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terça-feira, 31 de maio de 2022

De malas prontas: quanto custa se mudar para Portugal? País lusitano é o destino preferido daqueles que querem deixar o Brasil

 


Portugal desbancou o Canadá e os Estados Unidos e se tornou o destino preferido dos brasileiros que buscam trabalhar fora, de acordo com o último levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group). Hoje, a comunidade brasileira já é a maior de estrangeiros no país lusitano - ultrapassando 300 mil habitantes, segundo o Itamaraty.


Mas, para quem está planejando imigrar, saber quanto custa para se mudar para Portugal é um dos primeiros passos para a realização de um planejamento financeiro adequado neste momento de transição.

 

De um modo geral, o maior gasto deverá ser o aluguel, como lembra o advogado isralense Itay Mor, fundador do Clube do Passaporte, empresa especializada na obtenção da cidadania portuguesa. O valor irá depender da região e do tipo de configuração do imóvel, podendo variar de 400,00 a 2.000,00 euros por mês. 


“Na maioria dos casos, os apartamentos no centro da cidade tendem a ser menores. Por isso há uma tendência das famílias em viver em áreas suburbanas. Obviamente, dependendo do tamanho da acomodação, os valores podem ficar ainda mais altos”, explica.

 

Além disso, é preciso ter em mente o valor da educação. Embora o ensino público seja de qualidade, muitos brasileiros optam por escolas privadas e/ou internacionais. 


“Uma escola particular local custa aproximadamente US$ 10 mil por ano, enquanto uma escola internacional varia entre US$ 25 a US$ 40 mil anualmente. Já os custos médios de uma universidade pública em Portugal dependem do curso escolhido e das bolsas subsidiadas pelo próprio governo”, lembra Mor.

 

Outro custo que deve ser previsto é o do processo de visto, que irá depender da categoria escolhida para dar entrada na documentação. “Para ter acesso aos mesmos direitos básicos destinados aos cidadãos portugueses, é essencial que os brasileiros busquem a cidadania portuguesa”, comenta o advogado.

 

Atualmente, os brasileiros podem solicitar a cidadania por atribuição (transmitida de geração para geração quando o requerente é até neto de português) ou por meio do Golden Visa português. 


“Fora o custo do processo em si, esse programa que oferece vistos de residência em Portugal em troca de investimentos no país ibérico exige um investimento mínimo de 500 mil euros na maior parte das modalidades”, ressalta Mor.

 

Há ainda a opção por naturalização, como ocorre pela via sefardita, concedendo o direito à cidadania portuguesa a qualquer descendente judeu da época da Inquisição. 


“Aqui é preciso realizar um estudo genealógico, com preparação de toda documentação familiar até a descoberta do ancestral judeu para dar entrada no processo. O valor depende muito de cada caso, mas é preciso ter esse investimento em mente”, afirma o fundador do Clube do Passaporte.

 

Mor destaca que Portugal tem a sua própria versão de cuidados de saúde universal gerido pelo SNS (Serviço Nacional de Saúde). Apesar de não ser totalmente gratuito, os tratamentos geralmente são baratos para os cidadãos. 


“Por isso, buscar a cidadania é a melhor forma de ter direito a todas as facilidades garantidas aos portugueses. Além disso, o acesso ao sistema bancário português também é muito mais fácil para aqueles que têm a cidadania”, conclui.

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