Coluna Minas Turismo Gerais
Inaugurado em março de 1974, o museu tem dois fatos que originam seu surgimento. O primeiro deles foi o inesperado falecimento do escritor, em 1967. O segundo foi a criação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, em setembro de 1971, que materializava o sonho preservacionista que vigorava na época.
Localizada na Rua Padre João, esquina com a Travessa Guimarães Rosa, a Casa apresenta varanda lateral, cunhais de madeira pintada, paredes de adobe, cobertura em duas águas (tipicidade do telhado), vãos internos em linhas retas e acabamento singelo. Conserva planta e arquitetura originais, concebido como centro de referência da vida e da obra do escritor mineiro e como núcleo de informações, estudos, pesquisa e lazer.
Hoje é um museu que reúne bom acervo de fotos, coleção com as ilustres gravatas-borboleta, aproximadamente 700 documentos textuais, toda a obra literária, originais manuscritos ou datilografados, a exemplo de Tutaméia (última obra publicada), matrizes de xilogravuras usadas em volumes como Corpo de Baile (1956), espada, bainha e diploma da Academia Brasileira de Letras, máquina de escrever, rascunhos de trabalhos e outros objetos pessoais.
Preserva também outros registros da vida de Guimarães Rosa como médico e diplomata, objetos de uso pessoal, vestuário, utensílios domésticos, mobiliário e fragmentos do universo rural presente na literatura roseana. Aliás, esse fato está ligado ao fato de o escritor ter morado na cidade mineira de Itaguara, onde permaneceu por dois anos, e onde passou a ter contato com elementos do sertão.
Um detalhe bem interessante é que em um cômodo frontal da casa foi reconstituída uma venda típica das existentes nas pequenas cidades mineiras, para representar o antigo comércio de Floduardo Pinto Rosa, pai do escritor. Na “venda de seu Fulô”, o menino Joãozito cresceu ouvindo histórias contadas pelos frequentadores do lugar.
Semana Rosiana celebra os 70 anos da viagem de 1952 e os 60 anos de lançamento do livro Primeiras Estórias
Entre os dias 10 e 16 de julho de 2022 será realizada a 34ª Semana Rosiana, em Cordisburgo. A edição deste ano tem duplo tema: os “70 anos da viagem de 1952 – a Boiada” e os “60 anos do livro Primeiras Estórias”.
O Plenário do Senado Federal aprovou a proposta (PL 2380/2021) que reestrutura o Fundo Geral de Turismo (Fungetur). O projeto gira em torno de três eixos: provimento de recursos e viabilização de garantias aos tomadores finais de empréstimo da cadeia do turismo; estruturação de projetos voltados aos destinos turísticos; e ações de promoção turística, que incluem publicidade.
A proposta com origem na Câmara reestrutura o Fundo Geral de Turismo, Fungetur, fundo criado há 50 anos, para promover suporte financeiro ao setor turístico e incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo, possibilitando disponibilização de linhas de crédito. As mudanças são necessárias porque, apesar dos esforços do Ministério do Turismo, ao qual o fundo está vinculado, os empreendimentos do setor turístico, especialmente os de menor porte, continuam tendo dificuldades na obtenção de empréstimos.
Caravanas das cidades de Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco, Barbacena, Tiradentes e São João Del Rei também estarão presentes.
Jornalista Sérgio Moreira
Minas são muitas..., é uma das frases marcantes do grande mineiro João Guimaraes Rosa, escritor, diplomata e brasileiro dos bons, que nasceu em cidade de Cordisburgo, localizada a 130 Km de Belo Horizonte., para mostrar a história de Guimaraes Rosa, sua obra fantástica, existe o Museu Casa Guimarães Rosa, que abriga um bom acervo da vida e obra do escritor, a casa onde morou com sua família desde seu nascimento, em 1908, até os 9 anos de idade. Logo depois, foi morar e estudar em outros locais.
Guimarães Rosa e sua história
Minas são muitas..., é uma das frases marcantes do grande mineiro João Guimaraes Rosa, escritor, diplomata e brasileiro dos bons, que nasceu em cidade de Cordisburgo, localizada a 130 Km de Belo Horizonte., para mostrar a história de Guimaraes Rosa, sua obra fantástica, existe o Museu Casa Guimarães Rosa, que abriga um bom acervo da vida e obra do escritor, a casa onde morou com sua família desde seu nascimento, em 1908, até os 9 anos de idade. Logo depois, foi morar e estudar em outros locais.
