Questão atual. Japonês e
coreano provocam alemão e italiano
Não
é dissenso econômico ou diplomático, apenas mercadológico. O fantástico mercado
brasileiro para a italiana Fiat e a alemã Volkswagen terá dois novos
concorrentes na faixa que influencia 50% dos compradores, a dos compactos.
Nela, de fábricas novas, a Toyota e novo modelo, o Etios, e da coreana Hyundai o
HB20.
Líder,
a Fiat atualiza sua modelia; VW, 2ª. colocada, com produto ainda o mais
vendido, faz o mesmo com Gol e seu desdobramento Voyage.
Nas
marcas, linha comum, evolução sem revolução, em especial no conteúdo de
serviços propiciados pelas facilidades da eletrônica. Redução de metragem de
fios, substituição de cabos elétricos por sistemas eletrônicos, confortos aos
usuários. E naturais mudanças estéticas para diferenciar a evolução, provocar
compradores ao conforto de uso e à atualização do produto automóvel, cuja
substituição hoje mais representa estar em dia com a moda.
VW Gol e Voyage
Mudaram
bastante na identificação visual, faróis e lanternas maiores e, rubrica atual
da marca, a pintura de acabamento, dita Preto Piano, brilhante, refletiva,
traço comum com demais carros da marca – Gol e Voyage existem apenas no Brasil.
Internamente reacerto no painel, detalhes como regulagem milimétrica e com clic nas saídas de ar, e mudanças
internas no estofamento. Nos bancos, o passo ecológico de utilizar, na faixa
central, tecido com fios desenvolvidos à base de garrafas PET.
A
preocupação ecológica chegou aos motores. O 1.0 de quatro cilindros, bloco em
ferro, agora ditos 1.0 TEC – de tecnologia para economia de combustível -
substituiu materiais para gastar menos energia no funcionar. Pistões,
vedadores, e retentor do volante-motor são em material com menor atrito. As
válvulas foram afinadas para diminuir o peso suspenso. Pequenas providências,
economizam até 4%, melhoram o torque em rotações inferiores, tornam-no mais
agradável no conduzir. As soluções também foram apostas ao 1.6.
Alterações
elétricas com implemento ao uso de eletrônica, com os sistemas em barra presa ao
terminal positivo da bateria, economizam fios, complicações, permitem
refinamentos operacionais, como substituir o sistema de décadas da alavanca de
pisca pisca, trapizonga eletro
mecânica, por outro, acionador de alguma minhoca eletrônica e o toque na alavanca
faz piscar três vezes. Mesma facilidade, a pressão mais forte ou continuada no
pedal do freio, faz piscar as luzes traseiras, equipamentos antes exclusivos a
veículos de maior preço.
Pontos
importantes, em Gol e Voyage 1.0 a opção BlueMotion, um pacote de soluções
ecológicas capaz de economizar até 8% em combustível. E, aos motores 1.6, a
transmissão automatizada I-Motion.
Quanto Custa R$
I-Motion
|
Gol 1.0 27.990 ---
|
Gol 1.6 31.890 34.490
|
Gol 1.6 Power 38.290 40.890
|
Voyage 1.0 29.990 ---
|
Voyage 1.6 34.590 37.190
|
Voyage 1.6
Comfortline
|
VW Gol e Voyage, aprimoramentos. |
Punto, valorizar o que era bom
Revitalizar o Punto, líder de mercado com 35 mil unidades anuais, aquém do que
sua formulação estética e funcional suporiam, foi a missão adotada pela Fiat.
Deu ao carro trato geral, iniciando por levar os bigodes, hoje a cara familiar
da marca, à nova modelia. Diminuiu a grande e maserática tomada de ar frontal,
reduziu seu aspecto belicoso, atenuando com os novos traços. Caminho simples,
ser levado pelo rio da tecnologia.
Assim, coisas práticas, disponíveis,
aportaram ao Punto: fora, luzes de LED nas lanternas traseiras, novos faróis
frontais. Dentro re leitura total em desenho e materiais. No geral, manter a
política adotada pela Fiat: melhorar o conteúdo de confortos e serviços,
incluindo a sintonia entre os usuários e a Internet. Além do sistema Blue and
Me, há para os solitários apoiados em comunicação externa, uma possibilidade: o
rádio pode ligar para número de serviço Fiat, fornecendo, no painel, as
atualizações de Twitter e Facebook – responder é para o grupo de risco, os que
digitam mensagens dirigindo.
Na
mecânica, mudanças. A Fiat possui as motorizações mais modernas do país. O 1.4,
menor da linha, agora é Fire Evo, inovando no comando de válvulas com angulação
variando de acordo com condições e demanda, mudando personalidade e consumo.
Os
1.6 e 1.8, 16 válvulas, projetos BMW acertados pela Fiat, dão o tom. Adequados,
bom de torque, a eles se conecta o sistema Dualogic Plus, de automatização do
câmbio, criação da Magneti Marelli, melhor do tipo, de uso suave, sem trancos.
