Por
Romildo Guerrante
A medida tem aspectos positivos – aumentar a visualização dos veículos, regra básica de direção defensiva, é uma delas -, mas vai encurtar a vida dos faróis e das baterias, os próprios fabricantes admitem.
E talvez estimular a venda dos tais faróis diurnos, com iluminação de LEDs. As luzes, acredito, podem melhorar um aspecto perigoso de nossa realidade, que são os veículos em sua maioria pintados em cores escuras, que se confundem com o asfalto das estradas.
Há pesquisas americanas que indicam redução de 5% nos acidentes de trânsito rodoviários com essa prática dos faróis baixos acesos durante o dia.
Nos Estados Unidos, as estradas são feitas de concreto, mais claro que o asfalto, o que amplia a luminosidade dos faróis.
Veículos fabricados nos países nórdicos, onde no inverno as condições de visibilidade são críticas, já vêm com um sistema que aciona automaticamente os faróis baixos ao ligar o veículo.
Aqui no Brasil, tenho a impressão de que a imposição da multa de R$ 88,13 pode permitir que se identifiquem os faróis defeituosos, mas também pode estimular propinas para os agentes da fiscalização, que não fiscalizam, por exemplo, os motoristas que dirigem à noite com os faróis apagados.
Intuo que possa ocorrer também algo mais subjetivo ao longo do tempo, que é o surgimento de uma nova normalidade, a rotinização do cenário de faróis acesos, sem que isto aumente a atenção de quem dirige.
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