Inaugurado em março de 1974, o museu tem dois fatos que originam seu surgimento. O primeiro deles foi o inesperado falecimento do escritor, em 1967. O segundo foi a criação do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, em setembro de 1971, que materializava o sonho preservacionista que vigorava na época.
Localizada na Rua Padre João, esquina com a Travessa Guimarães Rosa, a Casa apresenta varanda lateral, cunhais de madeira pintada, paredes de adobe, cobertura em duas águas (tipicidade do telhado), vãos internos em linhas retas e acabamento singelo. Conserva planta e arquitetura originais, concebido como centro de referência da vida e da obra do escritor mineiro e como núcleo de informações, estudos, pesquisa e lazer.
Hoje é um museu que reúne bom acervo de fotos, coleção com as ilustres gravatas-borboleta, aproximadamente 700 documentos textuais, toda a obra literária, originais manuscritos ou datilografados, a exemplo de Tutaméia (última obra publicada), matrizes de xilogravuras usadas em volumes como Corpo de Baile (1956), espada, bainha e diploma da Academia Brasileira de Letras, máquina de escrever, rascunhos de trabalhos e outros objetos pessoais.
Preserva também outros registros da vida de Guimarães Rosa como médico e diplomata, objetos de uso pessoal, vestuário, utensílios domésticos, mobiliário e fragmentos do universo rural presente na literatura roseana. Aliás, esse fato está ligado ao fato de o escritor ter morado na cidade mineira de Itaguara, onde permaneceu por dois anos, e onde passou a ter contato com elementos do sertão.
Um detalhe bem interessante é que em um cômodo frontal da casa foi reconstituída uma venda típica das existentes nas pequenas cidades mineiras, para representar o antigo comércio de Floduardo Pinto Rosa, pai do escritor. Na “venda de seu Fulô”, o menino Joãozito cresceu ouvindo histórias contadas pelos frequentadores do lugar.
Semana Rosiana celebra os 70 anos da viagem de 1952 e os 60 anos de lançamento do livro Primeiras Estórias
Entre os dias 10 e 16 de julho de 2022 será realizada a 34ª Semana Rosiana, em Cordisburgo. A edição deste ano tem duplo tema: os “70 anos da viagem de 1952 – a Boiada” e os “60 anos do livro Primeiras Estórias”.
A Semana Rosiana acontece há 34 anos em data próxima ao aniversário de nascimento do escritor João Guimarães Rosa, atraindo para Cordisburgo um turismo cultural significativo proveniente de várias regiões do Estado e do país, além de reunir pesquisadores, estudiosos provenientes de vários centros acadêmicos e admiradores da obra rosiana.
O evento abrange diferentes atividades artísticas, como narrações de estórias, caminhadas literárias urbana e eco-literária, roda de leitura, palestras, mesas redondas, oficinas de arte, apresentações teatrais, lançamento de livros, entrega de medalhas pela Câmara Municipal de Cordisburgo, posse de novos acadêmicos na Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa e feira gastronômica.
A Semana Rosiana é uma realização da Academia Cordisburguense de Letras e conta com apoio do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim; CEMIG; Prefeitura Municipal de Cordisburgo; Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa; Grupo Caminhos do Sertão; Roda de Leitura do IEB/USP; Cordis Notícias; Câmara Municipal de Cordisburgo; Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Cordisburgo e Secretaria Municipal de Turismo de Cordisburgo.
A Semana Rosiana é uma realização da Academia Cordisburguense de Letras e conta com apoio do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim; CEMIG; Prefeitura Municipal de Cordisburgo; Associação dos Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa; Grupo Caminhos do Sertão; Roda de Leitura do IEB/USP; Cordis Notícias; Câmara Municipal de Cordisburgo; Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Cordisburgo e Secretaria Municipal de Turismo de Cordisburgo.
