Seu nome completo é Harley Davidson FXFB FAT BOB ou poderia ser chamada também de moto do apocalipse Zombie, ela pertence à família Softail (Street Bob, Softail Slim, Fat Bob, FatBoy, Breakout, Deluxe e Heritage Classic). Seu visual agressivo, rebelde e seu porte impõe respeito e mostram logo sua personalidade.
São 14.9 kgfm de torque a 3.000 rpm, dá impressão de conseguir puxar um barco amarrado, mas isso não a deixa bruta na condução. O nome do motor vem de Milwaukee (sede da Harley) e Eight (quatro válvulas por cilindro).
O motor conta com sistema EITMS (Engine Idle Temperature Management System) sistema este que gerencia a temperatura do motor em marcha lenta, quando a moto está parada sem aceleração (marcha lenta a menos de 1.200 rpm) velocidade menor que 2 Km/h ou atinge mais de 140 graus, o sistema para de injetar combustível no cilindro traseiro que então faz o papel de “bomba de ar” auxiliando sua refrigeração, assim que o acelerador é acionado ele volta à sua normalidade.
Em nossa medição durante o teste (cidade e estrada) a moto fez em média 25,3 km/litro, respeitando sempre o limite de velocidade da via rodamos 887 Km o que é uma média excelente pelo seu porte e proposta.
Sim, ela esquenta ainda mais no anda e para, mas é uma característica desse tipo de motorização, o calor que emana do motor, que não é assimétrico em relação ao quadro ficando mais saliente do lado direito pode até incomodar, principalmente quando se fica “preso” no trânsito, mas na estrada com ela em movimento constante não incomoda.
O chassi foi melhorado em relação ao modelo anterior e está 15 Kg mais leve além de ter melhorado cerca de 65% sua rigidez. Um detalhe bem legal, no quadro da moto existe uma porta USB que pode ser utilizada para carregar seu celular com a moto parada, um mimo muito útil.
As suspensões são firmes e dão conta do recado, mesmo passando por ondulações e buracos, não chegaram ao fim do curso e não senti em nenhum momento aquela porrada na coluna. Na dianteira são invertidas Showa Dual Bending Valve (SDBV) do tipo cartucho com 43 mm e na traseira mono-amortecida com amortecedor escondido sob o banco que pode ser regulada em 5 posições num prático manipulo. Testei nas posições 3 (médio) 5 (mais dura) e 1 (mais mole) e a que mais me agradou foi a 3 mesmo, pois me deu conforto e firmeza na pilotagem.
O destino inicial era a cidade de Monteiro Lobato distante 129km da capital, na qual o escritor de mesmo nome era proprietário de uma fazenda que aparece em seus livros, rodando pela SP 50 são quase 70 km de curvas torneando a serra, hora com arvores cobrindo o caminho, hora um rio ao lado, a moto desfilava e deslizava no asfalto com maestria. Fique muito esperto e tenha atenção com a vegetação que cai na pista pois, você pode escorregar em um galho, por exemplo.
A moto é excelente para viagens, tem uma autonomia de cerca de 320km (respeitando o limite das vias) que casa muito bem com um descanso a cada 2 horas e meia por exemplo, dando conta de uma viagem muito maior sem sentir o peso no corpo, o assento confortável e a posição ajudam muito. Na cidade ela tem a dificuldade de uma moto de seu porte, vai bem nos lugares mais abertos e sofre no trânsito travado, mas em resumo é um “motão”.
É comercializada nas concessionárias da marca com valores a partir de R$ 65.900,00 na versão 107 com motor 1.745 cm³ nas cores (Vivid Black, Black Denim, Red Iron Denim e Bonneville Salt Denim) e R$ R$ 72.900,00 na versão 114 com motor 1.868cm³ nas cores Vivid Black, Black Denim, Red Iron Denim, Bonneville Salt Denim e Industrial Gray Denim).
Grato por disseminar informação isenta e formadora de conhecimento.....
ResponderExcluirObrigado.
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