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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL DE DETROIT ABRE AS PORTAS NO DIA 18 PARA MOSTRAR, ATÉ DIA 28, O QUE HÁ DE MAIS MODERNO NO SETOR AUTOMOTIVO MUNDIAL. A 25ª EDIÇÃO DO NAIAS SERÁ UM RENASCIMENTO PARA OS CARROS DAS MARCAS ESTADUNIDENSES E DEVERÁ RECEBER 500 MIL VISITANTES, QUASE O TOTAL DA POPULAÇÃO DA CIDADE. AO BRASIL, CHEGARÃO TRÊS MODELOS BMW E AINDA O UP!, DA VOLKSWAGEN QUE BRIGARÁ DIRETAMENTE COM O HB20. TUDO ISSO E MUITO MAIS É CONTADO PELO NASSER.



Coluna nº 0314 - 15 de Janeiro de 2014
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NAIAS. Os carros dos EUA renascem
25ª edição do NAIAS, o Salão do Automóvel em Detroit, a sempre identificada cidade do automóvel. 
Não é o mais, embora ainda tenha em suas beiradas Ford, GM e Chrysler. 

A abrasão entre capital e mão-de-obra, o abrutalhamento da cidade, atrativos de outros estados, pulverizaram a outros estados a instalação de fabricantes e suas plantas de fornecimento de auto partes ou de montagem. 

Detroit, exceto o centro, o bairro rico, Grosse Point, é punida pelo esvaziamento, pela população encolhida à metade – creem-se atualmente 700 mil moradores -, pela queda de qualidade de vida, desemprego, e incapacidade dos gestores em mante-la com respeito operacional e aos impostos recolhidos. 

A cidade é inexequível e a queda da atividade econômica tem más consequências: prédios, galpões, espaços industriais abandonados há décadas, ruas e estradas esburacadas, exceção ao padrão estadunidense de resposta pública aos impostos arrecadados. 

Chocante ao compará-la com a vizinha canadense, ao outro lado do Rio Windsor, que lhe dá nome.

No usual o Salão recebe 500 mil visitantes entre os dias de Imprensa, convidados e caridades e semana com público. 

Neste 2014, entretanto, as perspectivas menores pelo tempo polar, nevascas, previsões de aeroportos fechados a pouso e decolagem, estradas de ferro bloqueadas, rodovias geladas e perigosas.

A projeção mudou as perspectivas a três dias da abertura, com regularização dos voos – Detroit recebe um por minuto -, a redução da queda da neve, a elevação da temperatura a suportável zero grau. Ante a anterior, quase verão…

E daí ?
O 25° Salão de Detroit deixará marcas importantes. Em primeiro lugar, surpreende favoravelmente. 

Sofreu vales de esvaziamento e cinco anos após a crise atordoando a indústria automobilística volta, qual Fênix, a patamar de festa bem produzida, sem economia, com imponentes estandes. 

Nos largos corredores as passadeiras baratas deram lugar a tapetes com 1 cm de espessura. 

Similar, porém com menos impacto – em 2009 durante a apresentação de novos modelos da GM funcionários faziam passeata no estande pedindo garantia de emprego. 

Neste, grupo da Nissan tentava apoio popular para filiação a sindicato – vedada pela montadora nipo-francesa.

A edição tem novos produtos, novas tecnologias, novo enfoque quanto a veículos, factibilidade nos caminhos de uso de energia renovável, cuidado em valorizar conteúdo dos carros de menores medidas e preços, em constante adesão pelos antigos usuários de carros maiores. 

Consequência, carros melhor equipados, decorados, com enorme leque de facilidades eletrônicas, mais seguros e econômicos, menos poluentes.

Novidades
Importante, novo picape Ford F-150, veículo mais vendido nos EUA, utiliza motor pequeno, V6, 2.700 cm3 de deslocamento, coisa epicurista, 4 comandos de válvulas nos cabeçotes, injeção direta e um turbo. 

Potência não declarada, pois será lançado no segundo semestre, em modelo 2015. O motor evolui do anterior 3.5 V6 turbo, e seus testes foram de carga máxima, exigências militares. 