Em maio de 1952, Guimarães Rosa realizou uma viagem ao sertão de Minas Gerais para acompanhar a travessia de uma boiada da fazenda da Sirga (Andrequicé, Três Marias-MG), de propriedade do seu primo Chico Moreira, até a fazenda São Francisco (Araçaí-MG). Nesse percurso de 240 km, o escritor registrou centenas de anotações numa cadernetinha de bolso. Anotou em detalhes suas observações, as cenas, inclusive a data, a hora em minutos e as léguas percorridas. O conjunto dessas notas de viagem denominou de “Boiada”. A viagem ganhou, na época, as páginas da revista “O Cruzeiro”, com reportagem do jornalista Álvares da Silva e fotografias de Eugênio Silva, que cobriram os últimos dias da travessia da “Boiada”.
A “Boiada” representa um inventário informal da fauna e da flora, uma cartografia do sertão mineiro na década de 1950 e uma descrição que enaltece a vida sociocultural sertaneja. A leitura das anotações de Guimarães Rosa transporta o leitor para o sertão de Minas e o leva a apreciar as descrições minuciosas e poéticas. O leitor se delicia e se encanta com os sons, os cheiros, as cores, o vento.
Guimarães Rosa buscava exatamente a natureza menos manipulada, menos transformada pelo modelo capitalista. Para tanto, viajou para o sertão de Minas, para a região de sua terra natal, Cordisburgo, a cidade do coração, outrora Vista Alegre. Ao invés do carro, uma mula; ao invés do urbano, o rural; em vez de diplomatas, vaqueiros e bois; ao invés de documentos oficiais, anotações.
Ao retornar ao Rio de Janeiro, onde residia, o escritor datilografou e organizou todas as anotações de “Boiada”. À medida que ia aproveitando essa “bela pilha de papel sortida de vitaminas” na criação de seus livros, anotava e cobria o texto com hachuras, tornando os datiloscritos coloridos e graciosos.
60 anos do livro primeiras estórias
Publicado em 1962, seis anos depois do romance Grande Sertão: Veredas, Primeiras Estórias é considerado na escola literária como obra pertencente à terceira fase do Modernismo brasileiro. Seus vinte e um contos retratam os questionamentos de suas personagens sobre os conflitos da existência humana, o que corrobora o argumento de que Guimarães Rosa seja um escritor universalista.
Apesar de despertar curiosidade, pode-se justificar o título do livro a partir do resgate que o autor faz das narrativas em seus primórdios, em suas gênesis. Outro argumento que defende o título é a mudança na forma como o escritor escreve seus contos. Rosa apresenta contos mais compactos. Depois de lançar três grandes livros, com seiscentas páginas em média cada um, Primeiras Estórias é apresentado com contos mais curtos, reflexivos e herméticos, sem perder as características das escritas peculiares de Rosa. Já a palavra Estória sugere algo advindo da imaginação, apesar do escritor utilizar cenários e personagens reais em alguns contos.
Dentro da genialidade que se espera de Guimarães Rosa, é possível perceber que os contos dialogam entre si. Se espelham, se correspondem. Não é à toa que o escritor decide colocar bem no meio do livro, um conto chamado “O espelho”, entre os dez primeiros e dez últimos contos. Pode-se acreditar que esse conto seja um divisor de águas entre as demais estórias do livro.
Confira a programação completa no Instagram do Museu Casa Guimarães Rosa
@museuguimaraesrosa
Reestruturação do Fundo Geral de Turismo
A “Boiada” representa um inventário informal da fauna e da flora, uma cartografia do sertão mineiro na década de 1950 e uma descrição que enaltece a vida sociocultural sertaneja. A leitura das anotações de Guimarães Rosa transporta o leitor para o sertão de Minas e o leva a apreciar as descrições minuciosas e poéticas. O leitor se delicia e se encanta com os sons, os cheiros, as cores, o vento.
Guimarães Rosa buscava exatamente a natureza menos manipulada, menos transformada pelo modelo capitalista. Para tanto, viajou para o sertão de Minas, para a região de sua terra natal, Cordisburgo, a cidade do coração, outrora Vista Alegre. Ao invés do carro, uma mula; ao invés do urbano, o rural; em vez de diplomatas, vaqueiros e bois; ao invés de documentos oficiais, anotações.
Ao retornar ao Rio de Janeiro, onde residia, o escritor datilografou e organizou todas as anotações de “Boiada”. À medida que ia aproveitando essa “bela pilha de papel sortida de vitaminas” na criação de seus livros, anotava e cobria o texto com hachuras, tornando os datiloscritos coloridos e graciosos.
