A Aliança Renault-Nissan teve recorde de sinergias da ordem de €3,8 bilhões em 2014, uma alta em comparação com o ano anterior, quando foram obtidos €2,87 bilhões de sinergias.
Compras, engenharia e manufatura foram as áreas de maior contribuição.
Tanto o lançamento dos primeiros veículos da Família de Módulos Comuns (CMF) da Aliança, como a recente convergência de quatro unidades de negócio principais, ajudaram a alavancar sinergias nas três áreas.
As sinergias são geradas a partir de reduções de custos, prevenção de custos e aumento de receita.
Apenas as novas sinergias (não cumulativas) são consideradas a cada ano.
De forma significativa, aumentos de receita e economias permitem que ambas as montadoras ofereçam veículos com maior valor agregado aos seus clientes em todo o mundo.
“Nossa Família de Módulos Comuns continua a alavancar sinergias em todas as áreas principais, de compras a engenharia de veículos e motores”, comentou Carlos Ghosn, presidente e CEO da Aliança Renault-Nissan.
“Ao mesmo tempo, a recente convergência de quatro funções-chave na Renault e na Nissan – Engenharia, Engenharia de Manufatura & Gestão da Cadeia de Fornecimento, Compras e Recursos Humanos – permite acelerar ainda mais as sinergias”, explicou.
Graças à convergência, a Aliança espera superar sua meta de gerar €4,3 bilhões em sinergias anuais até 2016, um aumento em comparação com o total de €1,5 bilhão em sinergias obtidas em 2009, quando este indicador passou a ser monitorado pela Aliança.
A Família de Módulos Comuns é um sistema exclusivo de arquitetura veicular da Aliança baseado em módulos, que permite um aumento de sinergias.
A CMF permite que Renault e Nissan desenvolvam uma gama mais ampla de veículos a partir de uma combinação menor de peças, que inversamente permite oferecer mais qualidade e opções aos clientes.
Os modelos compactos são baseados na plataforma CMF-A; já os médios utilizam a CMF-B, e os veículos maiores são desenvolvidos com base na CMF-C/D.
Em fevereiro de 2014, a Nissan lançou uma novíssima versão de seu célebre crossover Qashqai, na Europa.
O Qashqai foi desenvolvido com base na CMF-C/D e é o terceiro modelo da Nissan baseado na CMF.
Em 2013, a Nissan lançou o crossover Rogue, nos Estados Unidos, e o crossover X-Trail, na China.
No começo deste ano, a Renault lançou seus primeiros veículos baseados na plataforma CMF: os crossovers Espace e Kadjar também foram desenvolvidos com base na CMF-C/D.
Em 2015, a Renault vai lançar o Kwid na Índia.
O Kwid é o primeiro modelo da Aliança desenvolvido com base na arquitetura CMF-A e será produzido na fábrica Renault-Nissan, em Chennai.
A Datsun vai lançar um veículo baseado na mesma plataforma, em 2016.
Até 2020, a Aliança espera que 70% de seus veículos sejam desenvolvidos com base em arquiteturas CMF.
Produção cruzada
A produção cruzada de veículos também é um dos principais fatores de sinergias em manufatura.
A produção cruzada deve aumentar na Aliança após a implantação do sistema de produção APW (Alliance Production Way) em todas as fábricas do mundo até o final de 2015.
O sistema de produção APW é resultado do compartilhamento de melhores práticas em toda a organização, permitindo que as fábricas façam melhor uso de suas capacidades, para produzir tanto modelos Renault como Nissan.
Em 2014, a Nissan iniciou a produção do crossover Rogue na fábrica da Renault em Busan, na Coreia do Sul, para que pudesse atender a demanda maior do que a prevista do mercado americano.
A fábrica da AVTOVAZ na cidade russa de Togliatti é a maior base de produção da Aliança no mundo, com capacidade para produzir perto de um milhão veículos por ano.
A fábrica produz veículos para quatro marcas – Lada, Renault, Nissan e Datsun.
A Aliança possui a maior parte do capital acionário da joint venture que controla a AVTOVAZ, a maior montadora da Rússia.
Outras áreas, como vendas e marketing, também permitem sinergias
A Aliança tem aumentado as sinergias em outras áreas, como vendas e marketing.
Graças à Aliança, Renault e Nissan podem oferecer aos seus clientes uma gama ainda maior de veículos em todo o mundo.
Em 2014, a Aliança assinou contratos em escala mundial com diferentes clientes que administram grandes frotas de veículos, incluindo a gigante Danone, do setor de alimentos.
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