É nova geração dos EcoBoost e a tendência é fazer dupla com o V6 3.5, tirando da produção os aspirados V8 5.0 e 6.2. 

Não virá ao Brasil. Porém novidade mundial é o intenso uso de liga de alumínio da carroceria – quase 70 % – no reduzir peso. Idem, mescla de aços especiais reduz peso, aumenta resistência estrutural. 

Interessa ao Brasil, pois a tecnologia do líder será copiada pelos concorrentes e, como novo caminho, permeará a outras marcas e veículos.


Ford F 150, alumínio

Chrysler 200
Impactante. Feito sobre plataforma Fiat, motor de quatro cilindros transversal, 2.4, 16 V, 184 hp de potência ou V6 Pentastar 3.6 e 295 hp. 

Acerto de suspensão e direção em padrão europeu, e a novidade da transmissão automática com nove velocidades, tração dianteira ou nas quatro rodas.

Refinado em construção, decoração e conteúdo de confortos, segurança e eletrônica, quer concorrer com Mercedes C, BMW 3, Audi A3, Honda Accord, Toyota Camry, Nissan Altima, coreanos no segmento, e Ford Fusion. 
Parece um Audi A7, em escala. 

O 200 enfatizará o bom slogan praticado pela Chrysler na concorrência com os produtos de origem estrangeira – Importado de Detroit.

Interessa ao Brasil, onde a aplicação desta plataforma aguarda as definições pós união Fiat/Chrysler, e a apresentação do novo plano trienal incluindo produto comum Alfa Romeo-Fiat-Dodge/Chrysler na nova fábrica pernambucana.


Chrysler 200


Chrysler trará ao Brasil os produtos da linha Jeep, Gran Cherokee, em prévenda, o Durango feito sobre sua plataforma, e Cherokee, reformulado, mais leve e com transmissão de nove marchas.

Do grupo, a Fiat importará a versão Abarth para seu modelo 500. Um pequeno foguete, com 160 cv de potência.

Possibilidade
Projeto corajoso, tipo exibição explícita de tecnologia factível e produto quase imediato, a Audi apresentou o “Audi Allroad Shooting Brake Show Car” – na prática um protótipo de camioneta. 

Como peculiaridades, duas portas, uso em estrada e fora, e valer-se prioritariamente de tração híbrida. 

O gerador é motor 2.0 TSI, turbo, injeção direta, dois tipos de injeção, direta e indireta, 292 hp, câmbio de seis marchas com tração dianteira. 

Motor elétrico com 40 kW – pouco mais de 50 cv – e cerca de 27 mkgf de torque. Bandeira respeitável, a combinação é capaz de andar 100 km com menos de dois litros de gasolina !

No eixo traseiro, outro motor elétrico, 85 kW – aproximados 110 cv - operando por demanda eletrônica, criando a tração total. 

Motores somam convincentes 408 hp de potência permitindo acelerar de O a 100 km/h em 4,6s.

Carro de sonho – regulagens dos pedais avança e recua o console -, quatro lugares espaçosos, duas portas como elemento de esportividade, soluções factíveis para levá-lo à produção bem aproximado do conceito mostrado, e tecnologia a ser aplicada aos demais carros de linha, incluindo os Audi a ser feitos no Brasil, sedã A3 e utilitário esportivo Q3.



Audi Shooting Brake, conceitos a ser realidade

Três interessantes BMW estarão no Brasil antes da produção local, prevista para 2014. São o Série 2, o M4 e o I3, elétrico. 

A BMW realiza esforço paralelo aos da Anfavea, associação de marca, para que os elétricos tenham impostos menores aos carros com motores convencionais.


BMW série 2


Líder do mercado Premium nos EUA, parte das ações para retomar a liderança na categoria, a Mercedes apresentou versão GLA pela AMG – o pequeno utilitário esportivo a ser produzido no Brasil em 2015 -, mostrou o belíssimo Coupé S, o modelo top da marca, o S 600, com motor V12, e rotulou mais importante o novo Classe C – a ser produzido nos EUA e no Brasil

Pequenos
Aguardavam-se novidades dos pequenos fabricantes de carros elétricos. A Fisker, em situação falimentar, teve negada por um juiz de falências oferta de compra por empresa chinesa – acusada de inviabilizá-la por cessar fornecer baterias. 

