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quarta-feira, 4 de julho de 2012

A NOVA RANGER, QUE CUSTA DE R$ 61.900 A R$ 130.900. É TAMBÉM ALVO DO COMENTÁRIO DO NOSSO COLUNISTA ROBERTO NASSER QUE CONSIDERA A PICAPE DA FORD MAIS AUTOMÓVEL QUE CAMINHÃO. ELE FAZ UMA HOMENAGEM AO GRANDE DESIGNER AUTOMOTIVO, PANINFARINA, CRIADOR DOS FERRARI. NASSER ELOGIA AINDA O NOVO SÉRIE 3 DA BMW, ALÉM DE DIVERSOS IMPORTANTES COMENTÁRIOS



End eletrônico: edita@rnasser.com.br Fax: 55.61.3225.5511

Coluna Nº 2712 de 04 de julho de 2012 

Mais automóvel que caminhão, 

chega o novo, todo novo, Ranger

Ar-condicionado automático digital de dupla zona; GPS integrado com mapas e tela de LCD com 5”; sensor de estacionamento traseiro; câmera de ré; computador de bordo; sensor de chuva; acendimento automático dos faróis; bancos elétricos com 8 ajustes; piloto automático; controle de áudio no volante. Sistema de som com entrada iPod, USB e conexão Bluetooth para celular; faróis com ajuste de altura; retrovisores com rebatimento elétrico; trio elétrico com abertura e fechamento global e abertura elétrica do tanque de combustível. E seis airbags (dianteiros, laterais e de cortina); carroceria ultrarreforçada com zonas de deformação programada; sensores inteligentes de severidade de impacto; freios ABS; câmera traseira; sensor de ré; controle de estabilidade com 8 funções, o mais completo da categoria.

Pensou em automóvel de luxo? Errou.
É parte das novas picapes Ford Ranger, finalmente apresentadas, produzidas na Argentina, distribuídas no Continente. Com foco em conforto de uso, rodagem de automóvel, mostra a disposição da empresa em retomar espaços, oferecendo itens constantes na concorrência cada vez maior. Chama-a Picape Global – não é, pois, ausente do mercado norte-americano. O caminho do conforto, mais automobilístico que camional, mostra ao seu usuário deixou de usar chapéu Panamá e evoluiu para Stetson.

Além da preocupação estética e aerodinâmica, com o parabrisas mais inclinado, houve refinamentos na cabine e mimos de engenharia boiolo-femininos, como a câmera de TV dentro do emblema da tampa traseira... Aparentemente, a Ford amarra a picape ao gosto do futuro dono.

Muitas opções, muitos públicos. De cabine simples, tração simples, motor pequeno, diesel, 2.2, 125 cv para frotistas; tração nas 4; cabine dupla; motores 2.5 Duratec flex, mais potente da categoria, 173 cv – concorrente histórico o S 10 GM faz 147 cv. 

Os motores são Ford e o topo é o 3.2 Duratorc, diesel, cinco cilindros, 200 cv de potência, 470 Nm de torque. Com ele a Ford está no topo da lista e no ponto de equilíbrio entre cilindrada, torque e potência. 

Os diesel utilizam os novos turbo Garrett de geometria variável, palhetas que mudam ângulos de acordo com solicitação do motorista e operação do motor. Assim, o torque aparece desde as baixas rotações, permitindo boas acelerações, retomadas, andar em rotações inferiores, gastando e poluindo menos. 

As transmissões mecânicas também são Ford e a automática de seis marchas Aisin. Houve incremento em segurança, sendo o único picape com 5 estrelas nos testes europeus EuroNCAP.

O leque de grande abertura começa no cabine simples, 2,5 flex, tração 4x2, a R$ 61.900 e vai à versão Limited, cabine dupla, diesel 3.2, transmissão automática e os mimos descritos na abertura do texto, a R$ 130.900. Preços competitivos, mas a Ford diz, o projeto totalmente novo, supera concorrentes por conteúdo.

Boas vendas em país com agro negócio em forte expansão terá quem oferecer qualidade, conteúdo, preço, boa rede de vendas e assistência.


Novo Ranger, Stetson em vez de Panamá.

Série 3 BMW cresce e faz versão competitiva de entrada

Para demonstrar a evolução da Série 3, o sedã esportivo Premium mais vendido no mundo, a BMW reuniu em Itupeva, SP, exemplares de todas as gerações. Henning Dornbusch, presidente, explicou ser a Série 3 definidora dos padrões dos sedãs médios e esportivos.

A nova geração cresceu 13 cm, mantém a secular disposição de motor dianteiro com tração traseira. Opções de 4 e 6 cilindros, refinamentos tecnológicos como dois turbo alimentadores, a capacidade de desligar nas paradas e gerar energia nas freadas. Sintonizados com a pretensão e imagem, oferecem ótima potência relativamente á cilindrada. Assim, as várias versões, como a 328i, quatro cilindros, 2.0 e 245 cv, torque máximo de 350 Nm a 1.250 rpm, rotação pós marcha lenta, faz de 0 a 100 km/h em 6s. Na 335i motor seis cilindros, 3.0, dois turbos, 306 cv, leva 5,5s da imobilidade aos 100 km/h.

