A Azul protocolou hoje na 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo uma proposta para adquirir da Avianca - em recuperação judicial - a alienação judicial de uma nova Unidade Produtiva Isolada (UPI, uma espécie de empresa a partir do desmembramento da Avianca) pelo valor mínimo de US$ 145 milhões (em torno de R$ 580 milhões).
A Azul, com a proposta da UPI, que reúne 21 slots (autorizações de pouso e decolagem), 14 no aeroporto de Congonhas, sete no Santos Dumont e um em Brasília, elevaria substancialmente sua capacidade operacional e competitividade nesses importantes aeroportos.
O verdadeiro objetivo da Azul é tentar comprar a Avianca, o que já pretendeu em Março, quando ofereceu US$ 105 milhões, mas de que desistiu ao identificar uma ação paralela conjunta da Gol e da Latam para impedir a entrada da Azul e assim evitar a concorrência.
Na prática, o pedido representa um retorno da Azul na disputa pela Avianca Brasil, com uma oferta superior à apresentada inicialmente. Em março, a empresa fez uma proposta de US$ 105 milhões para comprar parte das operações da Avianca Brasil, mas em abril anunciou a desistência, acusando Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.
Na nota à Imprensa, a Azul ressaltou que a UPI "oferece uma alternativa compreensiva, viável e verdadeiramente implementável, inclusive do ponto de vista operacional, regulatório e concorrencial" e reforça sua proposta defendendo que ela "confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, uso continuado de bens e preservação de atividades que atualmente correm grave risco de paralisação".
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