No caso da Tesla, em estande mostrando carro pronto e chassi bem desenvolvido e sólido em alumínio, a crença era de anúncio de venda à GM, mas não se deu.

Curioso, independente como sempre foi, Bob Lutz, suíço que movimentou os EUA com suas criações – Chrysler Viper, PT Cruiser, Pontiac Sundance, ex-vice presidente da GM, em época de combustíveis alternativos, foi claro: “- as pessoas querem carros bons”. 

E criou uma empresa, a VL, e um produto: de um Karma da Fisker, removeu motores elétricos e baterias, e colocou motor GM Corvette, a gasolina, V8 6.2 litros. 

Fez conversível hot rod de fábrica, o Destino. Lutz tem unidades compradas e quer vender a US$ 200 mil – quase R$ 500 mil.

Sempre surpreendente, aliou-se à Wanxiang, chinesa de auto peças para comprar a Fisker.


Karma elétrico virou VL Destino

Roda-a-Roda

Crescimento – Luca De Meo, membro do Conselho de vendas da Audi, disse-me sorridente ter novo recorde de vendas para a marca: 1.575.500 veículos no mundo, 8,3% de crescimento sobre 2012.

Mais - Metas foram superadas dois anos antes. Sorriu mais: a marca teve recordes em 40 mercados, incluindo ser, pela primeira vez, a Premium mais vendida na Inglaterra.

Engano – Luca é ex-Fiat, estrela ascendente, morou no Brasil na juventude, simpático, de passe comprado pela VW. Pensei tê-lo visto e saudei-o ao se aproximar. Não era ele, mas Giovanni Perosino, também italiano, também da Audi, chefe da comunicação de marketing. 

Enquanto ríamos da confusão pela semelhança, Vicente Alessi, editor de Autodata, aproximou-se e também chamou-o de Luca. São muito parecidos.

..... 2 – À noite, idem. Passei pelo Perosino e novamente achei ser o Luca. Dividimos umas batatas fritas em torno da confusão.

.... 3 – Manhã, segunda, entrevista da Volkswagen, Gilberto dos Santos, da VW, arranjou-me lugar privilegiado, superior, no balcão da cafeteria da empresa. 

Perosino se aproxima e o chamo para abrir espaço para melhor visualização. Não era mas, finalmente, o Luca. Os caras são iguais.

Decisão – Como as outras alemãs a Volkswagen cresceu em vendas nos EUA – no caso 13,5% - e, para aumentar sua participação no segundo maior mercado do mundo, visando liderar vendas mundiais em 2018, deu ênfase à marca.

Leque – Faz o novo Golf, em Puebla, México, anunciou investimentos de 7 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, e a produção de utilitário esportivo médio – quer dizer porte do Touareg. 

Colocou um carimbo no projeto: em 2018, quer vender um milhão de Volkswagens e outro de Audis nos EUA.

Triunfo – Mary Barra, 52, nova presidente da GM mundial, fez entrada triunfal no NAIAS. Seguranças, executivos, todos "papagaios de pirata" disputando invulgar número de foco em câmeras, fotos por máquinas e celulares. Pop Star.

Bem – Começou bem. A GM, iniciando sair do guarda-chuva salvador do estado norte-americano, teve picape Silverado e Corvette escolhidos como "Carro do Ano". E distribuirá dividendos após seis anos de jejum.

Brasil – Mark Hogan, na GM ex-presidente da GM, no Brasil, e ex-vice da matriz, me chama. Feliz em ver velhos amigos e falar língua brasileira

Foi o primeiro não japonês a integrar o conselho diretor da Toyota e hoje é diretor tendo foco na operação latino-americana. Foi seu dedo quem mandou melhorar o Etios.

Mais – Diz, nova ação corrigirá painel e outros itens, outro motor. Estranha o fato de a Toyota ter pouca divulgação. 

