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domingo, 28 de dezembro de 2014

2014 SAI DE CENA SEM DEIXAR GRANDE SAUDADE, MAS COM AVANÇOS IMPORTANTES. DE 2015 NÃO SE PODE ESPERAR MUITO. O ANO SE FOI E PROBLEMAS ANTIGOS PERMANECEM SEM SOLUÇÃO PELA INÉPCIA DO PODER PÚBLICO QUE TRANSFERE MAIS UMA VEZ PARA O NOVO ANO QUESTÕES GRAVES COMO ESTRADAS RUINS E INSEGURAS, ENQUANTO VIMOS O PROGRAMA DO ÁLCOOL EVAPORAR EM FAVOR DA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR FINANCEIRAMENTE MUITO MAIS DOCE.

Foto: Arnaldo Moreira
O Audi A3 sedan será fabricado no Brasil, em 2015.


Texto de Arnaldo Moreira

Às vésperas de guardar nossa agenda de 2014 é hora de pensar o que o ano que se esvairá em poucos dias nos deixa de positivo, no segmento automotivo, em que houve um crescimento substancial na qualidade, segurança e desempenho dos veículos, automóveis e caminhões e de novas fábricas, mas deixou muito a desejar no quesito estradas.


O Brasil, na verdade, nunca foi um modelo de preocupação no cumprimento da lei.


A herança que 2014 nos deixa no setor automobilístico é importante. O mercado nacional não atingiu as metas de vendas estimadas, mas cresceu com o surgimento de novas fábricas: BMW, Audi, Nissan, Chery, JAC Motors, Land Rover Jaguar e Jeep (Fiat). 




Os carros híbridos e os 100% elétricos chegaram e criaram curiosidade. Mas, ao contrário de diversos países, o governo brasileiro não deu muita bola para esses veículos que um restrito número de pessoas e empresas adquiriram. 



Numa compreensível, embora tímida, ação de marketing, as fábricas colocaram alguns exemplares ao serviço das Polícias Militares e Bombeiros e cooperativas de táxis. 

Faltou mais uma vez vontade política e compromisso do governo e do Congresso Nacional oferecendo incentivos que reduzam o preço, ainda muito elevado, desses carros silenciosos, tão eficientes quanto os movidos a gasolina.


Assim, de desleixo em desleixo, o País viu passar mais um ano de derrocada do Programa do Álcool, oscilando entre o desinteresse do governo e a ganância dos usineiros mais interessados em lucros açucarados.


A adoção pelas montadoras de motores e transmissões mais eficientes que tornaram os carros menos poluentes, mais confiáveis  e econômicos foi o que de bom este velho ano nos deixa.




O mesmo não se pode dizer das estradas que continuam, muitas delas verdadeiras picadas de safáris africanos, por absoluta incompetência e desinteresse do poder público.



A irresponsabilidade dos governos federal, estaduais e municipais deste país com as rodovias é assustadora, embora sejam super zelosos na arredação do IPVA e na ampla extensão da rede de radares, que garantem uma gorda arrecadação paralela.



Um país que tem sua mobilidade principal baseada no transporte rodoviário, no mínimo tem de garantir segurança e qualidade de suas estradas, mas isso está muito longe de acontecer.



Sobram estradas em mau estado, mas falta fiscalização nas rodovias federais e estaduais, permitindo que os motoristas, independente dos veículos que dirijam, pratiquem toda a sorte de infrações, desde perigosas e criminosas ultrapassagens a trafegar com caminhões poluindo o ar.



Os caminhões, aliás, são, de acordo com o professor do Departamento da PUC-Rio, José Marcus Godoy, responsáveis por significativa  contaminação do ar nos grandes centros urbanos.



Caminhoneiros burlam a lei e ao invés de usar o Arla 32 - agente líquido redutor de emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) que diminui em 98% a emissão de poluentes - obrigatório utilizam um chip que burla o uso do produto. 



Cada caminhão que utiliza o chip polui tanto quanto 4,5 caminhões que usam o Arla 32, obrigatório nos veículos movidos a Diesel, garante o  engenheiro Tadeu Cordeiro, do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).



O fato é que as Polícias Rodoviárias Federal e Estaduais trabalham com o mínimo de meios humanos e materiais, pois segurança das estradas não é uma prioridade de governo - e isso vale para as áreas urbanas.



Assaltos a ônibus, roubo de cargas são constantes e estão em ascensão e isso deve-se exclusivamente à ausência de policiamento eficaz, devido à falta de efetivos nessas corporações.

2015 está à porta e o que todos esperamos é que entre com o pé direito, mas esse é mero desejo dos brasileiros...



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