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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

MERCEDES-BENZ PREPARA UM NOVO CARRO ESPORTIVO COM NOVA GERAÇÃO DE MOTORES V8 MENORES E MAIS LEVES. A SUZUKI TRAZ DO JAPÃO UM SWIFT SPORT DE 142 CAVALOS. A FIAT PREPARA O CAMPO PARA VENDER O JEEP RENEGADE PERNAMBUCANO, ENQUANTO A FORD SEPULTA OS MODELOS F350 E 4000 QUE VOLTARÃO COM MOTOR 2,8 L, DE 150 CV, CUSTANDO R$ 117.290,00 E R$ 133.290,00.



Coluna Nº 3514 - 27 de Agosto de 2014
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Setembro. O novo AMG GT

Mercedes prepara com esmero alemão seu produto de topo esportivo, o AMG GT, sucessor do SLS. Muda tudo. 


É menor, mais baixo, e abandonou o charme identificador com o mítico 300 SL dos anos cincoenta - portas abrindo para cima -, os Gull Wing, aqui ditos Asa – cinco unidades no país concedem a intimidade... 

Surgimento marca nova geração de motores V8, menores, mais leves, dois turbos alojados no berço do V.

Novo produto foca no Porsche 911S como concorrente, objetivo visualmente perceptível com o recuo da cabine e as linhas da traseira, mescla do estilo do concorrente e do Asa. Coluna do dia 10 o detalhará. Por enquanto, motor.


Novo AMG GT

É a nova geração de V Oitos da Mercedes. Materiais e ganhos de tecnologia, como as camisas endurecidas por tratamento Nanoslide, duas vezes mais duras, e polidas individualmente em função de cada pistão forjado. 

Isso permite completo ajustamento, garantindo menor atrito, menor consumo de óleo lubrificante, mais potência, torque e, em contraposição, redução de consumo e emissões, como mandará a regra Euro 6, próximo ano. Substitui o engenho anterior, em seu pico, com 5,5 litros e bi turbo fazia 525 cv.

Época curiosa. Quem sugere novos produtos, conformações, morfologia, são os advogados. 

Conhecedores da cada vez mais dura e restritiva legislação e prospectores das exigências ainda a surgir, aconselham peremptoriamente: se não houver mudança, a marca será multada, penalizada, perderá mercado. 

Esta última palavra tem mágico poder e toda a grei ligada no negócio, engenheiros, administradores, economistas, auditores de custos entram a fazer o melhor com menos e para durar o máximo tempo possível de enquadramento na legislação. 

Área de marketing projeta aplicações, onde irá, tipo de trabalho a fazer. Puxará o Classe S do banqueiro? Equipará táxis? E para o GT com produção incentivada? Atende à ordem maior do mandão-mór, o CEO da empresa apontando caminhos para assumir liderança mundial em três anos?

Engenheiros respondem à nota jurídica com competência. O novo 4.0 é poderoso, inovador, eficiente. E começará carreira no esportivo AMG GT.

Papo de graxa

Dos oito cilindros, diâmetro x curso 83.0 x 92.0 mm, válvulas, injeção direta de gasolina no ar insuflado motor a dentro por dois compressores alojados no berço do V a 90 graus, saem até 375 kW, 510 cv. 


Pensando no casamento com o automóvel, engenheiros tiraram o carter de chapa, substituíram por placa de plástico, e deslocaram os 12 litros de óleo sintético para recipiente externo. 

Uma bomba suga o óleo, outra o pressiona. Ciclo passando por radiador, é de 250 litros/hora.

Sem carter baixou o motor 5,5 cm, ganhou aderência e estabilidade, implementou comportamento esportivo do novo automóvel.


Bloco vazado em liga leve, sub-carter em alumínio, cabeçotes em zircônio, o M178, designação interna da AMG, pesa apenas 209 kg sem fluidos.


