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sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Bomba atômica sobre Hiroshima faz 76 anos nesta sexta (6/8); sobrevivente é homenageada pela Articulação Antinuclear Brasileira.



Texto: Tânia Malheiros

Nesta sexta-feira (6/8) serão realizadas várias homenagens aos mortos, desaparecidos e contaminados pela radiação, vítimas da destruição provocada pela bomba atômica que devastou a cidade japonesa de Hiroshima, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945. São 76 anos de uma tragédia que precisa ser lembrada para não ser repetida. Às 19h, uma das vítimas, Junko Watanabe, sobrevivente que vive em São Paulo, será homenageada em “live” organizada pela jornalista Joelma do Couto, da Articulação Antinuclear Brasileira, que reúne dezenas de entidades civis em todo o
País.

 “Ela tinha apenas dois anos, em 6 de agosto de 1945, quando brincava com o irmão na vila perto de Hiroshima e houve o bombardeio pelos Estados Unidos”, comentou Joelma. “Os 76 anos do genocídio atômico de Hiroshima” é o título da “live”. 

Junko conta em entrevistas que soube que era sobrevivente aos 38 anos de idade. Os pais esconderam essa realidade dela por medo de represálias e preconceitos da sociedade. No ano passado, ela se apresentou em peça teatral do diretor e roteirista Rogério Nagai, por acreditar que a história de Hiroshima não deve ser esquecida. "Temos cada vez menos sobreviventes e precisamos manter essa história viva para que ela não se repita", diz. 

"Ainda que trate de uma tragédia, o texto traz uma reflexão sobre a paz por onde passa, com uma mensagem forte de resiliência, perdão e superação. Colocar os sobreviventes em cena é uma maneira que o projeto encontrou de mostrar a importância de propagar e manter a paz, para que acontecimentos como esse nunca mais se repitam", ressaltou Nagai. 

Também nesta sexta, às 19h30 haverá o debate “A saga das inúteis e perigosas chaleiras nucleares de Angra dos Reis”, com os especialistas Célio Bermann, Heitor Scalambrini, Chico Whithaker, Cristina Perfeito e Monique Chessa Reis. Os eventos podem ser assistidos pelos canais do “You Tube “ e Facebook, da Pascom - Diocese de Floresta. 

A data terá muitos outros eventos lembrando a tragédia. Às 8h15, o Centro Cultural Hiroshima do Brasil realiza o “Oficio Budista Onlive em Memória às Vítimas da Bomba Atômica e da Covid-19”, em seu canal no You Tube. As vítimas da Covid-19 que já passam de 550 mil, no Brasil, ressaltam.


 Bombas atômicas estadunidenses 

Durante a Segunda Guerra Mundial o planeta assistiu à tragédia e ao horror provocados pelas bombas atômicas norte-americanas que destruíram Hiroshima e Nagasaki. A primeira era uma bomba de urânio, de 12 quilotons, lançada no dia 6 de agosto de 1945, sobre a cidade que, na época, estava com uma população de 350 mil habitantes. Sob os efeitos imediatos e posteriores à explosão, pelo menos 140 mil pessoas morreram até o final daquele ano. A explosão, que ocorreu 510 metros acima do centro de Hiroshima, provocou um imenso clarão, cegando instantaneamente milhares de pessoas. Eram 845 da manhã e os Estados Unidos mostravam ao planeta a força invencível de sua nova arma: a bomba atômica. 

Três dias depois, atingiram também Nagasaki. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia. Os números oficiais informam entre 130 e 240 mil mortos como resultado destes que foram os primeiros e únicos ataques nucleares contra civis na história da humanidade. 

Especialistas afirmam que nunca saberemos exatamente o número de mortos. No caso da radiação, ela pode permanecer no corpo humano durante muito tempo, provocando doenças como câncer, que são diagnosticadas anos depois da contaminação.   

Fonte: Blog Tânia Malheiros

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