Refeito e reprogramado, oferece interpretar o que está acontecendo para adequar
a marcha própria, ou manobrar sem necessidade de acelerar, ou sair na subida
sem que o carro volte ao se aliviar o pedal de freio.
No
topo dos produtos, o T-Jet, 1.4 turbo, com botão fazedor de mágicas, em três
posições permite dirigir com economia; andar normalmente, ou programar para
arrancar com vontade, a hora da testosterona.
Quanto custa R$
I-Motion
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Gol 1.0 27.990 ---
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Gol 1.6 31.890 34.490
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Gol 1.6 Power 38.290 40.890
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Voyage 1.0 29.990 ---
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Voyage 1.6 34.590 37.190
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Voyage 1.6
Comfortline
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Punto, incrementado, melhor |
Sem surpresa, o Hyundai daqui
será o HB20
A
Hyundai de Piracicaba confirmou, seu automóvel compacto, a ser produzido a
partir de setembro será HB 20. A marca emprega combinações alfa numéricas em
seus modelos básicos e, por obviedade, H é de Hyundai; B, de
Brasil; e o 20 se refere ao carro, da 2ª. família de produtos.
Como
a Coluna informou anteriormente, a
base gerará hatch família de 4 portas
e, em 2013 sedã e um SUV looking, um quase utilitário esportivo. Motorização
comum: 1.0 e 1.6, flex. Neste, opção de transmissão automática. O HB20 mira o
Gol, líder no segmento.
A
Hyundai inicia separando sua operação da outra, da CAOA, em Anápolis,GO, onde
monta o finado Tucson e pequenos caminhões, indicando a unidade de Piracicaba
de primeira fábrica Hyundai no Brasil, com 69 mil m2 de área construída; mais
de 1.000 funcionários.
Como
a CAOA, além de importar, montar, também vende 70% do volume da marca, o
convívio entre a Hyundai Hyundai e a CAOA Hyundai será peculiar. A rede de
concessionários ligada à Hyundai Hyundai venderá apenas o HB20 e produtos a
serem montados em Piracicaba. Será formada por novos aderentes e optantes entre
as empresas que vendem os carros importados através da CAOA Hyundai.
A rede
CAOA Hyundai venderá veículos montados em Goiás e importados, até o vencimento
do contrato de cessão dos direitos de produção e importação – ou se a Hyundai
Hyundai negociar com a Hyundai do B o cancelamento do contrato. Aí a empresa
coreana voltará a ser senhora de sua marca. Vendas em outubro, inauguração em
novembro.
Trax, o EcoSport da GM – pero hecho en Mexico
O
rentável filão dos utilitários esportivos compactos, caminho aberto pelo Ford
EcoSport, seguido pelo Renault Duster, terá novo frequentador, um Chevrolet. A
GM investirá US$ 420 milhões para fazer um SUV compacto e outros dois produtos: picape
para voltar ao segmento de maior peso; e caixa de transmissão mecânica com duas
embreagens. O investimento criará 1.000 empregos.
A
novidade, de acordo com o enfoque, é boa, ruim ou péssima. Boa pela
concorrência no mercado onde os representantes são caros; ruins para o Brasil
pois investimentos e produção não serão aqui, onde o governo federal cria
dificuldades para forçar a volta do uso de componentes nacionais, mas em San Luis Potosí e
Guanajuato, México.
A fábrica, como fez a Nissan, mira o Brasil como principal
mercado. E é péssima para os metalúrgicos de São José dos Campos, SP, onde a
empresa descontinuou a dupla Meriva e Zafira e incentiva demissões mesmo com a
benesse oficial da redução de IPI e barreira contra os importados, e metalúrgicos
fazem greve para entender o porquê do desrespeito ao acordo oficial.
Questão
maior, entretanto, sustenta discussões no Vale do Paraíba: é o que pretende a
GM, e qual o significado da sequência de medidas, diminuindo de tamanho – sua
participação em vendas no mês passado perdeu 1,5%; reduzindo a nacionalização
de seus produtos, importando componentes como motores, transmissões, latas
estampadas, carros inteiros; desistiu da fábrica de transmissões em Santa
Catarina; cortou o Brasil da possibilidade de receber investimentos para novos
produtos.
A GM encolherá, reduzindo sua
atividade e empregos no Brasil, comprando peças e produtos no exterior,
exportando divisas, diminuindo sua ação?
GM Trax. Brasil perdeu produção para o México |
Roda-a-Roda
Voz do dono – Mal acabaram os brindes pela assunção, a VW acelerou a Porsche, e fará mais três produtos: o Pajun, sedã menor que o Panamera, competidor com a Serie 5 BMW; ressuscitou o projeto do 960, motor entre eixos, V8, bi turbo, 600 cv, dois lugares, concorrente de Ferrari V8; e o utilitário esportivo Macan, cujo protótipo chamado Cajun, compacto, com plataforma de VW Tiguan e Audi Q 3. Quer vender 200 mil unidades em 2018. Projeto de peito, vendeu 117.000 em 2011.