Razão de compressão 10,5:1, pressão dos injetores 130 bar e dos turbos, máximos 1,2 bar. 


Na operação, o motor pode emitir ronco marcante e personalizado à escolha do condutor, regulando abertura de flaps, conduzindo os gases por passagens mais curtas no silenciador.

O motor é produzido na Mercedes-Benz, montado na AMG, em Affalterbach. Pela regra, “um homem, um motor” cada unidade é montada por um engenheiro, assinando-a - 2,5 motores/dia/homem.


Expectativa sobre o GT, plataforma do SLS reforçada em aço de elevada resistência e muito alumínio para conter peso final a 1.500 kg. Preço projetado US$ 120.000.



Novo V8 Mercedes: 4.0, 510 cv




Charme e T grande no Suzuki Swift Sport

Para agradar revendedores e ter produto referencial na marca, Suzuki iniciou importar do Japão modelo Sport da linha Swift. 

Nada a citada linha, mas admirável conjunto em dinâmica, segurança – cinco estrelas no teste EuroNCAP – decoração e composição agradáveis.

Hatch de cinco portas, bancos esportivos, ergonomia privilegiada por formato e regulagens para instalar-se e aproveitar o conjunto mecânico liderado por motor 1.6, quatro cilindros, 16 válvulas, comandos com abertura variável, produzindo 142 cv e 17 quilos de torque. 


Tudo bem harmônico e ajustado à transmissão manual de seis velocidades. 

Suspensão frontal Mc Pherson, amortecedores com molas embutidas, traseira por eixo torcional e buchas de borracha, freios a disco nas quatro rodas. 

Mais eletrônica de ABS, EBD, e estabilizador eletrônico ESP. Seis bolsas de ar. Plataforma leve, em aços diferentes em função dos pontos de resistência, pesa surpreendentes poucos 1.065 kg.

A relação entre baixo peso, elevada potência pela cilindrada, bom torque, embreagem e relações de marcha bem casadas, o automóvel responde calorosamente.


Importado do Japão, permitiu versão R desenvolvida no Brasil. No visual, teto e capas de espelhos pintadas em cores contrastantes; conforto e operação por e sensor de ré. 


Dinamicamente ganha muito com rodas em aro 17”, pneus P Zero 215x45 e rodas em liga leve, pintura preto fosco, desenvolvidas especialmente para se casar e abrigar as pinças de freio. 

Rendimento surpreendente em aderência e freios, conduzido no recortado Autódromo Velo Cittá. 

O eixo traseiro apesar de rígido com torção limitada, possui buchas deformáveis em borracha e, assim, permite-se mudar a convergência de acordo com as curvas. 

Os freios são poderosos, e o conjunto oferece muita satisfação em conduzir. O motor é esperto abaixo das 4.000 rpm, e muito esperto acima delas, permitindo abusos próximos ao corte às 7.000 rpm.

Cinco portas, cinco lugares com apoio de cabeça, porta-malas pequeno, dimensionado ao uso, estepe interno.


É carro de nicho, com vendas inicialmente desenhadas em 100 unidades/mês – destes, 15% em versão R. 


Mas a tabela de preços ante seus concorrentes – veja abaixo -, pode permitir surpresas com vendas maiores. 

Afinal, vendê-lo bem será a contra partida à demanda dos 53 revendedores – e critério depurativo.

Luiz Rosenfeld, engenheiro, presidente, partícipe do desenvolvimento da versão R, informa, o Sport inicia processo de aceleração da marca, abrindo a fila das novidades.


É agradavelmente esperto para uso diário, estabilidade surpreendente, ótimos freios, motor sempre disposto, em especial se for usado nas rotações mais altas. 


Automóvel para quem gosta de dirigir e aproveitar seu insuspeitado potencial de oferecer prazer.

