Jornalistas especializados em turismo, filiados à
Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo (Abrajet), desembarcam, hoje,
em Urubici, uma cidade incrustada na região Serrana catarinense, com dois
objetivos: realizar o XXXVI Congresso Nacional da entidade, em que serão
discutidos os rumos do jornalismo de turismo e sua atuação no desenvolvimento
do segmento no País e divulgar para todo o Brasil a região de Urubici,
conhecida por suas belas cachoeiras, pela produção do Vinho de Altitude, e por
seu clima frio.
O presidente da Abrajet Nacional Evandro Novack e sua esposa Maely |
O evento que acontecerá até domingo (1 de
dezembro) será presidido pelo jornalista Evandro Novack, presidente da Abrajet
Nacional e contará com a presença cerca de uma 80 representantes dos
Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará,
Tocantins, Sergipe, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Alagoas, Paraíba e Rio de
Janeiro.
Com as dificuldades inerentes ao momento que o Brasil vive, com a economia em frangalhos, o desemprego atingindo mais de 12 milhões de trabalhadores
esta é a hora de mostrar à Nação a força do turismo para alavancar o
desenvolvimento do País. Esta é segunda vez consecutiva que Santa Catarina
sedia um congresso da Abrajet. No ano passado, o evento aconteceu em Florianópolis,
no Costão do Santinho.
Para o presidente Nacional da Abrajet, a ideia de
realizar o congresso numa das mais belas regiões do País teve o objetivo de promover
as belezas naturais do interior catarinense, uma região rica por sua
gastronomia. “Estamos revelando aos jornalistas de todo o Brasil um exemplo da
capacidade turística brasileira ainda muito pouco explorada. Eles levarão essa
informação não apenas aos brasileiros, mas essencialmente às autoridades estaduais,
a fim de sensibilizá-las para a necessidade de investirem maciçamente no turismo”,
enfatizou Evandro Novack.
Ele lembrou que o Prefeito Antônio Zilli, de
Urubici, tem despertado cada vez mais o município para o potencial turístico e
acertou em sediar o Congresso da ABRAJET. “Santa Catarina é um estado muito
acolhedor mas as pessoas, na sua maioria, conhecem o nosso lindo litoral.
Queremos a partir deste congresso, unir os jornalistas especializados em
Turismo, no Planalto Serrano. Vamos surpreendê-los com o que há de especial na
Serra Catarinense. Não tenho dúvidas de que vão se apaixonar pela charmosa e
propulsora cidade de Urubici e o potencial da nossa Serra, que fica a 169 km da
capital do Estado, Florianópolis”, salientou o presidente Evandro.
Belezas intermináveis
A Cascata Véu de Noiva fica no caminho do Morro da
Igreja. Dentro de uma área particular e tem 62 metros e suas águas deslizam
suavemente pelas rochas até chegar à piscina que se forma no final da cascata.
Com uma população estimada em 2010 de 10.702
habitantes, possui uma área de 1019,1 km². O cume do Morro da Igreja, a 1.822
metros acima do nível do mar, é o ponto mais alto habitado do sul do Brasil,
durante o Inverno as temperaturas não raramente chegam a abaixo de zero grau. E
lá já foi registrada, extraoficialmente, a temperatura mais baixa do País, 17,8
°C, em 29 de junho de 1996. Urubici também é conhecida pelas suas diversas
belezas naturais, e pela neve que no inverno de vez em quando pinta de branco
Urubici, motivo para os turistas invadirem a cidade.
Urubici está no Caminho das Neves, localizada no
Vale do Rio Canoas, e é a Terra das Hortaliças, é o maior produtor de hortifrutigranjeiros
de Santa Catarina, além de ser conhecida também pelo cultivo de maçã,
especialmente, a variedade gala. Outro aspecto importante é o cultivo de
erva-mate, produto básico do tradicional chimarrão, apreciado no Sul do Brasil e
em diversos países vizinhos.
Outro local de destaque é o Morro da Igreja, com
1.822 metros de altitude, que permite enxergar todo o Litoral Sul Catarinense.
Nesse morro, encontra-se a Pedra Furada, uma escultura natural em forma de
janela. Outros atrativos turísticos são as inscrições rupestres dos tempos das
cavernas, na Branco, a Gruta Nossa Senhora de Lourdes e a Igreja Matriz Nossa
Senhora Mãe dos Homens. Existem várias hipóteses etimológicas para o topônimo
“Urubici; deriva do termo da língua geral paulista urubysy, que significa
“fileira de urubás” (uruba, urubá + ysy, fileira);deriva do termo tupi
urubuysy, que significa “fileira de urubus” (urubu, urubu + ysy, fileira)
Por marcar a história de várias civilizações,
URUBICI exibe, até hoje, a passagem de seus primeiros habitantes. São sinais
registrados em pedras há pelo menos 40 séculos, comparável às inscrições
encontradas em alguns outros pontos do litoral catarinense. Segundo
historiadores, o ano de 1711 marca o surgimento de Urubici, quando dom João V
ordena que os jesuítas procurem minas e catequizem índios até o rio Caçadores.
Com essa missão, os padres José Mascarenhas e Luís de Albuquerque traçam marcos
na região – marcos do Maranhão até Laguna, a considerada “região do ouro”.