Não sabe, mas as marcas japonesas dão as costas no relacionamento com a Imprensa e público externo.

Mudança – Aliás, Coluna informou, a Honda quer quebrar a acomodação, mostrar o que faz. 

Contrata Marcel Dellabarba, ex-VW e na Mercedes, para gerir comunicação da marca, hoje entregue a assessorias externas.

Aditivo – Não pelo fato de ser profissional correto, ascendente, mas os previstos resultados devem sacudir a acomodação sem resultados resultado da ociosidade das outras japonesas. Possíveis substituições serão boas para o mercado.

Efeito – Hyundai esperou a Volkswagen anunciar o Up! para divulgar mudanças 2014 no HB20. 

O Up!, mais moderno, será concorrente frontal. Cassio Pagliarini, diretor de Marketing, diz, mudanças vieram de pesquisa durante o ano.

Opção – Maior diferença é opcional, motor 1.6 e transmissão automática no HB20. O Up!, por enquanto, terá motor 1.0 aspirado. 

Restante é tópico: detalhes cromados na bolota do câmbio, retrovisores na cor da carroceria, tampa de porta-luvas..., e opção de tela com navegação, banco bipartido no banco posterior.

Choque – O HB20, queridinho do mercado em 2013, terá no Up! – vendas em 10 de fevereiro -, concorrente de maior instigação, atualização e, dado insuperável, rede de distribuição maior, e formidável máquina promocional.

Mundial – Pessoal da Ford Brasil, em especial o designer chefe João Marcos Ramos, rindo à toa. 

No balanço da empresa, comando maior apresentou bons resultados, citando dois produtos mundiais nascidos no Brasil: utilitário EcoSport e caminhões Cargo.

Mercado – Finda a fase do consumo incentivado, a besta da inflação ensaia galope, tomar o freio nos dentes – e se tornar inadministrável; aumento dos juros; dificuldades em financiamentos; efeitos de Copa e eleições no consumo.


Mais - Decisão do governo em iniciar volta ao elevado IPI, permitindo a venda com alíquotas incentivadas aos carros faturados até 31 de dezembro, fez revendedores comprar muito, formando estoque. 

Têm mais de mês de vendas no pátio – e continuam recebendo os novos veículos.

Ocasião – É o seguinte: se queres carro novo, compra agora. Facilidades, algum agrado na negociação e o IPI menor. Resultado da conta favorável a você.

Conselho – Não se meta a comprar carros sem ABS ou almofadas de ar. Nestas horas, pensar com o bolso pode trazer maus resultados para o resto do corpo.

Outro lado – Se num extremo existem carros como Fiat Mille e Kombi, já descontinuados – as últimas Kombi não são apenas as bicolores Last Edition. Há as normais. A 180 graus os novos Mercedes CLA, pequeno sedã da marca.

– Não conhece? Estás certo. Ainda não foi lançado no Brasil. Porém, nas emoções do período, a Mercedes antecipou-se enviando aos revendedores a New Edition, com teto solar e acessórios. Razão ? Aproveitar o IPI menor.

Quantum - Se afim, mexa-se. Quase todos estão pré vendidos a clientes da marca. E no mundo há inacreditável déficit de encomendas de 60 mil unidades. Tremendo sucesso. Nos EUA, US$ 29.900 – uns R$ 73.000. Aqui revendedores pedem R$ 160 mil por série especial de entrada.



Mercedes CLA, venda antes do lançamento. IPI menor


Auditoria – Leitores liderados por Alain Tissier, vice-presidente da Renault, corrigem Coluna passada, quando informou aumento da garantia dos VW para 3.000 km. Nada disto. Três anos. Estão certos.

Gente – Ana Carolina Costa, jornalista, assessora de imprensa na Mercedes, mudança. 

OOOO Irá para a Samsung de eletrônica. 

OOOO Chery do Brasil nova direção. 

OOOO Roger Peng, físico, experiência em autopeças no CAIP Group e na Visteon. 

OOOO Sergio Marchionne, 61, contrato renovado para mais três anos à frente da Fiat e Chrysler. OOOO Maio apresentará e administrará o próximo plano trienal.
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