Pesquisar este Blog do Arnaldo Moreira

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

GASOLINA JÁ A PREÇOS EXORBITANTES NO BRASIL DEPENDENDO DO BOM HUMOR DO MINISTRO DA FAZENDA, GUIDO MANTEGA,, PODE SOFRER UM AUMENTO. NOSSO COLUNISTA FERNANDO CALMON APONTA OS "RANÇOS QUE ATRAPALHAM" NESSA POLÍTICA DE QUE QUEM SAI PERDENDO É O CONSUMIDOR

Alta Roda 

Nº 758 —  8/11/13


Fernando Calmon


RANÇOS POLÍTICOS ATRAPALHAM

Parece que o Brasil nada apreendeu com os erros do passado. Quem dita quanto o consumidor vai pagar pela gasolina é o ministro da Fazenda para “combater” a inflação. 

Pouco importa se o País desequilibra sua matriz energética ou se perde dinheiro ao vender derivados de petróleo nos postos. 

O Brasil não é autossuficiente em combustíveis e sim em petróleo, o que faz diferença.

Essa realidade pode mudar porque, finalmente, haverá um método claro de formação de preços de gasolina e diesel. 

Depois de muita briga interna, o governo anunciará, no final do mês, uma fórmula de reajuste que leva em conta o custo internacional, a taxa de câmbio e outras variáveis. 

Se for algo sério mesmo, derivados poderão subir ou descer de preço nominalmente. Em 2006, a gasolina custava R$ 2,42 (média nacional) e agora R$ 2,75. 

Diferença de apenas 14%, em sete anos, bem abaixo da inflação acumulada de 44%, ou seja, 21% mais barata em termos reais.

Embora essa nova estratégia venha para melhorar as finanças da Petrobrás, há outras repercussões, entre elas, a previsibilidade de formação de preço do etanol anidro (misturado à gasolina) ou hidratado (uso direto). 

A falta desse norte, desde 1989, foi tema de debates na XIII Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo.

Petrobrás e Ministério de Minas e Energia (MME) apresentaram algumas posições antagônicas. 

A empresa reconheceu que ter diminuído o teor de etanol de 25% para 20% (decisão de governo) foi um mau negócio porque precisou importar gasolina a preços mais altos. 

Com menos etanol, seu custo de produção interno também subiu porque mudou processos para compensar a perda do maior poder antidetonante do combustível vegetal. Isso a preocupa porque as novas refinarias (todas atrasadas, diga-se de passagem, e a valores exorbitantes) não produzirão gasolina. 

O enfoque será no diesel, cujo consumo continuará a crescer muito.

Já o ministério resolveu passar um pito, ao vivo, no setor de combustíveis vegetais. 

Entende que o etanol não é competitivo, considerando a diferença de conteúdo energético. 

Visão simplista da questão, pois desconsidera custo de oportunidade ao importar gasolina e emissões de hidrocarbonetos policíclicos, aromáticos e CO2. 

Também esqueceu do poder antidetonante e do calor latente de vaporização do etanol, duas características vitais para a era dos motores com turbocompressor que serão hegemônicos, em pouco tempo, por razões econômicas e ambientais.

Outra distorção aparece na política tributária. Estados não produtores de etanol preferem que se consuma gasolina, cuja taxação feita no destino (etanol, na origem) lhes é mais favorável. 

Etanol celulósico, a partir de resíduos agrícolas e da própria cana, ainda patina, pois faltam recursos e apoio do governo.

De qualquer forma, a nova precificação dos derivados de petróleo estará no rumo certo, se for transparente e técnica, sem ranços políticos ou demagógicos. 

Fabricantes também deverão fazer sua parte e trabalhar para tornar mais acessíveis os motores turboflex, como a BMW acaba de demonstrar com 320i ActiveFlex. Na Europa, motores aspirados estão em declínio e aqui, só em carros caros.
RODA VIVA


LAND ROVER anunciará a nova fábrica no Brasil até o final de 2013. Como em dezembro a repercussão seria menor em razão do Natal e corre-corre do último mês do ano, a empresa espera acertar tudo ainda em novembro. 

Rio de Janeiro e região de Resende (ou municípios vizinhos) estão praticamente definidos pelos executivos ingleses.

CAMINHA bem a proposta de um plano de renovação da frota brasileira de caminhões, acompanhado pela criação de um sistema de desmontagem, reciclagem e sucateamento. 

Serviria como prévia de ação mais ampla, a se estender a veículos leves, numa segunda etapa. Antes, porém, seria importante que a inspeção técnica veicular fosse implantada de vez.

CHEVROLET TRACKER tem dotes para disputar a liderança entre SUVs compactos, porém apenas versão de topo LTZ não é suficiente. 

Importado do México destaca-se pelo interior bem resolvido, qualidade no acabamento, dirigibilidade agradável e suspensões eficientes. 

Caixa de câmbio automática faz trocas bruscas em baixas rotações e porta-malas deveria ser maior que os 306 litros.

FREUDENBERG-NOK aposta em novos processos para que a filial brasileira enfrente problemas de produtividade que afligem o País. 

“No nosso caso é possível implantar quatro níveis de automatização, mesmo produzindo peças de pequenas dimensões”, afirma o presidente George Rugitsky. Empresa produz retentores, juntas, vedações e selos.

DEPOIS de longo período sem aconselhar troca “preventiva” de amortecedores a cada 40.000 quilômetros, Nakata e Monroe sofreram uma recaída.

Sempre é bom repetir: amortecedores precisam ser inspecionados a cada 40.000 km rodados. 

Mecânicos podem avaliar se é necessária a troca ou não. Sempre dependerá de condições de uso do veículo e da pavimentação._____________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.twitter.com/fernandocalmon

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário

ACESSE TODAS AS POSTAGENS E SAIBA TUDO SOBRE O MUNDO AUTOMOTIVO.