Começou a temporada de previsões para o próximo ano. As
apostas dos principais executivos da indústria automobilística são de um ano de
2019 melhor que o de 2018. Mas, pelo demonstrado em um seminário semana passada
em São Paulo, há certa dispersão sobre os percentuais de crescimento.
Todos os executivos do setor estão otimistas, alguns mais, outros menos. Não se percebeu nenhuma grande preocupação sobre os resultados das eleições e os reflexos sobre a economia brasileira. Em 2019, o PIB do País deve crescer 2,5%, embora algumas consultorias apostem em até 3%.
Todos os executivos do setor estão otimistas, alguns mais, outros menos. Não se percebeu nenhuma grande preocupação sobre os resultados das eleições e os reflexos sobre a economia brasileira. Em 2019, o PIB do País deve crescer 2,5%, embora algumas consultorias apostem em até 3%.
Anfavea acredita em vendas superiores à casa de dois dígitos
“baixos”, isto é, algo em torno de até 12%, segundo o presidente da entidade
Antônio Megale. Nessa mesma linha, segue o presidente da GM Mercosul, Carlos
Zarlenga, que estimou algo entre 12 e 13%.
Pablo Di Si, principal executivo da Volkswagen, acredita que 10% seriam um bom número. Vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, preferiu apontar uma faixa entre 5% e 10% de crescimento. Miguel Fonseca, vice-presidente da Toyota, foi o mais comedido ao imaginar avanço no mercado interno de 4,4% sobre este ano.
Pablo Di Si, principal executivo da Volkswagen, acredita que 10% seriam um bom número. Vice-presidente da Ford, Rogelio Golfarb, preferiu apontar uma faixa entre 5% e 10% de crescimento. Miguel Fonseca, vice-presidente da Toyota, foi o mais comedido ao imaginar avanço no mercado interno de 4,4% sobre este ano.
Essas estimativas apresentam algumas variações, pois a
Anfavea considera o mercado total, incluindo caminhões e ônibus. Outros
executivos colocam em suas contas apenas automóveis e veículos comerciais leves
que representam 95% das vendas totais. Veículos pesados poderão crescer acima
da média, porém influenciarão apenas alguns décimos no resultado final.
Possivelmente em janeiro esses números sofram revisão.
Afinal, já se saberá mais sobre mudanças econômicas estruturais, que não devem
ser pequenas, pelo observado nas pesquisas em relação ao resultado da eleição
presidencial.
Outra expectativa, com potencial de influenciar resultados
futuros, é a aprovação pelo Congresso Nacional do programa Rota 2030. Há
embates políticos sobre estímulos à produção no Nordeste que colocam em lados
opostos Ford e FCA. A primeira defende o ano de 2020, como previsto, para o fim
dos incentivos fiscais (IPI). A segunda garante investimento adicional na
região, se puder contar com suporte fiscal até 2025.
Espera-se um acordo para destravar a votação, cuja data
fatal é 14 de novembro. Muito lamentável se aquele programa atrasar, quando
mais se necessita dele, a fim de garantir metas duras de consumo de combustível,
emissões reguladas e segurança veicular para os próximos 15 anos. Só dá para
entender esse impasse como puro oportunismo de bancadas de Bahia e Pernambuco.
Há ainda dois anos pela frente para resolver diferenças dentro de uma mesma
região.
Fica sem sentido deixar caducar a medida provisória do Rota
2030, amplamente discutida por mais de um ano, em razão de discussões menores.
Sensatez tem de prevalecer.
ALTA RODA
REVITALIZAÇÃO de meia
geração do Jeep Renegade deixou-o com o mesmo aspecto do fabricado na Itália.
São novos: grade, moldura dos faróis (em LED, nas versões mais caras),
para-choque dianteiro (permite, agora, ângulo de entrada de até 30°), rodas de
liga leve (até 19 pol.), tela multimídia de 8,4 pol. (a maior do segmento) e
maçaneta para tampa do porta-malas.
ESTEPE provisório
aumentou volume para bagagem em 47 litros, mas essa modificação foi feita no
começo do ano. Dinamicamente continua muito bom, mesmo com rodas de maior
diâmetro. Mas ainda falta fôlego ao Renegade com motor flex em razão de seu
peso. Versão de entrada ficou mais em conta: R$ 78.490. A mais cara (Diesel 4x4
automático): R$ 136.990.
FORD surpreenderá
no Salão do Automóvel de São Paulo (8 a 18/11) com a exibição do Territory. Este
SUV médio está sendo lançado na China, resultado de parceria com a JMC local. Empresa
indica se tratar apenas de sondagem junto ao público. Precisa, porém, de um modelo
desse porte entre EcoSport e Edge. Se bem aceito, é produto para sua fábrica
argentina.
OUTRA novidade da
Ford no Salão é o EcoSport Titanium, sem estepe externo. Há dois anos a Coluna havia
antecipado o lançamento. Como esperado, o SUV compacto terá pneus run-flat
(rodam vazios por até 80 km) e um reparador emergencial de pneus que estenderia
o uso, em caso de furo, por mais 200 km. Ka sedã aventureiro estreia e se
chamará Urban Warrior.
VOLVO XC40 surpreende por preço competitivo
para o que oferece em equipamentos e itens de segurança. Desempenho é ponto
alto graças ao motor turbo a gasolina de 252 cv e 35,7 kgfm, tração 4x4 e
câmbio automático de oito marchas. Largura da coluna traseira atrapalha a
visibilidade. Muito eficiente o sistema de prevenção de invasão, por distração,
da faixa de rolagem oposta.
CAOA CHERY antecipa, mas sem anunciar preço,
o sedã compacto “anabolizado” Arrizo 5. Distância entre eixos (2,65 m) é igual à
do VW Virtus. Motor 1,6-L turboflex entrega 150 cv (etanol) e 19,5 kgfm (potência
e torque poderiam ser um pouco maiores). Estilo bem atual e longa lista de
equipamentos de série indicam se tratar de um produto competitivo no segmento.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2
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