Versão de base, em lista de encomendas, 1.6, 4 cilindros, dois turbos, 184 cv, - mesmo empregado em Peugeots 3008 e 408 - transmissão automática 8 marchas, quer ser a estrela da série, a R$ 129.950 e com vantagens financeiras: entrada de 20%, taxa de 0,98% em 24 ou 36 meses. Para competir de frente com a estrela do Mercedes Classe C.

BMW Série 3 - Quanto custa:


320i R$ 129.950,00 (na pré venda)


328i R$ 171.400,00


328i Sport Line R$ 189.700,00


328i Luxury Line R$ 212.950,00


328i Plus R$ 229.950,00


335i Sport Line R$ 294.950,00

Maior, mais forte, nova BMW Série 3 


Morre Sergio Pininfarina. O ciclo se fecha
Dono do lápis e do talento para transformar um estúdio em fábrica, Sergio Pininfaria, sobrinho de Giovanni Battista e filho de Giuseppe Battista passou aos 85. Seu grande diferencial foram a base técnica como engenheiro – ao contrário dos outros designers, artistas e arquitetos -, a herança institucional familiar, e o brilho de projetos vencedores como Alfa Romeo Spider, o Duetto, Maserati Quattroporte, Coupé 406 Peugeot, mítico Ferrari 250 GT, um dos esportivos colecionáveis de maior cotação mundial, Dino Berlinetta Speciale – que inspirou a Ferrari nos 40 anos seguintes.

Durante 50 anos foi a última palavra sobre encomendas, produtos, desenho e produção na empresa familiar, nascida com pai – o governo italiano criou por lei o sobrenome Pininfarina agregação de Pinin, apelido de Giuseppe, com o original Farina – e, ato de coragem, mudou o enfoque das casas de estilo: saiu da limitação de vender desenhos e moldar protótipos e moldes, para fornecer produção paralela às montadoras, que pagavam pelos serviços e produção. Foi amplamente seguido mas, na essência do negócio as montadoras pagavam abaixo do custo de desenvolvimento e, se as vendas iam mal, pelas unidades encomendadas, e não por percentual dos investimentos. E assim, mudanças de mercado, concorrências, crises, uma a uma as casas de estilo sucumbiram.

Dois golpes atingiram Sergio nos últimos anos: a morte de Andrea, filho e sucessor, e a crise de mercado, causando prejuízos com produtos como os Alfa Brera e Spider, Volvo C70, Mitsubishi Colt SZT, com venda de ativos, fechamento de instalações. À família restou apenas 1,2% da companhia.

A globalização, a massificação, a democratização da cultura e elegância, baixando o nível de ambas, acabaram com os carros exclusivos, feitos fora das fábricas. Foi-se o homem, ficará a lembrança dos que acompanharam seu trabalho e sua elegância sem frescuras. Sua filosofia era Simplifique!


Alfa Romeo Spider 1966-1994, capo lavoro de Sergio Pininfarin 

Roda-a-Roda 

Enfim – A equipe de Fórmula 1, Mac Laren, apresentou a versão conversível do MC4, seu esportivo, refinado em construção e performance. Chama-se 12C e, sem mostrar-se franciscano, tem conforto elétrico operando o teto em 17s – andando até 30 km/h. Não é o GT cortado. Ao contrário, é conversível tornado carro fechado, dispensando reforços estruturais, pesa apenas 40 kg mais.

Números – Motor V6, 3,6 litros, bi turbo, 625 cv e 61,1 mkgf de torque, transmissão mecânica, duas embreagens, 7 marchas, 0 a 100 km/h em 3,1s.

Custa 195 mil libras, pouco mais de R$ 600 mil + a cascata local de impostos.

A Mc Laren possui 38 revendas no mundo e procura representante no Brasil.

Mc Laren 12C 
Melhor – Aos ingleses, seguindo a opinião da Which, organização de consumidores com mais de 650 mil membros, o melhor carro do mundo é o Kia. Para os ilhéus, design, qualidade e a garantia de sete anos lá oferecida elevam a marca acima da associada Hyundai, BMW e Toyota.

Negócio – A troca de ações entre GM e a holding PSA – Peugeot-Citroën – dá primeiro passo prático: a GM transfere à Gefco, empresa de transporte da sócia francesa, toda a logística de suas marcas na Europa, incluindo a Opel.

Inutilidade – Diz a Nissan, seu Leaf, o March com motor elétrico, é recordista de velocidade em marcha a ré. Não deu dados. A informação, de nano importância, dá ao leitor noção de confusão entre festa e produto.

Aircross 2013 – Com motor renovado e a incorporação de almofadas de ar, ABS e EBD em todas as unidades, chega o Citroën crossover Premium. O 1.6, 16V, ganhou comando de válvulas variável na admissão, pistões e anéis de baixo atrito, e taxa de compressão de 12,5:1. Faz 122 cv a 5.800 rpm, 16,4 kgm a álcool e com gasálcool 115 cv e 15,5 kgmf a 4.000 rpm.