O primeiro marco foi colocado no Morro Pelado
(comando indígena), o segundo no Morro da Mala (onde moravam os padres) e o
terceiro no Morro do Panelão (onde ficavam as tropas que carregariam o ouro). Conta-se
que grande porção do ouro foi enterrada nas rochas pelos jesuítas. Os índios,
na maioria tupi-guarani, foram catequizados em grupos e já eram remanescentes
de outras regiões].
Conta-se que existem mapas em originais e cópias,
nunca vistos URUBICI registrava um pinheiral espantoso, um “mar de pinheiros”,
e em outras regiões, não em todas, alguns banhados, com sumidouros de animais e
pessoas não orientadas Alguns índios já conheciam missionários e orientavam
jesuítas pelas andanças. Padre Luís relata que, ao fincar uma grande cruz no
dia 1 março, ela mergulhou no pântano, mais de um metro, sem nenhuma força. Em
cada marco, foi plantada uma cruz jesuítica, com ramos amarrados na altura de
Cristo.
Nos anais do livro 12 Jesuítas no Estado de Santa
Catarina (Biblioteca dos Jesuítas do Rio de Janeiro), além desse relatório,
existe o seguinte: Os jesuítas (que na opinião de muitos eram homens comuns com
vestes de padres) levavam pessoas em cargueiros para acamparem e ficarem
acampadas nas regiões por onde andavam.
No planalto, acamparam doze homens com cavalos, fora os dois padres que comandavam a pesquisa. Balaios cheios de artefatos indígenas eram levados continuamente de volta à missão no Morro do Pelado de onde eram levados para o Rio de Janeiro. Com eles, ia um bugreiro, Samuel Kupll, que preparava o chão da missão e fazia o marco; Manuel Sampaio que era cuidador de tropas; os guapos que a cavalo iam pela região, com Liro Santo, Caetano Matoso e outros.
No planalto, acamparam doze homens com cavalos, fora os dois padres que comandavam a pesquisa. Balaios cheios de artefatos indígenas eram levados continuamente de volta à missão no Morro do Pelado de onde eram levados para o Rio de Janeiro. Com eles, ia um bugreiro, Samuel Kupll, que preparava o chão da missão e fazia o marco; Manuel Sampaio que era cuidador de tropas; os guapos que a cavalo iam pela região, com Liro Santo, Caetano Matoso e outros.
O município era habitado por índios xoclengues
quando os primeiros colonizadores de origem europeia, vindos de Tubarão, São
Joaquim e Bom Jesus, chegaram na região. Os novos habitantes logo expulsaram os
índios, cujos vestígios ainda podem ser encontrados as e inscrições rupestres
espalhadas por todo o território. De 1903 a 1911, imigrantes agricultores e
madeireiros fixam-se na região. [Em 1924, sabendo da fertilidade no solo do
vale do rio Canoas, chegaram, à região, imigrantes italianos, alemães e letões,
que tornaram, a agricultura e pecuária, as principais atividades econômicas da
região.
XXXVI Congresso Nacional da ABRAJET Urubici /SC
De
27/11 a 01/12 de 2019
Dia
27/11
Chegada no aeroporto de Florianópolis.
20h - Happy Hour de boas-vindas no Urubici Park
Hotel
Dia
28/11
9 h - Abertura do congresso, com presença de autoridades
públicas e do trade turístico
9h30 - Palestra sobre o potencial Turístico de
Urubici/SC.
10h - Assinatura do Acordo de Cooperação entre as
Entidades ABRAJET e AFEET Brasil
10h30 - Palestra com o presidente da Comissão de Turismo
da ALESC, deputado Ivan Naatz. Tema: Santa Catarina e seu potencial
turístico.
11h - Coffe break
11h15 - Palestra com Bom Santos, Secretário Institucional
do Ministério do Turismo – Tema: O que representa a isenção de vistos de
Turistas, para o fomento do Turismo no Brasil
11h45 – Ted Talk com o CEO do Machadinho Thermas Resort
Spa Juarez Tavares – Tema: A importância da Mídias para o segmento do Turismo
13h - Almoço
14h - Palestra com a Presidente da SANTUR, Flavia
Didomenico - Tema Destinos Turísticos de Santa Catarina
14h30 – Palestra com o Prefeito de Gramado, João Alfredo
de Castilhos Bertolucci, falará sobre Gramado, e a necessidade do término do
Caminho das Neves para o desenvolvimento da serra catarinense e gaúcha.
15h Painel o Potencial Turístico da Serra Catarinense –
Debatedores: A definir pelo Trade
16h – Palestra com Marta Rossi, falando sobre os 31 anos
do FESTURIS
16h30 - Palestra
com Diretor-presidente da ABIH de Santa Catarina, Osmar José Vailatti, com o
tema: Força do Associativismo na Hotelaria.
17h - Encerramento
20h - Jantar
Dia
29/11
8h30 - Reunião do Conselho Nacional da ABRAJET
12h - Almoço
14h - Assembleia Geral da ABRAJET
18h - Encerramento
20h - Jantar
Dia
30/11
9h - Visita técnica aos equipamentos turísticos de
Urubici, com almoço nos destinos
20h – Jantar de encerramento.
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