Idem – Pouco
antes da VW incorporar a Porsche em seu portfolio, uma de suas marcas, a Audi,
assumiu as italianas e míticas motocicletas Ducati. A Audi controla a
Lamborghini, opera na Itália, e fica menos atrapalhada a gestão. Quitou a
compra e nomeou mandão o CEO da Audi, Rupert Stadler.
Brasil
– O Dacia Duster, aqui Renault, iniciou vendas na Inglaterra. Versão de
entrada, 1.6, com ABS, eletrônica para frenagem de emergência e dois air bags a R$29.200. No Brasil, pelado
em segurança, R$ 51,8 mil. Há diferenças de impostos, mas, ainda assim,
considerando elevado frete, custos internacionais, deixa injustificável o preço
aqui praticado.
Ficamos assim - Não há justificativa, mas explicação. Preço justo é o máximo que o
cliente se dispõe a pagar. Acha caro? Sente-se explorado? Pare de comprar.
Como se diz no Goiás, cumbinado num é
caro.
Trabalho
– A Fiat contratará 600 trabalhadores para prensas, funilaria,pintura, e
ampliar produção em 150 unidades, chegando a 3.150/dia. O corpo funcional
ascenderá a 19.200 funcionários, gerando novos empregos nos fornecedores.
Porquê
- O mercado doméstico consome 16 mil unidades/dia, e a Fiat quer acompanhar sem
perder os 22,2% de participação de sua liderança.
Mais um
– Dia 27, cimentação da pedra fundamental da fábrica Sinotruk Brasil em Lages,
SC. Facilidades do Governo do Estado e presença da empresa mãe, a China
National Heavy Duty Truck Group Corporation. Prevê montar 5.000 caminhões no
primeiro ano, iniciando com peças importadas e agregação de partes e mão de
obra nacionais.
Acordo – Iveco e Makro fizeram acordo que, tão óbvio, é simples: a Iveco exporá
nas lojas desta veículos com perfil da clientela do atacadista – comércio
varejista, alimentação, conveniência. Como aluguel, duas unidades para sorteio
entre os clientes do Makro.
Teoria
– Foca na assertiva do famoso marqueteiro Milton Nascimento, cantada em Bares da Vida: “o artista deve ir onde o povo está”. Nas lojas de São Bernardo do
Campo, S Paulo, Belo Horizonte, Campinas, Salvador, Recife e Curitiba, mercados
de metade das vendas da Iveco.
Mercado
– Passou batido para as montadoras brasileiras os Jogos Olímpicos em Londres.
Olimpíadas anteriores motivaram séries especiais – Voyage Los Angeles em 1984,
Monza Barcelona 1992, Gol e Parati Atlanta 1996.
Amigos
– Frota que mais cresce, a Fiat resolveu tratar como amigos os mecânicos de
oficinas independentes. Descontos, bom trato, acesso a literatura técnica
especializada, a política dá certo e ano passado registrou 70 mil notas fiscais
para oficinas clientes. Quer superar os resultados, dará prêmios por resultado,
picape Strada Working e visitas à fábrica.
Escala – Para aproveitar a movimentação do recente filme da
trilogia Batman, a Candide fez réplica do Batmóvel em escala, comandada por
rádio. R$ 89,90. Mais ? www.candide.com.br.
História – Para comemorar 10 anos de operação o grupo Alfa
Romeo Br se materializará em automóveis e colecionadores. Sábado, 28, encontros
em todo o país, transmissão de informações e imagens pelas redes sociais. Em
Brasília, no Museu Nacional do Automóvel.
Gente – Patrick
Pelata, francês, 56, diretor da Renault mundial, fora. OOOO Responsabilizado por mal explicado caso
de espionagem industrial na marca, afastado da vice presidência, virou diretor
informal. OOOO Após 16 meses, bem indenizado, deixa a empresa. OOOO
E a Fiat, quem diria,
democratizou as 16 válvulas
Nascida
para a ser a menor, a Fiat associou seu nome aos carros pequenos e à
inventividade das versões –furgoneta, picape, 147 Vogue – mas, curiosamente,
foi pioneira e bem sucedida nos motores com 16 válvulas no Tempra, seu carro
grande para o conceito da marca no Brasil.
Era o mais atualizado sedã, em época
de transição entre os velhos produtos e a novidade dos importados, e quando a
injeção eletrônica causava versões de preço elevadíssimo nos concorrentes VW
Santana e no Chevrolet Monza.
Bem
lançado, o Tempra provocou a Fiat tornar acessível o motor com 16V em 1993. Era
charmoso, ótimo em ergonomia, tinha garantia de 2 anos ou 50 mil km – e teve
enorme apoio. Patrocinadora da transmissão do Grande Prêmio de Fórmula 1, em
Interlagos dois 16V como Pace Car passearam amplamente no circuito antes da
largada.
A TV transmitiu e a longa publicidade graciosa marcou a prova. Não
ficaria aí. Ayrton Senna, vencendo em carro com o câmbio quebrado, acabou a
corrida, sentou-se à janela do Tempra, corpo para fora, bandeira brasileira à
mão, deu consagradora volta no circuito, devidamente transmitida pela TV,
identificando o carro com velocidade e vitória.
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