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domingo, 3 de novembro de 2019

Fiat e Peugeot formam o quarto maior conglomerado automotivo do mundo e prevêem vender quase 9 milhões de carros por ano


Fiat-Peugeot
Com um aporte de US$ 50 bilhões, 50% de cada um dos conglomerados, a Fiat Chrysler Automóveis (FCA) e a Peugeot Citroën (PSA) tudo leva a crer que ainda este ano  firmarão um acordo de fusão que resultará na formação da quarta maior companhia automotiva do Planeta, de acordo com a agência Reuters, que sinaliza que o documento ficará pronto nas próximas três a quatro semanas, ou mais tarde antes do Natal. O objetivo é buscar a sobrevivência em um cenário global de profundas transformações da indústria automobilística.

Em maio deste ano, a Fiat já havia proposto uma outra fusão, dessa vez, com a Renault que foi por água abaixo por fracasso nas negociações, por falta de apoio do governo da França e da Nissan, acionistas da montadora francesa. Os três maiores conglomerados do setor são a VW, Toyota e a Renault-Nissan.

Em comunicado, Fiat Chrysler e Peugeot afirmaram que “abriram o caminho” para a criação de um “novo grupo de dimensões e recursos globais”, que devem gerar uma economia de € 3,7 bilhões de euros. A nova montadora terá receitas da ordem dos 170 bilhões e lucro de € 11 bilhões, com venda 8,7 milhões de veículos por ano.

O ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, disse hoje que vê com bons olhos a fusão entre o Peugeot e Fiat Chrysler. “Essa operação responde à necessidade do setor automobilístico de consolidar-se para enfrentar os desafios de mobilidade do futuro. Permitirá a criação do quarto grupo automobilístico mundial”, afirmou o ministro em comunicado. O governo da França, por meio do Banco Público de Investimento (BPI), possui 12% das ações da Peugeot.

Obstinação da FiatEm comunicado, Fiat Chrysler e Peugeot afirmaram que “abriram o caminho” para a criação de um “novo grupo de dimensões e recursos globais”. O novo grupo terá matriz na Holanda e terá como presidente John Elkann, que atualmente controla a Fiat Chrysler, mas o cargo de executivo-chefe será dado ao presidente do PSA, Carlos Tavares. 

“A companhia resultante da fusão se beneficiará das margens entre os mais altos mercados onde estará presente, baseada na solidez da Fiat Chrysler na América do Norte e na América Latina e da PSA na Europa”, disseram as duas empresas no comunicado.
“Essa convergência cria um valor significativo para todos os acionistas e abre um futuro brilhante para a companhia resultante da fusão. Estou satisfeito com o trabalho realizado até agora com Mike Manley (executivo-chefe da Fiat Chrysler)”, afirmou Tavares, na nota.

O ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, disse que vê com bons olhos a fusão entre o Peugeot e Fiat Chrysler. “Essa operação responde à necessidade do setor automobilístico de consolidar-se para enfrentar os desafios de mobilidade do futuro. Permitirá a criação do quarto grupo automobilístico mundial”, afirmou o ministro em comunicado. O governo da França, por meio do Banco Público de Investimento (BPI), possui 12% das ações da Peugeot.

A obstinação de Sérgio Marchionne, ex-presidente da Fiat, com fusões tinha como premissa um futuro em que somente as montadoras com grandes volumes – acima de 10 milhões de unidades – sobreviveriam em um horizonte de aumento de custos, resultante de novas tecnologias, eletrificação e automação.

Isso sem contar um fenômeno relativamente recente de mudança comportamental do consumidor, que passou a avaliar mais a posse do veículo com a proliferação global dos aplicativos de transporte individual.

“Há muitos anos, o [Sérgio] Marchionne já enxergava que não haveria espaço, no futuro, para tantas montadoras. Com o seu falecimento, esse ‘DNA’ parece que ficou na Fiat”, afirmou Ricardo Bacellar, líder do setor automotivo na KPMG do Brasil.

Além da tentativa de acordo com a Renault, a FCA chegou a namorar a General Motors, mas recebeu mais de uma negativa. Tentou flertar com a Volkswagen, mas nem foi correspondido. Houve ainda interesse por parte da gigante chinesa Great Wall em uma aquisição da FCA que também ruiu.

No Brasil, o market share da nova empresa ficará em pouco mais de 14%. Por aqui, a Fiat e a Jeep têm ampla participação de mercado, enquanto Citroën e Peugeot são consideradas marcas de nicho.

As ações do grupo Peugeot desceram fortemente na bolsa de Paris, depois de ter sido confirmado o plano de fusão entre os grupos PSA e a Fiat Chrysler. As ações da Peugeot desciam 8,56%. A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e o grupo PSA, fabricante da Peugeot, Citroën e Opel, confirmaram que “planejam unir forças” para se converterem na quarta maior companhia automobilística do mundo sem fechar fábricas. 

Num comunicado conjunto, ambas as empresas afirmaram que os respetivos conselhos de administração deram instruções às suas equipas “para alcançarem nas próximas semanas um memorando de entendimento vinculativo”.

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