Coluna Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
Turismo deve abrir 468 mil vagas de trabalho
Com as fronteiras se fechando em todo o mundo, o turismo internacional ficou inviabilizado no auge da pandemia. E o resultado é que muitos turistas brasileiros se encantaram ao conhecer melhor o Brasil, movimentando a economia, aperfeiçoando serviços e gerando oportunidades. E o setor acredita que, mesmo com a reabertura de alguns países para os turistas brasileiros, essa descoberta de destinos nacionais é um ganho que veio para ficar.
“O desafio é manter
isso. Muitos acreditam que, quando as fronteiras se abrirem totalmente, este
turista voltará a viajar para o exterior. Eu não acredito nisso. Acho que
muitos descobriram um país que não conheciam e vão considerar destinos
nacionais nas próximas férias”, afirmou Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil,
exemplificando: “O Brasil tem muito mais a oferecer, é muito mais bonito que
destinos como Cancún.”
Ele está confiante que
este movimento se mantenha mesmo com a reabertura de fronteiras no exterior
para brasileiros vacinados: “Estamos ampliando nossa malha. Passaremos dos
atuais 45 destinos para 56 destinos domésticos no fim do primeiro trimestre de
2022”, conta ele.
História das Minas Gerais: de três peças de queijo para três toneladas
Nas montanhas altas e frias do Sul de Minas, a pequena cidade de Alagoa - a mais alta das Terras Altas da Mantiqueira - é berço daQueijo D´Alagoa-MG , empresa mineira pioneira na venda de queijo pela internet e na entrega em todo o Brasil que completa 12 anos neste mês de Novembro comercializando mais de 3 toneladas/mês, provenientes de 10 famílias de pequenos produtores de queijo em Alagoa.
No início,
novembro de 2009, foram apenas 3 pecinhas de queijo.
O senhor Jeremias Sene era tropeiro, empilhava os queijos embrulhados em folhas de bananeira dentro de balaios de bambu, colocava-os em cima do lombo dos burros e atravessava a Serra da Mantiqueira por trilhas e caminhos rudimentares para vender os queijos no Vale do Paraíba-SP, e por vezes, em Resende-RJ.
Os anos
passaram. Os tempos evoluíram.
Seu bisneto, Osvaldo Martins de Barros Filho buscou ajuda no SEBRAE-MG e tornou-se tropeiro digital ao fundar a Queijo D'Alagoa-MG em 2009 para ajudar o Sô Batistinha, produtor de queijo que na época enfrentava dificuldades pra escoar a produção, pois a pessoa que comprava seu queijo pagava um preço irrisório e tinha a bárbara coragem de dar um cheque para 40 dias.
Isso
mudou. No início de tudo o propósito era ajudar o Sô Batistinha
com os queijos. Com o passar dos anos ficou notório que a missão foi
muito além!
Atualmente diversas famílias de pequenos produtores de queijo são parceiras da Queijo D’Alagoa-MG que através dos Correios e transportadoras consegue entregar os queijos de Norte a Sul do Brasil. "No começo nenhuma transportadora aceitava vir coletar os queijos aqui, liguei para várias. Hoje, graças a Deus, são as transportadoras que ligam oferecendo de vir buscar os queijos" relata Osvaldo Filho.
O negócio virtual da Queijo D’Alagoa-MG iniciou uma transformação social no município de Alagoa reconhecendo a importância do produtor e agregando valor ao produto; preservando a história, cultura e tradição; movimentando a economia local; fomentando o turismo e promovendo Alagoa como destino turístico e ainda mantendo a agência dos Correios aberta com o contrato de postagem.
Para
comemorar o aniversário a queijaria abriu vaga para Degustador(a)
de Queijo. Interessados em concorrer a vaga basta seguir as
regras elencadas no instagram @queijodalagoamg
Site: www.queijodalagoa.com.br Instagram: www.instagram.com/queijodalagoamg
Uma parte do aeroporto está fechado para obra
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, entra agora em uma nova etapa na reforma do Terminal de Passageiros 1. Desde o dia 9 de novembro, começam as obras na sala de embarque. O projeto de modernização, assinado pelo escritório Fernandes Arquitetos Associados, prevê a ampliação das áreas comerciais, assim como a revisão dos fluxos e processos – que englobam raio-X, check-in, restituição de bagagens, salas e portões de embarque. A estimativa é que essa etapa da reforma tenha duração de 14 meses.
O objetivo das obras é oferecer ainda mais conforto e comodidade a
passageiros, visitantes e toda a comunidade aeroportuária, bem como ampliar as
áreas comerciais no terminal em mais de 100%. “Com a reforma, o aeroporto
entra em um novo patamar de excelência. Além de melhorar
significativamente a eficiência operacional, as intervenções vão permitir que
as pessoas tenham a melhor experiência ao circular pelo terminal, bem como mais
conforto e opções de compras”, avalia Gustavo Anfra, gestor de Desenvolvimento
Aeroportuário da BH Airport.
