Cledorvino Beline, presidente da Anfavea |
A produção de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) apresentou retração de 15,5% em abril, com 260.825 mil unidades fabricadas, contra 308.494 mil, em março.
As vendas, em abril, também registraram queda: foram licenciados 406.496 mil unidades, contra 483.688 mil em março. A informação da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), atribui os maus resultados à falta de crédito ao consumidor no País, foi divulgada, ontem (7).
Os dados da Anfavea, apresentados pelo presidente da entidade, Cledorvino Belini, mostraram ainda que, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram fabricadas 281.960 mil unidades, a produção registrou queda de 7,5%. As vendas em abril, também caíram: foram licenciados 406.496 mil unidades, contra 483.688 mil, em março.
Já no acumulado do primeiro quadrimestre houve queda de 10,1% sobre o mesmo período de 2011. Foram produzidos, nos primeiros quatro meses do ano, 998.931 mil, contra 1.110.518 mil unidades no ano passado.
Ao se destacar o desempenho por segmento, as maiores quedas no acumulado são notadas na produção de ônibus (35%) e caminhões (30,3%), respectivamente. Ao todo, saíram das linhas, neste ano, 8.929 unidades de ônibus e 42.902 unidades de caminhões. Em 2011, foram 13.735 ônibus e 61.528 caminhões.
As vendas, em março, já apresentaram queda de 15,93%. Em abril, foram licenciados 406.496 mil unidades, contra 483.688 mil em março. Se comparado com o mesmo período do ano passado, houve queda de 9,95%, quando foram licenciadas 451.399 mil unidades.
Para Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, a contração dos resultados foi liderada pelos veículos comerciais. Ele explicou que o segmento sofreu o impacto do início do Euro 5, ou Proconve P7: "Para se adaptar à nova legislação de emissões, as montadoras incluíram sistemas de pós-tratamento de gases nos caminhões e ônibus que tornaram os modelos mais caros".
Enquanto a produção de veículos leves caiu 8,5% no quadrimestre, para 947,1 mil unidades, a de caminhões ficou 30,3% menor do que a do ano passado, com 42,9 mil unidades. A queda na fabricação de ônibus foi ainda mais expressiva, de 35%, para 8,9 mil chassis", considerou.
Outro agravante, segundo Belini, é o nível de estoques, que está alto desde o fim de 2011 e chegou a 43 dias no mês passado, contra 35 dias em março. Para ele, apesar de a diferença parecer grande, ela não é tão expressiva quando considerado o número de unidades. O aumento, ponderou, é de cerca de 17 mil veículos.
Belini previu que a quantidade de carros nos pátios vai diminuir nos próximos meses à medida que as vendas avançarem. “O cenário de queda dos juros e expectativa de aquecimento da economia nos faz acreditar que teremos crescimento mesmo depois dos resultados do primeiro quadrimestre”, ressaltou. Entretanto, de janeiro a abril deste ano o licenciamento de veículos novos caiu 3,4%, para 1,07 milhão de veículos
Já as exportações, lembrou Belini, registraram aumento em abril, na comparação com março. No mês passado foram vendidos ao exterior 48.692 mil veículos, com isso o crescimento foi de 15,3% sobre as exportações do mês de março (42.225 mil).
Se comparado ao mesmo período de 2011, quando foram exportados 48.928 mil, houve queda de 0,5%. O acumulado do primeiro trimestre também registrou queda de 4,9%. Em 2011, foram exportados 168.727 mil veículos fabricados no País, no mesmo período deste ano, as exportações ficaram em 160.453 mil unidades.
De acordo com a Anfavea, as projeções de crescimento se mantêm em torno de 4% a 5%, ou seja, devem ser comercializados, em 2012, entre 3,7 milhões e 3,8 milhões de automóveis,comerciais leves, caminhões e ônibus. “Acreditamos que as novas medidas adotadas como baixa de juros, crescimento da economia, melhores prazos e as medidas do governo, fortaleçam o mercado que em breve voltará a crescer”, disse Belini.
Segundo a Anfavea, a produção deve crescer, em média, 2% este ano. Já as exportações devem fechar 2012 com retração de 5,5%.
Outro agravante, segundo Belini, é o nível de estoques, que está alto desde o fim de 2011 e chegou a 43 dias no mês passado, contra 35 dias em março. Para ele, apesar de a diferença parecer grande, ela não é tão expressiva quando considerado o número de unidades. O aumento, ponderou, é de cerca de 17 mil veículos.
Belini previu que a quantidade de carros nos pátios vai diminuir nos próximos meses à medida que as vendas avançarem. “O cenário de queda dos juros e expectativa de aquecimento da economia nos faz acreditar que teremos crescimento mesmo depois dos resultados do primeiro quadrimestre”, ressaltou. Entretanto, de janeiro a abril deste ano o licenciamento de veículos novos caiu 3,4%, para 1,07 milhão de veículos
Já as exportações, lembrou Belini, registraram aumento em abril, na comparação com março. No mês passado foram vendidos ao exterior 48.692 mil veículos, com isso o crescimento foi de 15,3% sobre as exportações do mês de março (42.225 mil).
Se comparado ao mesmo período de 2011, quando foram exportados 48.928 mil, houve queda de 0,5%. O acumulado do primeiro trimestre também registrou queda de 4,9%. Em 2011, foram exportados 168.727 mil veículos fabricados no País, no mesmo período deste ano, as exportações ficaram em 160.453 mil unidades.
De acordo com a Anfavea, as projeções de crescimento se mantêm em torno de 4% a 5%, ou seja, devem ser comercializados, em 2012, entre 3,7 milhões e 3,8 milhões de automóveis,comerciais leves, caminhões e ônibus. “Acreditamos que as novas medidas adotadas como baixa de juros, crescimento da economia, melhores prazos e as medidas do governo, fortaleçam o mercado que em breve voltará a crescer”, disse Belini.
Segundo a Anfavea, a produção deve crescer, em média, 2% este ano. Já as exportações devem fechar 2012 com retração de 5,5%.
Belini disse que uma das agravantes para a situação tem sido o alto estoque de carros nos pátios, que, acredita, que baixará nos próximos meses |
A venda de veículos ligeiros está a cair no Brasil? A carga fiscal elevada poderá ser uma das razões para isso estar a acontecer?
ResponderExcluirPedro, obrigado pelo comentário. Na verdade, não é apenas a carga tributária que encarece os veículos na ponta é tão o lucro excessivo das montadoras, que se supõe ser de 15% líquidos, no mínimo. Na Europa e nos Estados Unidos, o lucro das montadoras creio que nada em torno dos 5%. Um Honda New Civic no Brasil custa a partir de R$ 66 mil, enquanto nos Estados Unidos não passa dos U$ 19 mil (R$ 36.800)e em relação à Europa a diferença é semelhante. Por isso as fábricas de automóveis por vezes estão em apuros financeiros na Europa e Estados Unidos e no Brasil são superavitárias. Costumo dizer: se as montadoras brasileiras têm quem pague a exorbitância dos preços que impõem, porque diabo vão vender por preços semelhantes aos praticados nos demais países, não apenas da Europa, Estados Unidos, mas também aqui da América Latina, como a Argentina, Chile, Uruguai, etc?
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