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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Dirigir um Renault ZOE 100% elétrico uma agradável experiência: dirigibilidade, desempenho e estabilidade e zero poluição e gasto de gasolina

   Texto e fotos: Arnaldo Moreira

A época em que o meio ambiente está em debate mundialmente, coincidiu com o teste de avaliação que fiz do Renault ZOE E-Tech, totalmente elétrico, zero emissão de poluentes. Dirigir um carro elétrico é uma experiência agradável, que te remete para a mobilidade do futuro e te faz sentir o que é dirigir um carro  sem ruído de motor, sem cheiro da caríssima gasolina.



Ao ligar o ZOE o painel se ilumina, este é o indicativo de que o carro está funcionando. A seguir é colocar o cinto de segurança, engrenar o drive e se quiser sentir o poder do motor elétrico basta pisar fundo no acelerador e o carro sai disparado, usando os 25 kgfm de torque do motor elétrico de 100 KW, de 135 cv de uma vez só. 




Acelerar um carro elétrico é como acender uma lâmpada, a luz ilumina o ambiente instantaneamente, com o ZOE acontece o mesmo, ao pisar forte no acelerador ele sai em disparada como se fosse um esportivo de 200 cv. O único som ouvido é um leve silvo. 



A pergunta que todos fazem é qual a autonomia do ZOE. Com a bateria de 52 kW/h, chega a 385 km com uma única carga e basta meia hora para um recarga para mais 167 km num posto de carga rápida, o que já garante uma viagem tranquila a São Paulo. O carro é excelente para andar na cidade sem consumir a caríssima gasolina. Vai de 0 a 100 km/h em 9,5 s e tem velocidade máxima de 140 km/h. 

O local de carga do carro é feito com o deslocamento do símbolo da Renault na frente.

O Zoe chamou à atenção por onde passei. De fato, o hatchback genuinamente francês tem linhas definidas e agradáveis, a frente bem marcante decorada pela enorme grade que divide, de cada lado, os faróis de nevoeiro e é encimada pelo conjunto ótico full Led muito eficiente e luz de circulação diurna, também em Led.


Na traseira, as lanternas são verdadeiras peças decorativas com luz de Led. 


O interior do Zoe é agradável e tem bom acabamento. O painel e a forração das portas são cobertos de plástico duro, exceto no parte frontal do painel que é coberta de tecido. Não se pode dizer que este francês elétrico tem um grande espaço interno, dado o seu tamanho mas atende bem a cinco passageiros todos com cintos de segurança de três pontos e encostos de cabeça. 



Dos três passageiros do assento traseiro - rebatível 1/2 e 1/3 e com duas posições Isofix -  o do meio que em carros com motor a propulsão fica mal acomodado por conta do túnel central elevado, no elétrico esse túnel não existe sobrando um melhor espaço para as pernas.




O ZOE é um carro confortável, tem uma suspensão firme, mais firme do que a calibragem dos carros do segmento a combustão. Se por um lado, os passageiros sentem mais a ação da suspensão num piso irregular, por outro a estabilidade é bem beneficiada. A instalação das baterias sobre o chassi beneficia sobremaneira o centro de gravidade do carro, tornando-o mais seguro. Outra vantagem do carro elétrico é a maior rigidez torcional que, entre outras coisas, diminui o nível de ruídos. 


O Zoe tem uma agradável dirigibilidade. Apesar do banco do motorista não vir com regulagem de altura, foi fixado numa posição mais elevada que responde bem à exigência de uma boa visibilidade. A dirigibilidade do ZOE E-Tech, ajudada pela ampla área envidraçada, é muito agradável, a posição ao volante, mais alta, é confortável.



O volante coberto de couro tem regulagem de altura e profundidade. Nele, o motorista conta com os controles de som, hand free, do computador de bordo e ainda o controle automático de velocidade. 


No quesito segurança são dois airbags frontais e dois laterais, controle de estabilidade e de tração, sinalizadores luminosos de pontos cegos nos retrovisores, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiros e traseiro com avisos sonoros e visuais de aproximação de veículos, obstáculos e pedestres na tela de multimídia de 7", tipo flutuante, localizada no painel central, com seis alto falantes. 


Tem ar condicionado digital. 


O freio de estacionamento é elétrico.



Os retrovisores externos são elétricos com repetidores luminosos laterais de seta e o interno é fotocrômico. O ZOE conta ainda com assistente e frenagem de emergência, freios ABS, redutor de velocidade, assistente de partida em rampa, sensores crepuscular e de chuva. 



Sensor de pressão de pneus, de 16".



Para um carro de custo elevado como o ZOE notei a falta de um encosto de braço para o motorista e o carona. O ruído alto da rodagem, do contato dos pneus com o piso, até porque não há o ruído de um motor a combustão para o abafar, poderia ser minimizado por um melhor isolamento acústico do habitáculo. Não entendi o não fornecimento de cabo de recarga no ato da compra. A troca do pneu estepe pelo spray de reparo, achei amedrontador nas estradas esburacadas brasileiras. Se o pneu sofrer um rasgo não há como consertá-lo. A Renault poderia optar por um pneu de banda estreita para uso em curtas distâncias.

Para quem não tem ideia do peso de um carro elétrico, o ZOE pesa 1.786 kg, muito próximo do peso do Volvo XC40, com 1.762 kg, da S10 cabine dupla que pesa 1.791 kg, ainda assim o desempenho do motor elétrico é nitidamente superior.


O porta-malas do ZOE comporta 338 l, o normal de um carro pequeno, que pode quase duplicar com o banco rebatido.


Em duas versões, o Zoe custa R$ 204.990 na versão ZOE ZEN e R$ 229.990 na avaliada pelo Blog. Quem desejar poderá adquiri-lo através do Renault On Demand, um sistema de assinatura de 12/18/24 meses por uma mensalidade fixa.

 




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