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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O RENAULT LOGAN LANÇADO OUTRO DIA NO BRASIL CHEGOU MELHOR QUE O MODELO ANTERIOR, PRINCIPALMENTE NO INTERIOR, QUE MELHOR SIGNIFICATIVAMENTE, ALÉM DE CONTAR COM ALGUNS INTERESSANTES ITENS DA TECNOLOGIA AUTOMOTIVA. FERNANDO CALMON DESIGNOU O MODELO COMO "METAMORFOSE AMBULANTE".


Alta Roda 

Nº 759 — 13/11/13

Fernando Calmon




METAMORFOSE AMBULANTE

Apenas um ano depois da Europa, o novo Logan chegou ao Brasil merecendo de fato o adjetivo: todos os painéis da carroceria mudaram e o interior subiu de nível, claramente. 

Lançado aqui em 2007, o sedã com dimensões de modelo médio e preço de compacto já tinha perdido fôlego de vendas e boa parte delas era para frotas e serviços. 

Graças à oferta de opções recentes, o segmento de sedãs pequenos subiu na preferência dos consumidores: de 14% para 17%, entre 2011 e 2013.

Para metamorfose na imagem espartana em excesso, a Renault focou em recursos antes inexistentes no modelo e até no segmento: ar-condicionado automático, estabilizador e limitador eletrônicos de velocidade, revestimento sem costura dos bancos (estreia mundial, segundo a empresa) com regulagem de altura no do motorista, encosto do banco traseiro rebatível (bipartido na versão de topo), mola a gás para sustentar o capô, manta isolante dessa peça nas versões mais caras e sistema multimídia com tela tátil de 7 pol e navegador. 

A fábrica tomou a decisão estratégica de oferecer esse sistema em 50% da produção, por preço convidativo de R$ 840. 

Bastante intuitivo, inclui interessante modo de avaliar e estimular o desempenho do motorista para economizar combustível.

Estilo do carro ainda não é campeão, porém evoluiu muito pela maior inclinação do para-brisa, formato das portas e aerodinâmica melhorada (Cx de 0,37 para 0,34). 

No total mudaram-se 72% das peças e apenas o comprimento cresceu 6 cm. Massa total aumentou apenas três kg, o que demonstra apuro no projeto. 

Chamam atenção escolha correta dos materiais de acabamento interno, quadro de instrumentos e maior número de porta-objetos. 

Alguns deslizes permanecem: parafusos aparentes de fixação dos bancos dianteiros ao assoalho podem machucar os dedos (antes havia uma capa que a Renault promete repor), chave de roda e macaco fixados à vista no porta-malas e luzes de sinalização mal posicionadas nos faróis.

Motores 1,0 L e 1,6 L não mudaram; cada uma responde por 50% das vendas. Ao avaliar aquele de maior cilindrada, 106 cv/etanol (8% mais potente em relação à gasolina), a conclusão foi bom desempenho geral, inclusive suspensões e freios. 

Comando do câmbio e direção continuam, sem dúvida, em nível inferior aos dos concorrentes. 

Câmbio automático saiu de produção, mas em janeiro próximo estreia o automatizado de uma embreagem. 

Quanto ao motor de menor cilindrada, único multiválvulas de quatro cilindros e 1 litro, alcança 80 cv (etanol) e nota A no programa de etiquetagem de consumo do Inmetro.

Preços atraentes são marcas registradas do Logan, nas três versões (Authentique, Expression e Dynamique): de R$ 28.990 a R$ 44.250. Indicam variações mínimas em relação às que saíram de linha, apesar das grandes melhorias.

Renault planeja chegar em 2016 a 8% do mercado brasileiro (hoje, quase 7%). Para tanto lançará nove produtos, incluídos importados, novos modelos e evoluções dos atuais. 

Além do Sandero, em março próximo, estão na lista, segundo prevê essa coluna, SUV compacto Captur, Duster, Clio IV, subcompacto Twingo, Mégane hatch e sedã (Fluence), Kangoo e picape de cabine dupla derivada do Duster.

RODA VIVA

ENQUANTO produção e exportação continuam em alta (12% e 31%, respectivamente), no acumulado do ano até outubro, mercado interno recuou 0,7%. 

Estoques um pouco elevados (40 dias) ainda não preocupam a Anfavea: aposta em fechamento positivo, de 1% a 2%, sobre o ano recorde de 2012. 

Alterações já permitem prever possível avanço do leasing em 2014.

NISSAN chega meio tarde ao segmento de médios-grandes, mas o Altima se revela um produto a se olhar com atenção. 

Tem porte adequado, bom espaço interno (entre-eixos de 2,77 m) e mudanças mecânicas interessantes nas suspensões e principalmente no câmbio automático CVT Xtronic. 

Até quem não gosta deste tipo de câmbio vai apreciar as seis marchas virtuais inteligentes.

MOTOR de 2,5 L/182 cv permite ótima desenvoltura ao Altima e ainda se classifica nota A em consumo, mesmo que importe menos nessa faixa. 

Porta-malas (436 litros) é bem menor do que o de compactos anabolizados Logan ou Cobalt. 

Vem em única versão, completa, por R$ 99.800. Custa nos EUA por volta de US$ 30.000 e, assim, há aí subsídio na absorção de impostos.

TOYOTA lança versão pseudoaventureira Etios Cross, seguindo o modismo. Mas exagerou na dose. 

Apêndices, como imitação de quebra-mato na grade dianteira, apliques nas caixas de rodas e defletor de teto com dimensões incomuns, se afastaram bastante de um mínimo de racionalidade estética. 

Preço é até razoável – R$ 45.690 – pelos equipamentos que oferece.

TRÊS fabricantes de amortecedores acabaram por reconhecer que erraram na sugestão de troca “preventiva” a cada 40.000 km. 

Surpreendente é terem voltado a esse discurso do passado, inadequado e de certa forma oportunista. 

Em mensagem a essa coluna, a Nakata foi a única se desculpar pela informação por meio de sua assessoria._____________________________________
fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

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