca inicia o ano com o pé no acelerador, com os lançamentos da nova geração do utilitário-esportivo Q7, que ficou mais moderno e tecnológico, dos reestilizados A1 e RS3 e do TTS, versão apimentada do cupê.
Ainda no primeiro semestre será iniciada a produção nacional do Q3, um dos modelos mais vendidos pela Audi no País.
“Esperamos enfrentar um cenário desafiador em 2016, mas continuaremos trabalhando intensamente para cumprirmos a proposta de manter um crescimento a longo prazo, oferecendo produtos de qualidade e excelência no atendimento em vendas e pós-vendas. Nosso objetivo é manter o foco para que possamos vender 30 mil carros por ano até 2020”, completa Hofmann.
“Esperamos enfrentar um cenário desafiador em 2016, mas continuaremos trabalhando intensamente para cumprirmos a proposta de manter um crescimento a longo prazo, oferecendo produtos de qualidade e excelência no atendimento em vendas e pós-vendas. Nosso objetivo é manter o foco para que possamos vender 30 mil carros por ano até 2020”, completa Hofmann.
A Audi com o implemento da produção nacional do A3 e do Q3, em 2016, tudo indica que colherá novos bons frutos.
Setor sem perspectivasNo entanto, este ano, o quadro é ruim para o setor como um todo, sem perspectivas de melhorar.
Os resultados positivos, em 2016, é relevante lembrar, deverão continuar a vir das vendas de carros premium, adquiridos pelo segmento social com mais recursos, menos afetado pela crise.
A verdade é que as previsões da Fenabrave para 2016, se apresentam muito perto da realidade diante do atual panorama econômico-social do País, quando se estima uma queda de 5,8%, em relação a 2015, para mais ou menos 2,42 milhões de veículos leves e pesados
As vendas, em 2015, ficaram 26,5% abaixo das de 2014, mas ainda garantiram o emplacamento de 2,56 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, valores da Fenabrave.
Para Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave, a crise política, piora ainda mais a caótica situação econômica; inflação alta, baixando a confiança do consumidor; a queda do real e do PIB de 3,4% e a projeção de 1,9% a 2% negativa para 2016, além da expectativa do aumento da inadimplência de pessoa física, do desemprego e da queda real do salário, são preocupantes.
A falta de carga para transportar no País – que acompanha o ritmo da economia – e a queda do preço das commodities são fatores adicionais de retração no setor de veículos pesados.
2016, na mesma
Setor sem perspectivasNo entanto, este ano, o quadro é ruim para o setor como um todo, sem perspectivas de melhorar.
Os resultados positivos, em 2016, é relevante lembrar, deverão continuar a vir das vendas de carros premium, adquiridos pelo segmento social com mais recursos, menos afetado pela crise.
A verdade é que as previsões da Fenabrave para 2016, se apresentam muito perto da realidade diante do atual panorama econômico-social do País, quando se estima uma queda de 5,8%, em relação a 2015, para mais ou menos 2,42 milhões de veículos leves e pesados
As vendas, em 2015, ficaram 26,5% abaixo das de 2014, mas ainda garantiram o emplacamento de 2,56 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, valores da Fenabrave.
Os números confirmam 2015 como o quarto ano consecutivo de queda dos licenciamentos e um mercado semelhante a 2006, o primeiro ano em foram comercializados os 2 milhões de veículos e a primeira vez, desde 2008, que o setor não atinge os 3 milhões em vendas anuais.
Para Alarico Assumpção, presidente da Fenabrave, a crise política, piora ainda mais a caótica situação econômica; inflação alta, baixando a confiança do consumidor; a queda do real e do PIB de 3,4% e a projeção de 1,9% a 2% negativa para 2016, além da expectativa do aumento da inadimplência de pessoa física, do desemprego e da queda real do salário, são preocupantes.
A falta de carga para transportar no País – que acompanha o ritmo da economia – e a queda do preço das commodities são fatores adicionais de retração no setor de veículos pesados.
2016, na mesma
O segmento leve, segundo a Fenabrave, terá em retração de 5,9%, para 2,33 milhões de unidades contra os 2,47 milhões emplacados em 2015, cuja queda foi de 25,5% sobre 2014.
À semelhança de 2015, quando os licenciamentos caíram 33,6%, para 354,2 milos comerciais leves deverão continuar caindo.
À semelhança de 2015, quando os licenciamentos caíram 33,6%, para 354,2 milos comerciais leves deverão continuar caindo.
Para 2016, a projeção aponta para pouco mais de 305 mil unidades, volume 13,8% menor que o do ano passado.
Já automóveis, cujos licenciamentos fecharam 2015 com queda um pouco menor, de 24%, para 2,12 milhões, em 2016, devem ficar no patamar das 2,02 milhões de unidades, segundo a Fenabrave, o que significa retração de 4,57% sobre 2015.
Os pesados deverão registrar queda de 2,81%, em 2016, considerando caminhões e ônibus, para pouco mais de 89,5 mil unidades.
Os pesados deverão registrar queda de 2,81%, em 2016, considerando caminhões e ônibus, para pouco mais de 89,5 mil unidades.
Em 2015, o segmento teve o pior resultado de todo o setor, com quedas de 47,6% para 71,7 mil caminhões e de 36,5% para 20,3 mil ônibus.
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