O novo coronavírus foi responsável por uma mudança significativa na economia mundial, podendo prejudicar diversos setores; especialista comenta sobre o cenário da autopeças na crise e lista dicas para ajudar quem atua neste ramo
São Paulo, maio de 2020 - A pandemia do novo coronavírus trouxe um cenário negativo para diversos setores e vem modificando todas as previsões de desenvolvimento do mercado. Para se ter uma ideia, a expectativa é de que o crescimento do PIB global de 2020 reduza de 2,9% para 2,4%, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre os prejudicados pela pandemia está o setor de autopeças que também enfrenta dificuldades, já que grande parte das importações vêm de países como a China e Itália - que também passam por essa crise.
De acordo com Ariane Marta, contadora e diretora da Brascont Contabilidade, a recuperação tributária é uma medida que pode ajudar muitas empresas nessa crise, além de auxiliar no caixa. “Agora é o momento de fazer uma análise e saber se está pagando imposto a mais e se há a possibilidade de uma recuperação. Principalmente quando se fala do setor de autopeças, que tem uma tributação muito específica - tanto na parte federal, em que é necessário analisar para empresas no simples e no lucro presumido, quanto na estadual, a parte de substituição tributária. Muitas prefeituras já autorizaram o funcionamento do setor, mas nem todos estão conseguindo trabalhar normalmente”, alerta a especialista.
Abaixo, Ariane Marta lista três iniciativas que o setor de autopeças deve se atentar para não sair prejudicado da pandemia, Confira:
1 - Fique atento aos impostos que podem ser restituídos: como citado acima, o primeiro passo é analisar se os impostos sobre a mercadoria já foram pagos na fonte e se precaver para não pagá-los duas vezes. Segundo Ariane, a empresa não precisaria pagar de novo um imposto sobre a mercadoria, porque foi vendido para outro estado ou região. Por isso, caso tenha acontecido esse erro, é preciso analisar, pedir a restituição, ressarcimento ou compensação - tanto federal quanto estadual.
“Uma empresa que fica em São Paulo, por exemplo, paga o imposto para essa cidade e depois vende essa mercadoria para outros estados e paga de novo os impostos, referentes a cada local, pode pedir o ressarcimento do imposto de São Paulo. Isso porque, são impostos que já foram pagos na fonte, a empresa não precisaria ter o mesmo gasto novamente”, exemplifica a contadora.
Ainda de acordo com ela, outra forma de melhorar o fluxo de caixa da empresa é gerir uma boa planilha online ou um sistema integrado a toda estrutura do seu negócio que tenha os principais dados como principais dados como: Entradas, Pagamentos e Saldos, Impostos Pagos e todas as informações relacionadas aos gastos e ações da empresa.
3 - Tecnologia a favor do setor: nessa época de quarentena, uma possibilidade para manter e aumentar o faturamento com um pouco mais de lucro foi disponibilizar os serviços de forma online, através de vendas pela internet com e-commerce, mídias sociais Instagram, Whatsapp, Facebook e outras ferramentas. Para se ter uma ideia, nos primeiros 15 dias de março, foi registrado um aumento 40% nas vendas online, em comparação ao mesmo período de 2019, de acordo com dados do Compre e Confie, empresa do grupo ClearSale que trabalha com inteligência de mercado, além de ser responsável pela antifraude para e-commerce.
“É preciso ficar de olho nas tendências que o mercado tecnológico proporciona para todos neste momento de crise e, assim, poder criar oportunidades e fugir de um colapso financeiro”, finaliza a especialista.
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