Coluna
Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
Minas Turismo Gerais
Jornalista Sérgio Moreira
Trem ligará Belo Horizonte à Serra da Piedade
Basílicas no alto da serra recebem anualmente cerca de 500 mil
visitantes e guardam relíquias como a imagem de Nossa Senhora da Piedade,
padroeira de Minas, esculpida por Aleijadinho
A fim de favorecer o
turismo e oferecer alternativa à perigosa rodovia BR-381 no sentido Vitória
(ES), a Arquidiocese de Belo Horizonte elaborou um projeto para ligar, por
trem, a capital a Sabará e Caeté, com uma estação aos pés do maciço que guarda
duas basílicas – no altar-mor da ermida do século 18, fica a imagem de Nossa
Senhora da Piedade, padroeira de Minas, esculpida por Antonio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho (1738-1814).
De acordo com a arquidiocese, a
iniciativa do arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo já foi
apresentada ao secretário de Estado de Cultura, Marcelo Matte, e à presidente
do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
(Iepha-MG). Um fôlder sobre a futura empreitada foi divulgado (veja o mapa)
e mostra trechos prontos e outros que vão demandar infraestrutura para a ideia
entrar nos trilhos. E começar a circular.
Se concretizado, o trecho
ferroviário deverá se somar a outro em gestação e sonhado por moradores e
autoridades: o ramal unindo BH a Brumadinho, na Grande BH, em duas linhas
propostas (com início na Praça Rui Barbosa (Praça da Estação) e no Bairro
Belvedere, na Região Centro-Sul) para transportar brasileiros e estrangeiros
interessados em conhecer o Instituto de Arte Contemporânea Inhotim.
Recém-eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor está entusiasmado com o projeto do trem para a Piedade: “A Região Metropolitana de Belo Horizonte guarda tesouros que precisam ser apreciados e valorizados. A arte barroca das cidades coloniais, muitas belezas naturais pouco conhecidas, patrimônios da religiosidade e da história de Minas. É preciso investir para que a fé e o turismo contribuam ainda mais para o desenvolvimento sustentável do estado, da capital e da Grande BH”.
Recém-eleito presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor está entusiasmado com o projeto do trem para a Piedade: “A Região Metropolitana de Belo Horizonte guarda tesouros que precisam ser apreciados e valorizados. A arte barroca das cidades coloniais, muitas belezas naturais pouco conhecidas, patrimônios da religiosidade e da história de Minas. É preciso investir para que a fé e o turismo contribuam ainda mais para o desenvolvimento sustentável do estado, da capital e da Grande BH”.
Uma equipe técnica da Arquidiocese de BH fez o trajeto para o projeto e a etapa atual é de contato para formar parcerias, obter recursos e deslanchar a proposta, que não tem valor de investimento definido, especialmente porque a linha férrea deverá ser complementada por um teleférico (8 quilômetros) que levará os peregrinos até topo da Serra da Piedade.
Conforme o levantamento,
serão 13 quilômetros de trilhos de BH a Sabará e 19 quilômetros dessa cidade a
Caeté, com necessidade de implantação de trechos e obras para garantir o
transporte e conduzir todos com conforto e segurança.
Quem sair da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), que abriga o Museu de Artes e Ofícios, terá outros atrativos ao longo do caminho, segundo o mapa elaborado pela equipe da Arquidiocese de BH. Em Sabará, estão o Santuário Santo Antônio de Roça Grande e joias barrocas como a Igreja do Ó, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Quem sair da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), que abriga o Museu de Artes e Ofícios, terá outros atrativos ao longo do caminho, segundo o mapa elaborado pela equipe da Arquidiocese de BH. Em Sabará, estão o Santuário Santo Antônio de Roça Grande e joias barrocas como a Igreja do Ó, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Matriz Nossa Senhora da Conceição.
A caminho de Sabará, o turista
poderá ver o pontilhão, o visitante terá diante dos olhos pontilhões (um
desativado e o da ferrovia Vitória-Minas), a Igreja Santo Antônio de Pompéu, a
estação Mestre Caetano e, no Centro Histórico de Caeté, a Matriz Nossa Senhora
do Bom Sucesso.
Trajeto do futuro trecho do trem
Entusiasta dos trens turísticos, o engenheiro ferroviário Sérgio Motta,
presidente da organização da sociedade civil de interesse público (oscip)
Apito, criada há 15 anos, considera “sensacional” a ideia de dom Walmor, certo
de que, além de fortalecer o turismo, poderá promover fomento de outras
atividades econômicas na região, tendo em vista os problemas causados pelo
rompimento de barragens de mineração no Quadrilátero Ferrífero.
“Acreditamos
que o projeto de um trem turístico para a Serra poderá se estender para outras
cidades do Circuito do Ouro. Devo lembrar que, infelizmente, muitos trechos
foram desativados entre BH, Sabará e Caeté, então, será necessário recompor os
trilhos e refazer os caminhos. O custo é alto, mas muito importante para o
setor ferroviário e turístico”, afirma Motta.
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