Mercado


Tipo
Motor cm3
Potência/cv
Torque  kgmf
Peso/Potência kg/cv
Preço R$
Swift Sport
1.600
142
17
7,5 kg/cv
74.990
Audi A1
1.400 turbo
122
20,4
9,5
91.700
Mini
1.500 turbo
136
23,5
8,6
89.950
Citroën DS 3
1.600 turbo
165
24,5
7,0
86.990
VW Golf
1.400 turbo
125
25,5
8,7
67.790
Swift Sport R
1.600



      81.990
                     
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Suzuki Swift Sport. Dirija para entender



Roda-a- Roda

Freio – Crise com Ucrânia impacta mercado interno russo. Vendas caíram 45% últimos dois meses. GM no país sofreou produção de Chevrolets Cruze e Trailblazer, e Opel Astra a apenas quatro dias, em agosto e setembro, oito. em outubro.


Panaceia – Ante a consequência capitalista para a crise montada por resquícios totalitários, governo promete incentivos para recuperar vendas.


Preparo – Jeep, marca da FCA, prepara rede de revendedores para distribuir o Jeep Renegade, de produção a iniciar-se este ano em Goiana, PE. Hoje, possui 43 concessionários. Prefere os atuais operadores Fiat.


Questão – O empreendimento Fiat do início das tratativas, terá marcas 
diferentes saindo pelo mesmo portão, resultado do redesenho comercial da empresa ao absorver a Chrysler, deixar de ser italiana, mudar nome para FCA.


Varejo – Cada marca negócio diferente. A primeira leva de produtos – o 
Renegade, picape de dimensões superiores ao Strada, e utilitário esportivo – terão a marca e distribuição por concessionários Jeep.


Gás – Fiat bota pilha na rede Fiat, levou 100 concessionários em visita pioneira às instalações. Prefere instigá-los à nova marca.


Outro – MMC, montadora de Mitsubishis, colocará em linha o sedã Lancer. Exibe e venderá no Salão do Automóvel, outubro.


Certo – Fiat confirmou a antecipação, pela Coluna, do novo Uno, a ser lançado semana próxima, conter o mecanismo Start/Stop. 


Deveria se chamar Stop/Start, pois desliga o motor após poucos segundos em imobilidade e em ponto morto. Para sair, basta pisar na embreagem, e o motor volta a funcionar. Economia grande. 

Local – Nissan abriu estúdio de design no Rio de Janeiro: abrasileirar estilo e materiais. Inclui-se no objetivo de atingir 5% do mercado nacional até 2018, bem adequando produtos ao mercado, materiais, custos nacionais, gostos.

Questão – A fim de diesel em automóveis? Mais um passo nesta seara. No 11º SAE de Tecnologia, Curitiba, 2 e 3 de setembro, Luso Ventura, ex-engenheiro-chefe da Mercedes-Benz e devotado ao tema, mostrará resultados de um ano de trabalho pela ideia através do projeto Aprove Diesel.


Ducati – Quarta motocicleta da marca montada em Manaus, a Panigale 1199 justifica preço elevado pelo rótulo de marketing e prêmios recebidos em design.


E - 1,2 litro, dois cilindros em L, oito válvulas por comando desmodrômico – sistema impede flutuação -, 195 cv, relação peso/potencia de 1,19 cv/kg. R$ 72.900 a R$ 100.000 na versão Senna.

De novo – Ford exuma modelos F 350 e F 4000, inexplicavelmente tirados de produção. Voltam com motor para trabalho, Cummins, 2,8 litros, 150 cv, Euro 5. 


Diferem em comprimento, rodado traseiro, respectivamente, simples e duplo; capacidade de carga PBT e preços 4,5t e 6,8t, R$ 117.290 e R$ 133.290, respectivamente.

Futuro – Avaliação de Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, federação dos revendedores autorizados; Sérgio Reze, ex, e Mauro Sadi, ex-condutor da Assobrav, grêmio de revendedores VW: mercado pode vender no segundo semestre 5% mais que no primeiro. Assim, 3% abaixo dos números de 2013.