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60 anos do livro primeiras estórias
Publicado em 1962, seis anos depois do romance Grande Sertão: Veredas, Primeiras Estórias é considerado na escola literária como obra pertencente à terceira fase do Modernismo brasileiro. Seus vinte e um contos retratam os questionamentos de suas personagens sobre os conflitos da existência humana, o que corrobora o argumento de que Guimarães Rosa seja um escritor universalista.
Apesar de despertar curiosidade, pode-se justificar o título do livro a partir do resgate que o autor faz das narrativas em seus primórdios, em suas gênesis. Outro argumento que defende o título é a mudança na forma como o escritor escreve seus contos. Rosa apresenta contos mais compactos. Depois de lançar três grandes livros, com seiscentas páginas em média cada um, Primeiras Estórias é apresentado com contos mais curtos, reflexivos e herméticos, sem perder as características das escritas peculiares de Rosa. Já a palavra Estória sugere algo advindo da imaginação, apesar do escritor utilizar cenários e personagens reais em alguns contos.
Dentro da genialidade que se espera de Guimarães Rosa, é possível perceber que os contos dialogam entre si. Se espelham, se correspondem. Não é à toa que o escritor decide colocar bem no meio do livro, um conto chamado “O espelho”, entre os dez primeiros e dez últimos contos. Pode-se acreditar que esse conto seja um divisor de águas entre as demais estórias do livro.
Confira a programação completa no Instagram do Museu Casa Guimarães Rosa
@museuguimaraesrosa
Reestruturação do Fundo Geral de Turismo
A proposta com origem na Câmara reestrutura o Fundo Geral de Turismo, Fungetur, fundo criado há 50 anos, para promover suporte financeiro ao setor turístico e incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo, possibilitando disponibilização de linhas de crédito. As mudanças são necessárias porque, apesar dos esforços do Ministério do Turismo, ao qual o fundo está vinculado, os empreendimentos do setor turístico, especialmente os de menor porte, continuam tendo dificuldades na obtenção de empréstimos.
Em 2019, eram apenas oito as instituições financeiras aptas a operar as linhas de crédito do Fungetur. Para facilitar o acesso aos recursos do fundo, pelo setor público ou privado, a proposição permite que o Poder Executivo credencie para operacionalização do Fungetur bancos múltiplos, de desenvolvimento e comerciais; agências de fomento estaduais; cooperativas de crédito; bancos cooperativos; caixas econômicas; fintechs; organizações da sociedade civil de interesse público e outras instituições financeiras públicas e privadas com funcionamento autorizado pelo Banco Central do Brasil. A reestruturação do Fungetur gira em torno de três eixos:
O primeiro deles é o provimento de recursos e a viabilização de garantias aos tomadores finais da cadeia do turismo. O segundo eixo pode ser descrito como a estruturação de projetos voltados aos destinos turísticos, com um leque mais diversificado de potenciais beneficiários. O terceiro envolve ações de promoção turística, que incluem publicidade, propaganda e eventos voltados ao setor, que contariam com um volume expandido de verbas.
Workshop da ABAV
A Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais - ABAV/MG promoverá no dia 21 de junho de 2022, a 47ª edição do Workshop no interior. Desta vez, a cidade de Juiz de Fora será sede do evento.
A feira terá início às 16h, com estimativa de 150 profissionais de turismo durante o evento. 47º Workshop da ABAV-MG - edição Juiz de Fora, No Ritz Plaza Hotel, informações abav.mg@abav.com.br.
O primeiro deles é o provimento de recursos e a viabilização de garantias aos tomadores finais da cadeia do turismo. O segundo eixo pode ser descrito como a estruturação de projetos voltados aos destinos turísticos, com um leque mais diversificado de potenciais beneficiários. O terceiro envolve ações de promoção turística, que incluem publicidade, propaganda e eventos voltados ao setor, que contariam com um volume expandido de verbas.
Workshop da ABAV
A Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais - ABAV/MG promoverá no dia 21 de junho de 2022, a 47ª edição do Workshop no interior. Desta vez, a cidade de Juiz de Fora será sede do evento.
Peter Mangabeira, presidente ABAV MG |
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@sergiomoreira63
sergio51moreira@bol.com.br
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