A reforma do terminal está dividida em etapas. Inicialmente, ao
longo do primeiro semestre deste ano, ocorreu a transferência dos escritórios
das companhias aéreas e órgãos públicos do térreo e primeiro pavimento para
outros setores do aeroporto. Agora, começa efetivamente a fase de reforma dos
espaços. Algumas mudanças já foram colocadas em prática desde domingo (7), como a
abertura dos portões de embarque doméstico de 23 a 30, do Terminal de
Passageiros 2. O fechamento dos portões de 1 a 6, do Terminal de Passageiros 1,
assim como a mudança do canal de inspeção, que passará a funcionar próximo à
Polícia Federal, também no primeiro pavimento. Nessa nova estrutura, o
passageiro contará com o mesmo volume de esteiras, o que garante o fluxo e
atendimento aos usuários.
“O aeroporto já atua para informar ao público sobre a reforma e
possíveis alterações, para que os passageiros embarquem com tranquilidade e que
não haja impactos durante essa fase de transição. Vamos operar em 100% no
Terminal de Passageiros 2. Sinalizações já estão realocadas pelo terminal e a
concessionária está à disposição para esclarecer as dúvidas. O foco permanece
em oferecer a melhor experiência a todos que passam por aqui”, frisa Anfra.
Investimentos na reforma
As intervenções no Terminal de Passageiros 1 demandarão
investimentos da ordem de R$ 100 milhões e vão contribuir para fortalecer o
papel do aeroporto como indutor do crescimento e desenvolvimento socioeconômico
do Estado. Com o apoio dos acionistas, o terminal terá sua infraestrutura
transformada, o que trará um ambiente mais moderno e pronto para conectar Minas
Gerais com os demais estados brasileiros e também com o mundo.
Todos os investimentos realizados pelo aeroporto desde o início da
concessão, em 2014, refletem diretamente na qualidade da prestação de serviços
aos passageiros, visitantes e comunidade aeroportuária.
O conceito arquitetônico é um dos destaques da reforma, uma vez
que visa transformar a antiga estrutura em uma nova ambiência que atenda as
demandas atuais de movimentação, sem descaracterizar o projeto original, de
autoria do arquiteto Milton Ramos. “A ideia desse novo conceito é trazer para o
terminal uma matriz conceitual com o lema ‘De Minas para o Mundo’. O
intuito é que a arquitetura se caracterize como um meio potente
de identificação e valorização da história e da cultura mineira”, explica
Anfra.
Minas Gerais é um dos estados brasileiros mais ricos em tradições
culturais, com uma grande variedade de influências. Com isso, o escritório de
arquitetura selecionou três fortes elementos de representatividade para guiar a
proposta para o novo projeto do terminal. A tradição do barroco, a topografia
mineira e o modernismo presente nas formas do projeto original do aeroporto –
todos eles também possuem características comuns, como a plasticidade, o
elemento curvo, a expressividade e a relação com a paisagem.
Construído há mais de 30 anos, o terminal de passageiros 1 tem
arquitetura e estética marcadas pelo concreto. Com o projeto de reforma e
modernização, o intuito é compor harmonicamente as áreas existentes com novos
materiais e texturas.
Atualmente, a área de embarque/desembarque já oferece uma
organização espacial e de fluxos claros. O projeto luminotécnico terá papel
essencial e vai destacar a materialidade do concreto aparente, compondo com o
novo fechamento em painel amadeirado, além de trazer um elemento estético que
unifica toda a sala de embarque.
Com a nova reorganização espacial do primeiro pavimento, haverá
ampliação da área dos canais de inspeção.
A reforma da sala de embarque tem o intuito de reorganizar os
fluxos, possibilitar o deslocamento eficiente entre os portões, ao mesmo tempo
em que estimula os passageiros a aproveitarem as opções do novo mix de lojas,
com confortáveis áreas de estar, cafés, restaurantes e varejo.
Conforme o escritório de arquitetura, a nova materialidade busca
uma harmonia entre o concreto original, o granito do piso, testeiras das lojas
e novos materiais adicionados. Os elementos nos forros, portões de embarque e
área de longarinas aliam a funcionalidade desses materiais à intenção de
preparar o terminal para o futuro, ao mesmo tempo que reforçam características
da tradição mineira.
Outro elemento marcante é a topografia do Estado, representada
pelas formas orgânicas do forro, instalado nas áreas de espera e de formação de
filas junto aos portões de embarque. Cada trecho entre os portões representa no
teto a topografia de uma montanha de Minas Gerais.
Nos portões de embarque, o escritório de arquitetura buscou as
diversas contribuições artísticas e arquitetônicas do barroco mineiro com as
portas de arte sacra, que marcam esse portal de chegadas e partidas do universo
mineiro. A ideia é que cada portão receba uma aplicação de chapa metálica
perfurada que faz referência às portas das igrejas de Minas Gerais.
sergio51moreira@bol. com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário