Chrysler 300C, a cara de
Detroit
É
canadense, traz as exigências dos compradores dos EUA, e simbiose interessante e
de bons resultados. Mudado externamente, amenizado em linhas, trocando a cara
de mau, depois que a Fiat assumiu, para poder vendê-lo na Europa – lá é Lancia.
É o maior da Chrysler, em nova fase, com boa parelha mecânica: novo motor V6
feito em casa, o Pentastar de 3,6 litros, 286 cv, e entrosado câmbio automático
de oito velocidades, capazes de fazer entre oito e 12 km/litro de gasolina, em
ambiente silencioso e confortável, de rolar superior pela suspensão
independente nas quatro rodas, com cinco braços de ligação no diferencial traseiro.
Objetivamente
é casamento bem articulado: um Mercedes-Benz Classe E por baixo, transmissão ZF
comum com a marca alemã e diferencial idem. Eflúvios do controle e mau negócio
para a Mercedes sobre a Chrysler; pior para esta, que faliu; ótimo para a Fiat,
assumindo-a apenas pelo investimento em produtos de menos consumo.
Preço bom. Em torno de R$ 160 mil.
Chrysler 300C, único representante de Detroit no Brasil |
A hora do charme. Citroën
DS3
Mercado ruim em todo o mundo
marcas se acertam, fundem, fazem acordos. Outras, às vezes centenárias, fecham.
A Citroën resolveu se re-inventar apostando em sua imagem mundial - atrevimento
em design - aproveitou o presente dado pela BMW - produzir motores turbo
de baixa cilindrada, o 1.600HTP, 156 cv e fantásticos 24 mkgf de torque a
rotações mínimas, apto a puxar veículos leves – sedã, cupê, utilitário
esportivo... E, com liberdade para transformar, criou a adicional família DS.
Inicia trazer ao Brasil o menor
deles, DS3, apresentado com assustada alegria, exatamente no dia do anúncio das
medidas de fomento, fazendo contas rápidas para definir preço com redução, R$
79.900. Plástico adicional para personalizar e colar no teto, mais R$ 700 e,
bancos revestidos em couro, caros R$ 2.900.
Nesta fase de transição entre a
mecânica antiga e a aplicação de novos conceitos, os resultados parecem
milagre, mas são, apenas a soma de tecnologias e de eletrônica. Melhor medida,
o grande torque grande em baixa rotação, num gráfico não desenharia centenária
curva, difícil de subir, fácil no cair.
Os motores de agora dão pico de enorme
torque logo acima da marcha lenta, mantém-no plano como um tampo de mesa, e o
levam quase ao limite de giros para a potência máxima. Na prática, dirigir em
baixas rotações, motor inaudível, vai bem. Mas se você amanheceu, como se diz em
Minas, com a vó-atrás-do-toco, o
motor alemão topa desaforo.
O resultado sensorial é te colar no banco enquanto
cresce de rotação e o chão passa cada vez mais rápido. Do sair aos 100 km/h,
7,3s – tempo de gente grande. Exemplifica novos parâmetros de rendimento, novos
tempos de engenharia de downsizing, o
diminuir o motor em cilindrada, volume e peso, sem prejuízo no gerar torque e
potência.
O carro é bem composto nas
linhas atrevidas, cuidados aerodinâmicos. Há incompatibilidade entre os pneus
com aro 17” e série 45, lateral baixa, e o apetite dos buracos nacionais.
É distintivo, não passa sem
chamar atenções, combina com as pretensões. Venderá? Ninguém sabe neste país de emoções, com aumentos de impostos para os
importados. Mas a Citroën projeta 250 unidades mensais, concorrendo com o Audi
A1e o Mini.
DS3. Nova família Citroën conjuga charme com motor valente |
Fiat Doblò. Não muda, que
estraga
Diferente, esquisito, peculiar,
insólito, mais feio-que-bater-em-mãe,
vários adjetivos referenciam o Fiat Doblò. Um conceito, entretanto, é
unanimidade: é competente. Entrega mais que se imagina, tem muitas composições
para bem aproveitar seu espaço, e bem se casa com o novo motor FPT EtorQ 1.8,
16V.
Sem
querer evoluir para o Qube, este sim, mais-feio-que-bater-em-mãe-no-dia-das-mães,
a Fiat aplicou-lhe novidades para caracterizar a linha 2013 e criou, entrando
na canoa amazônica conduzida pelos irmãos Villas Boas, a versão Adventure
Xingu.
Agrega itens que os valentes sertanistas nunca conheceram: rádio CD MP3
/WMA com RDS, retrovisores externos elétricos, bordados nos bancos, faixas
adesivas. Do brinde oferecido aos compradores, conheceram alguns itens –
mochila, lanterna, caderno e amuleto.
Também
desconhecidos aos irmãos inspiradores de filme e versão automobilística, o kit
HSD, com duas almofadas de ar para passageiros da linha de frente, e sistema
anti bloqueio nos freios.
Quanto
Versão
R$
|
Doblò
Attractive 1.4 Flex 51.020
|
Doblò
Essence 1.8 16V Flex
56.890
|
Doblò
Adventure Xingu Flex 60.980
|
Doblò
Cargo 1.4 Flex
40.460
|
Doblò
Cargo 1.8 16V Flex
45.300
|
Sonic, outro importado da GM
Missão
dura: substituir o nacional Astra pelo coreano Sonic, nestes dias em que o
governo constrói parede anti-importados, mas única opção à GM sem renovar sua
linha de produtos, e sobreviver à crise causada por sua empáfia.
O
Astra empregava plataforma e motores antigos, e o Sonic é mais recente. Coreano
Daweoo tem motor 1.6, 24 válvulas e não consegue romper com o passado, vivos
resíduos de Monza e Corsa ainda remanescentes em alguns Chevrolet no Mercosul,
mostrando motor com bloco em ferro e transmissão mecânica com apenas cinco velocidades – a automática, mais moderna, tem seis.
Em
versões hatch cinco e sedã quatro
portas, decoração LT e LTZ, é bem composto esteticamente e bem aproveita o
espaço interno. Segue os sedimentados parâmetros GM de fazer carro para mostrar
o exterior aos vizinhos, como os faróis com dois canhões de luz, e deixar as
deficiências da composição interna aos usuários.
Internamente
padrão idêntico, comum pacote de facilidades eletrônicas, dois porta luvas,
porta objetos, e instrumentos e comandos futurísticos – ou para compradores
mais jovens em países com maior renda que o Brasil.
Mecânica
razoável, sem inovações. Suspensão frontal Mc Pherson e traseira por simplório
eixo torcional. O motor mostra antiguidade e aproveitamento com bloco de ferro,
oposto ao esforço de aumentar rendimento e diminuir peso através de ligas
leves. Nele, atualizados são os dois comandos de válvulas com regulagens
automáticas de abertura, assim como para os dutos de admissão.
A
engenharia local adaptou-o para flex e, ao final, com álcool produz 120 cv e
com gasolina 116. Pico de torque em 16,3 e 15,8 kgmf, com 90% a 2.200 rpm. Com
preços referenciados em R$ 46.200 e R$ 56.100 emprega conhecido adjetivo Premium
para explicar ser caro, porém o Premium do Sonic é menos Premium que os Honda
Fit e City, os Ford New Fiesta.
De olho
Questão
pessoal, não aceito convites para eventos da GM e, para não deixar os leitores
menos informados, completo leitura com ouvir dois jornalistas especializados
presentes à apresentação. Visões antagônicas.
Para um o Sonic deve ter sido
projetado por Nelson Rodrigues, lembrando sua famosa peça teatral “Bonitinha mas Ordinária”. Outro,
ntidamente ensandecido disse, a GM perderá dinheiro com o Sonic, tão bom por
tão pouco. A verdade passa pelo meio.
Duas
questões: Venderá? Sim,
concessionários GM são mais mais aguerridos e se capazes de vender Corsa e
Ágile, qualquer produto levemente melhor, dão festa. Interessa? É de se perguntar: Agrega
valor ao País a crescente desnacionalização dos produtos GM, empregando
coreanos fazendo o Sonic, e dispensando os que faziam o Astra em São Paulo?
Quanto
Modelo/versão R$
|
Sonic LT
hatch
46.200
|
Sonic LTZ
hatch
48.700
|
Sonic LT
sedã
49.100
|
Sonic LTZ
sedã 51.500
|
Sonic LTZ A/T
hatch 53.600
|
Sonic LTZ A/T sedã 56.100
|
Sonic. Diga Sônic. |
Roda-a-Roda
Alfa-san – Se você gosta de Alfas, em especial conversíveis,
prepare-se para o choque. O próximo não será Zagato, Pininfarina, Bertone,
porém da japonesa Mazda, contratada pela Fiat. O produto, com plataforma do
MX5, novo Miata, servirá às duas marcas, com novidades como tração traseira e
motorização separada. Em 2015.
Mercedês – Há anos a Renault
lançou pacote de medidas de valorização e lucros. Nele, evolução em qualidade
ao nível dos Mercedes. Não deu certo, mas foi direto à fonte alemã e fará
veículos de luxo baseados na plataforma MB E, os Initial Paris. Razão? No mercado europeu vendas dos
carros de luxo caem menos que a dos populares. Contraprestação, a Renault, fará
o pequeno Smart sobre a plataforma do novo Twingo, a partir do próximo ano.
