Coluna Fernando Calmon
Nº 1.294 — 29/3/2024
Spin 2025 ganha atualização estética,
itens de segurança e consome menos
Único monovolume em
produção no Brasil, o Spin recebeu o maior número de modificações desde seu
lançamento em junho de 2012. Esse mercado tem encolhido em razão do avanço dos
SUVs. No ano passado foram vendidas 20.316
unidades e a Chevrolet detectou que esse volume pode ser mantido ou até um
pouco aumentado com as mudanças. Não será missão fácil porque o Citroën C3
Aircross também oferece versões de cinco e sete lugares, embora tenha proposta
diferente.
A frente totalmente redesenhada deu uma boa rejuvenescida no conjunto (capô
elevado chama atenção) e na parte traseira as lanternas estão maiores, além da
nova tampa do porta-malas. Este, aliás, manteve-se imbatível: 162 litros (sete
lugares) e 553 litros (5 lugares). Faróis e lanternas de LED são de série, algo
impensável 10 anos atrás em carros de volume.
No interior o destaque é a central multimídia de 11 pol. (inclui Wi-Fi
nativo e espelhamento sem fio dos aplicativos de navegação) com boa resolução e
integrada ao quadro de instrumentos de 8 pol. Este tem um ícone que aponta a
distância em segundos do carro à frente. Celular esquenta menos durante carregamento por indução graças a um pequeno
fluxo de ar-condicionado.
Alerta de colisão frontal com detector de pedestre e a frenagem autônoma
de emergência são opcionais, assim como o sistema OnStar de assistência remota
em acidentes e outros serviços mediante assinatura.
Materiais de acabamento estão melhores. Nos dois descansa-braços dianteiros
é possível encaixar telefones celulares. Agora são seis airbags e os de cortina
alcançam a terceira fileira. No banco traseiro espaço para pernas, ombros e
cabeças continua muito bom e o acesso à terceira fileira de bancos (rebatíveis)
é razoável.
O motor de aspiração natural tem projeto antigo: nasceu no Corsa 1,6 L de
1995 como Família 1 e mais adiante passou para 1,8 L. Contudo recebeu agora central
eletrônica de última geração. Manteve os mesmos números de potência e torque: 116(E)/106
(G) cv e 17,7 (E)/16,8 (G) kgf·m, respectivamente. Ficou até 11% mais econômico
com os dois combustíveis para se enquadrar nas exigências da legislação. A versão
de entrada tem câmbio manual de seis marchas, enquanto na intermediária e de
topo o câmbio é o automático epicíclico de seis marchas.
Durante a primeira avaliação, entre São Paulo e Ibiúna (SP), notei que o
desempenho não mudou. Quando totalmente carregado, o Spin certamente exigirá
cautela maior nas ultrapassagens. O vão livre do solo aumentou para melhorar
ângulos de entrada e saída. Porém, as bitolas foram alargadas mediante mudança
no off-set das rodas e também aumento de tala de 6,5 pol. para 7 pol., boas
soluções de compromisso para o comportamento em curvas.
Preços: R$ 119.990 (LT manual), R$ 126.990 (LT automático), R$ 137.990
(LTZ automático) e R$ 144.990 (Premier automático).
Mustang GT 2025 mais adequado ao mercado brasileiro
No ano em que
comemora seis décadas de lançamento do icônico modelo americano, a Ford lança a
versão GT Performance em substituição à Mach 1. O carro está em pré-venda e as
primeiras unidades serão entregues em junho por R$ 529.000, cerca de 8% menos
que a versão anterior.
Uma das
características marcantes desta sétima geração continua sendo o vistoso
aerofólio traseiro. Há mudanças nos faróis, no capô e nas clássicas lanternas
traseiras. A grade do radiador ficou maior. Uma modificação feita na linha do
teto facilita a entrada e a saída do cupê de quatro lugares, em especial quando
o motorista estiver com capacete num autódromo. São novos os painéis externos
da carroceria.
No interior, o
quadro de instrumentos (12,4 pol.) e a tela multimídia (13,2 pol.) integram-se
em uma única peça. Android Auto e Apple CarPlay podem ser espelhados sem fio e
há carregador de celular por indução. São cinco modos de condução e quatro para
o som do escapamento. De modo remoto é possível ligar o motor e até dar algumas
aceleradas a distância.
Motor V-8 de aspiração
natural, 5-litros, entrega 488 cv (mais 5 cv) e 58 kgf·m. Aceleração de 0 a 100
km/h permaneceu em 4,3 s. Suspensão adaptativa tem quatro opções de ajustes com
sistema de detecção automática de buracos muito útil no Brasil para diminuir
impactos sobre rodas e pneus (255/40 R19, na dianteira e 275/40 R19, na
traseira). No Mach 1 só havia freios a disco Brembo nas rodas da frente (atrás,
discos comuns) e no GT a marca italiana também está nas rodas traseiras.
Permanece o sistema exclusivo
de travamento apenas nas rodas dianteiras, enquanto as traseiras “queimam” o
asfalto para pré-aquecer os pneus. Não convém abusar, pois pneus são bem caros.
Trinta anos da Audi no Brasil
Ao comemorar três
décadas no mercado a Audi relembrou a iniciativa do tricampeão mundial de F-1,
Ayrton Senna, que importou as primeiras unidades antes da instalação oficial da
marca alemã no Brasil 30 anos atrás. Em 1999 inaugurou a fábrica em São José
dos Pinhais (PR), construída em parceria com a VW, onde produziu primeiramente
o A3 até 2006, quando encerrou as atividades industriais.
Em 2015 voltou à
atividade fabril com o A3 sedã e, no ano seguinte, o Q3. Em 2020, nova
interrupção em razão do fim de incentivos do programa federal Inovar-Auto que,
na verdade, não honrou os compromissos anteriores. Em 2022 decidiu montar kits
CKD, no Paraná, do Q3 e Q3 Sportback.
Agora, no trigésimo
aniversário de atuação no País, anunciou nova parceria com a Senna Brands, exibiu o F-1 que marcará
sua volta às pistas em 2026 (já esteve nos anos 1930 como Auto Union), importará uma série específica de apenas 15
unidades da incrível station RS 6 Avant Legacy (4-litros, V-8 biturbo, 630 cv,
0 a 100 km/h em 3,4 s) e mostrou o protótipo do SUV elétrico Audi Q6
e-tron.
BYD ampliará sua rede de recarga de elétricos
A indústria automobilística ao redor do mundo continua a investir em
carros elétricos. Porém, sabe que sem uma infraestrutura bastante robusta de
recarga as dificuldades de aceitação do produto serão maiores. E em um país de
dimensões continentais, como o Brasil, esse entrave torna-se ainda mais
sensível.
Por isso, a BYD decidiu ampliar sua oferta de
recarregadores em evento que reuniu em São Paulo (SP) empresas também
interessadas em investir no segmento, como Raízen Gera, Shell Recharge e Tupinambá
entre outras. A novidade apresentada pela marca chinesa é o modelo batizado de
Grid Zero.
Este equipamento está acoplado a uma bateria de alta capacidade que armazena
energia do grid (rede elétrica comum) e administra durante a recarga de um
veículo o uso combinado dos dois sistemas. A BYD não informou o preço do Grid
Zero, porém lançou um aplicativo grátis para localização de estações de recarga
por todo o País.
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