Freio preso – Morosas novidades. Era inconciliável a falta de equipamentos de segurança em veículo com tais propósitos e preço, e sentida a pouca potência para tracionar o maior peso. Para meio atualizar-se, no motor fez metade do dever de casa, aplicando comando variável para válvulas de admissão.

Conta - Ponto positivo, adotar o Flex Start, demitindo o jurássico tanquinho para partidas a gasolina, uma das vergonhas da engenharia automobilística brasileira. Em seu lugar, artefato que, desde a abertura da porta do motorista aquece os dutos de combustível. Novidade secular, bomba de óleo lubrificante do motor com fluxo variável, gasta menos energia com a operação.

Mercado – Dados da agência Autoinforme exibem mudanças no mercado doméstico em junho. Posições dianteiras mantidas, vendas nem tanto. Fiat líder com 22,08% e VW 20,99%. GM terceira, caiu a 16,9% - em maio 18,46%. Ford 4a., Renault crescendo a 7,11%.

Conjuntura – Depois, Honda, Nissan, Toyota, Peugeot e Citroën. A imposição dos 30 pontos percentuais ao IPI dos não-nacionalizados fez Hyundai e Kia cair para 11ª. e 13ª. posições, respectivamente. JAC e Chery, 14ª. e 15ª.

Faca – Metalúrgicos de São José dos Campos, SP, reagem e protestam contra planos de demissão propostos pela GM. A empresa, segundo avaliam, cometeu erros, demorou a ter novos produtos, importa em detrimento da produção local. E acham que seus empregos não podem pagar pelos enganos da diretoria. Querem o compromisso dos governos estaduais e federal.

Proteção – As vantagens dadas aos nacionais tem como contra posição a garantia de emprego. Os produtos feitos em São José tem problemas com o telhado. Meriva e Zafira caíram. Corsa e Ágile escorregam.

Negócio – Boa ocasião de pedir desconto em VW Voyage e Fiat Punto estocados nos revendedores. Ambos terão modelos 2013 próximos dias.

Demonstração – Um dos maiores distribuidores nacionais, a Arcom inicia renovar seus 1.000 caminhões VW por outros Constellation 19.390 Advantech, enquadrados no Proconve P7, o programa de motores diesel atualizados e menos poluentes. O arrepio dos frotistas ao novo diesel fez um vale nas vendas e a entrada da Arcom nos novos produtos é bom exemplo de confiança.

Futuro – Embora o Brasil não tenha adotado o programa Transmillenium, inspirado no transporte urbano em Curitiba, Manaus fez adequação comprando 166 ônibus articulados e 166 convencionais. Todos Volvo.

História – Dia 4, 58 anos do início do fim da Simca. Foi quando absorveu a Ford France, transformou o Ford Vedette em Simca Chambord, e teve parte de suas ações passadas pela Ford à Chrysler que logo acabou com a empresa.

Gente – Hugo Zattera, 72, economista, presidente da Agrale, emedalhado. OOOO Pregaram-lhe a do Mérito Farroupilha da Assembléia Legislativa do RS. OOOO Dirige as empresas Agrale e sob seu comando adquiriu a Yanmar, japonesa fabricante de motores, tratores, com fundição em Indaiatuba, SP. OOOO

Quem diria. a Chrysler ajudou a Volks vir para o Brasil
Pode parecer curioso, mas a vinda da Vokswagen ao Brasil teve forte ajuda da Chrysler. A montadora norte-americana aqui possuía ativo representante, montando e agregando peças brasileiras em automóveis e caminhões. 



Era a Brasmotor que, em três anos havia se tornado distribuidora da marca, com rede de concessionários. José Bastos Thompson, executivo, encantou-se com a constituição do recém lançado Volkswagen, procurou Friedrich Shultz-Wenk, ex-piloto de caça e representante VW na América do Sul. Fritz, como era tratado, aconselhou-o a obter auxílio de outra montadora, e Thompson se valeu de Cecil B Thomas, presidente da Chrysler. Com ajuda de um e apoio de outro, o dr Heinrich Nordoff, que recém assumira a gestão mundial da Volkwagen concordou e veio ao Brasil com Shultz-Wenk para formalizar o negócio.

Tomou forma, em 17 de novembro de 1950, quando o milionário Eduardo Matarazzo comprou a primeira unidade do inicial lote de 30 unidades. Fosse pelo carro, pela identificação com Matarazzo, então a família mais rica do Brasil, ou pela garra da Brasmotor, que logo construiria fábrica perto do então inexistente trevo da bucólica e rural São Bernardo do Campo, SP, o fato é que a marca deslanchou. Tanto que em 1953 a Volkswagen veio por si, instalando-se em pequeno prédio à rua do Manifesto, no bairro do Ipiranga, na capital paulista, fazendo Fritz seu presidente.

O acordo com a Brasmotor vigorou até 1956, quando a Volkswagen, motivada por seu associado brasileiro, o grupo Monteiro Aranha, decidiu industrializar-se no país.

Pioneira Kombi, com escola de serviços da Brasmotor.

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