Surpresa – Qual o
Utilitário Esportivo grande mais vendido ? Acredite, o Jeep Grand
Cherokee. De janeiro a abril, 512
unidades. Distante, das 374 unidades do 2º. Colocado, Land Rover Discovery 4.
Explicação simples, dirigiu, perguntou o preço, comprou. A base é Mercedes-Benz
e o novo motor, vigoroso e novo V6 de 286 cv ajudam na escolha, garantida por
mais de 80 prêmios mundiais.
Mistura – Mais de 300 mil unidades vendidas, sucesso, o Novo
Uno linha 2013 mescla equipamentos e acessórios, como incorporar o kit HSD –
duas almofadas de ar e freios ABS com EBD em versões Way e Sporting 1.4; apoio
de cabeça em todas as versões. Preços a
partir do Vivace 1.0 a R$ 24.260.
Diploma – No Brasil pouco influi
aprovação nos testes Euro NCap, mas aos europeus, exigentes e educados, é
grande referência. Indica superar avaliações por instituto independente, em
especial sobre danos a usuários pós pancadas sérias. No caso o laureado é o
Peugeot 208, aqui em 2013.
Opção – A Volkswagen não marcou a linha 2013 por mudanças estéticas ou
visuais, mas a melhor compor os automóveis para suas funções, como bolsos com
zíper, baixo relevo nos revestimentos. É pouco.
Aval – Na listagem de veículos como melhores compras, a revista Autoesporte indicou o Nissan Versa como Melhor do Segmento.
E então – A falta de projeto para a indústria automobilística e as soluções
empregadas, sempre com renúncia fiscal – com a sociedade bancando incentivos –
é de se perguntar como ficará o mercado após setembro, quando acaba a pequena
redução do IPI. A benesse será estendida?
Fim – Caíram do telhado: Renault Megane Gran Tour; Citroën Picasso; GMs
Corsa, Meriva, Zafira. Se a fim de bom negócio por compra com grandes descontos,
vá atrás. Se não, espere o bloco passar.
Líder – Tabulação da agencia Millward Brown, os bons resultados de vendas da
BMW, produtos, projetos, bom comportamento no grande mercado chinês, e seus
dados econômicos – faturamento, lucro, tamanho do cofre – fizeram superar a
Toyota como a marca mais valiosa do mundo.
Negócio – Ágil, a Audi criou novo canal de vendas para seus produtos, falando
direto com quem tem meios e interesse técnico: mostra-os nos eventos técnicos
da MAN, dona da Volkswagen Caminhões.
Bem cotada – Motores Renault na Fórmula 1 fazem boa imagem:
vencendo pela terceira vez seguida no GP de Mônaco, sexta no circuito e
terceira – metade – nas provas desta temporada.
Acordo – Usar as provas da Fórmula Indy para fazer vendas e marketing de
relacionamento, deu resultado quatro vezes superior ao investimento. Nas 500
Milhas de Indianapolis exportadores brasileiros venderam US$ 509M. Daí a
Agencia Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento – APEX Brasil – renovar patrocínio. Uma das ações é
fornecer o álcool utilizado nos carros.
Mistura – Futebolista Neymar Jr. tem patrocínio das Baterias Heliar. Emerson
Fittipaldi, da Moura. Um ilustra, outro avaliza. Em quem dar crédito na hora da
compra ? Nas caras Caterpilar que duram como as japonesas, ou nas que duram um
ano e um dia ? Melhor seria que anunciassem as Optima, também da Johnson
Controls, de nível superior.
Tiro e queda – Graves fortes, pouco espaço, resumem a bazuca
amplificada Fusion, importada pela AV2. 30 cmx30cm, dita ideal para som em
picapes.
Ecologia – Pesquisa da japonesa fábrica de pneus Bridgestone com a
flor Dente de Leão, deu resultados promissores na produção de borracha para
pneus.
Gente – Sérgio Pugliese, gerente na MAN
Latin America – ex VW Caminhões – exportado. OOOO Será número 1 na divisão
argentina da empresa. OOOO Julio Steg, engenheiro, idem. OOOO Gerente de marketing no vizinho
mercado. OOOO Martin Fritsches, 35, crescimento. OOOO Diretor da BMW, vendia motos,
Minis, agora promovido diretor comercial da marca. Começa lançando a nova Série
3. OOOO Carlos Alberto Oliveira Santa Cruz, peruano,
engenheiro, desafio. OOOO Executivo laureado na 3M teve passe comprado para dar ordem
à PPG, multi de tintas automotivas. OOOO Quer mostrar ao mercado ter
a empresa o maior portfólio de produtos. OOOO
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