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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Piloto espanhol bi-campeão do mundo, Fernando Alonso voltou a pilotar um carro da F1 depois de quase dois anos. De 21 voltas com um Renault R.S. 20 no circuito da Catalunha/Barcelona


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O bicampeão do mundo Fernando Alonso pilotou um carro da Renault DP World F1 Team durante um dia de filmagens no Circuito de Catalunha-Barcelona, na Espanha, completando 21 voltas e 100 km conforme o regulamento da FIA.

Fernando ficou à vontade com o bólido Renault R.S.20, que levou a equipe a subir ao pódio no Grande Prêmio de Eifel no último domingo.

Para o espanhol, foi como estar em casa sob muitos aspectos. Vinte anos atrás, Fernando havia feito sua estreia no mesmo circuito pela escuderia Benetton, que antecedeu a Renault. O autódromo catalão também foi palco de grandes vitórias do piloto em 2006 e 2013 no Grande Prêmio da Espanha, além de outros cinco pódios.

Fernando estará definitivamente de volta ao grid da F1 a partir da temporada 2021.

Acompanhe a sessão de perguntas & respostas com Fernando Alonso:
Como você se sentiu ao estar novamente pilotando um carro de F1 pela primeira vez em quase dois anos?
Foi incrível poder pilotar estes carros após dois anos, sentir a velocidade novamente e como tudo acontece tão rápido, vencendo cada curva, a performance da frenagem e tudo o que um carro de Fórmula 1 tem a oferecer. Foi muito bacana sentir tudo isso novamente.
(Nota: Fernando pilotou pela última vez em abril de 2019 – McLaren, Bahrain)

Você sentiu que pilotar novamente em casa, na Espanha, foi especial?
Claro! Foi especial estar de volta a Barcelona. Lembro-me do ano 2000, quando pilotei o carro da Benetton aqui, com os caras de Enstone. Agora, em 2020, estou aqui com a Renault, portanto esta pista é especial para mim e tenho muitas boas lembranças daqui. Conheço este circuito muito bem, foi um dia bem interessante.

Qual foi a programação de hoje?
Passamos a maior parte do dia filmando com alguns drones na pista, com muita ação por trás das câmeras. Também trabalhamos com a equipe para completar algumas voltas, para que eu me adapte confortavelmente ao banco, ao volante e aos pedais. São coisas que estamos fazendo para nos preparar para o próximo ano, pois o recesso entre temporadas vai ser bem apertado. Estes são nossos primeiros passos.

Quais são suas primeiras impressões do Renault R.S.20?
Acho que o carro foi uma boa surpresa. Sabemos que o carro teve uma boa performance nas últimas corridas, senti a força e o bom potencial que ele tem. A última vez em que pilotei um motor Renault foi em 2018, por isso senti que houve uma evolução, o que é bem importante no esporte. Tudo correu bem. Eu ainda não posso maximizar a performance do carro porque ainda não estou pronto para pisar fundo, mas estou feliz com o dia de hoje.

Você visitou a equipe em Enstone duas vezes e uma vez em Viry e agora fez este teste – você já está se sentindo em casa?
Eu já me senti em casa desde o primeiro dia. Existe este clima em Enstone e na equipe que tudo é muito simples e lógico em tudo o que eles fazem. Estou à vontade aqui na Renault. Muitas pessoas que trabalharam hoje foram mecânicos na minha época com a equipe. Quando você conhece os rostos e a equipe, tudo fica um pouco mais fácil.

Você assistiu à corrida na Alemanha? Como foi ver o primeiro pódio da Renault em 10 anos?
Certamente! Assisto todas as corridas. Eu me sinto parte do evento, mesmo que distante. Acompanho cada volta. O pódio finalmente chegou e foi merecido. Estou feliz por todos na equipe. O Cyril pode estar um pouco preocupado por causa daquela história da tatuagem, mas, tirando isso, foi um momento fantástico.

Você parabenizou a equipe?
Sim, com certeza! Eu estava esperando a última volta. Fiquei muito feliz por todos. Escrevi uma mensagem e fiquei com o dedo pronto para apertar em “enviar” até que o Daniel tivesse cruzado a linha de chegada. Eu não queria enviar antes da hora por uma questão de superstição!

O Cyril disse que você é como um tubarão faminto – o resultado de domingo fez com que você ficasse ainda mais faminto?
Eu sou o mesmo depois de domingo. Sei do que a equipe é capaz e sei que as perspectivas de futuro são boas. O pódio foi uma coisa muito boa. O mais importante agora é continuar seguindo esta tendência, manter o ritmo no próximo ano, especialmente em 2022 – acho que sabemos como chegar lá.



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