Coluna Fernando Calmon
Nº 1.202 — 26/5/22
BMW iX combina alta
tecnologia e desempenho
Sofisticação, alta
tecnologia e desempenho de tirar o fôlego estão reunidos no SUV elétrico BMW
iX. Na versão de topo avaliada, xDrive 50, a potência combinada dos dois
motores é de 523 cv e o torque total, de 78 kgf.m. Tração nas quatro rodas com
distribuição de 60% para o eixo traseiro e 40% para o dianteiro assegura
equilíbrio em curvas de raio curto ou longo. Aceleração de 0 a 100 km/h, no
modo Sport, é feita em 4,6 s, surpreendente para um SUV de 2.510 kg de massa
(620 kg só de bateria). O mais impressionante: verdadeiro salto à frente no
vencer a inércia ao afundar o pé no acelerador.
Estilo frontal típico
da marca mantém a clássica grade vertical dupla, mesmo sem função. Linha de
cintura baixa e desenho moderno na traseira equilibram o conjunto.
Há uma minialavanca no
console que inclui posição de frenagem regenerativa intensificada. Quando
selecionada, é possível desacelerar na maior parte das situações de uso urbano
sem tocar no pedal de freio, além, claro, de recarregar a bateria. Três metros
de distância entre eixos oferecem muito espaço em especial para as pernas dos
passageiros do banco traseiro. Os bancos dianteiros proporcionam suporte
lateral perfeito e incluem alto-falantes (em todo o interior há 30).
A enorme tela
multimídia de 14,9 pol. controla na prática quase todas as funções. Inclui comando
por voz e até por gestos para aumentar e baixar o volume do áudio. Curiosamente
pode-se usar um dos poucos botões do console para controlar o volume do áudio. Há
acionamento elétrico da tampa do porta-malas de 500 litros (padrão VDA). Inclui
reparador para furo de pneus, mas o iX é entregue com um estepe dentro de uma
sacola incluído no preço, nada convidativo como todo elétrico, de R$ 799.950.
Alcance declarado de
até 630 km está acima da média graças à bateria de 111,5 kWh. Fiquei atento
para checar esse ponto. Entre São Paulo (760 m de altitude) e a Riviera de São
Lourenço no litoral paulista foram 250 km (ida e volta). Regeneração máxima
sempre acionada, mais de 90% da bateria carregada, alcance de 550 km indicado no
computador de bordo. Rodei nos limites de velocidade na estrada entre 80 e 120
km/h. Cheguei ao destino com 410 km de alcance, ou seja, a descida da serra ajudou
a regeneração.
Na volta, subindo a
Serra do Mar até o mesmo ponto de partida o alcance final era 225 km. Entre
descer e subir, portanto, houve uma diferença acentuada. Isso sempre acontece
com carros elétricos. Uma situação exatamente inversa em relação aos motores a
combustão cujo consumo é pior no para e anda do trânsito e melhor em velocidades
constantes típicas de rodovias.
ALTA RODA
Seminário sobre
Segurança e Conectividade, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva
(AEA), destacou dois itens que estão em fase mais adiantada de análise e
proposta à Secretaria Nacional de Trânsito para adoção escalonada em veículos
leves, começando pelos novos projetos. São os sistemas de frenagem de
emergência avançada e de alerta de saída de faixa. Itens importantes, porém
exigem alta escala de produção para o aumento de custos chegar diluído ao preço
final dos automóveis que não para de subir. O limitado poder de compra do
consumidor brasileiro também ter que ser levado em consideração.
Ford ampliou em
50% sua equipe de engenheiros e especialistas no Centro de Desenvolvimento e
Tecnologia, na Bahia. São 500 novas contratações em Camaçari e agora conta com
1.500 profissionais. Estes estão inseridos na rede mundial de pesquisa da fabricante,
visando exportar patentes, softwares e tecnologias.
Montana que chega
em 2023 receberá atualizações remotas de softwares de sua arquitetura
eletrônica e de aplicativos da nova central multimídia integrada ao quadro de
instrumentos. Atualizações remotas já estão em outros produtos Chevrolet. Em
picapes leves é novidade.
Duster com o
motor 1,3-L turbo, apenas na versão de topo Iconic, dá outra vida ao SUV da
Renault. Além dos 170 cv (E)/162 cv (G), impressiona no dia a dia o torque de
27,5 kgf.m a apenas 1.600 rpm e continua nesse patamar até 3.750 rpm. Motor é
tão elástico que nem precisaria que o câmbio automático CVT tivesse oito
marchas. Câmeras para visão 360 graus e detector de ponto cego nos retrovisores
contrastam com a oferta de apenas dois airbags no quesito segurança. Multimídia
oferece conexão apenas por cabo, aceita Android Auto e Apple CarPlay e a tela,
apesar de posição baixa, tem boa resolução.
Dica para quem preenche
a declaração de ajuste anual do imposto de renda até o próximo dia 31. No ano
passado os carros usados tiveram grande valorização porque a produção de
veículos sofreu perdas em razão da falta de componentes em especial semicondutores.
Veículos usados acima de R$ 35.000 estão sujeitos a pagar 15% de imposto sobre
a diferença positiva (se houver) entre os valores de compra e de venda.
Trata-se de uma situação rara, pois historicamente essa diferença era sempre
negativa pela desvalorização natural ao se vender um modelo usado.
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www.fernandocalmon.com.br
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