Tecnologia – Embrapa Biotecnologia assinou acordo de cooperação com o Centro Mundial de Agroflorestas. 


Buscam cultivos alternativos para combustíveis agrícolas. Programa patrocinado pela ONU inicia com US$ 35 milhões – uns R$ 77 milhões – para pesquisas sobre a Macaúba, palmeira brasileira.

Integração - Começa no Piauí e visa mesclar produção de alimento e geradores de combustível por pequenos agricultores integrando-os ao Programa Nacional de Produção e uso de Biodiesel, PNPB. 


Hoje, os cocos da nativa Macaúba são vendidos como carvão. Como combustível, R$ 0,45 o quilo.

Salva-vidas – Projeto Waves for Water acompanha o Rally dos Sertões, maior prova da especialidade, em Goiás e Minas, 23 a 30 agosto. 


Pilotos distribuirão 150 kits de purificação da água, servindo 7.500 pessoas. Básico nas dobras do interior onde as promessas passam e os problemas, como água, ficam.

Estrela – Recall não escolhe marca. Agora, cinco unidades de Mercedes-Benz SL e SLK, fabricados, entre março e maio, de 2014, chamadas à troca do módulo eletrônico da bolsa de ar do passageiro. 


Tens? Confere: 0800 970 9090 ou www.mercedes-benz.com.br.

Tempo – GM colocou em suspensão 930 metalúrgicos, 17% do capital humano da velha fábrica de São José dos Campos, SP. 


Sindicato local, por meio do presidente Antônio Ferreira de Barros, reivindicou à presidente Dilma Roussef Medida Provisória garantindo estabilidade ao emprego nas empresas incentivadas.

Variação – Eduardo Souza Ramos, produtor de Mitsubishis, amplia negócios. Na fazenda onde implantou o autódromo Velo Cittá, homologado pela FIA, cria gado Red Ancho, cruza genética entre inglês Angus e japonês Wagyu… E engarrafará água mineral.


Memória – Como não saiu o museu prometido ainda em vida a José Froilán González pelo governador da província e prefeito de Arrecifes, terra natal do campeão argentino, a Fundação Lory Barra assumiu: vai abrigá-lo em seu prédio em San Isidro, beiradas de Buenos Aires. Arrecifes dançou.

Gran Pepe – Apelido de González, primeiro piloto a vencer com Ferrari, vice-campeão mundial, em 1954, e o único sul-americano a vencer as 24 Horas de Le Mans. Faleceu ano passado aos 92. Sujeito respeitado e querido.


Tanque – Oficina Brasil alerta: andar com tanque na reserva e rodar com poucos litros prejudica motor – e bolso. 


Resíduos acumulados no baixo nível estragam bicos injetores, não refrigeram a bomba de combustível, podendo queimá-la.

$$ - Antônio César Costa, consultor, sugere, para evitar danos e gastos, encha o tanque quando baixar. 1/4 da capacidade é medida mínima.


Gente – Henrique Erwene, antigomobilista, passou. 


OOOO Construtor do modelo físico da logo do Salão do Automóvel, da réplica Fera do Jaguar XK 120, dedicado mantenedor da memória do Karmann-Ghia. OOOO

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No Brasil, diesel começou com Mercedes

Com Philipp Schiemer, presidente, e Luso Ventura, ex-engenheiro-chefe e defensor do acesso ao motor diesel, presentes ao 11º Forum da SAE, Sociedade de Engenharia Automotiva, a Mercedes-Benz vai com cadastro à reunião lembrar o DNA da companhia.

No Brasil, no capítulo tecnologia, implantou marcos e novidades: em final de 1955, encomendou à Sofunge, fundidora privada, em S. Paulo, a feitura do primeiro motor. 


Coisa fácil não fosse caminho pioneiro. Então, todos os motores eram importados, e teóricos do caos diziam ser impossível vazar seus blocos em países tropicais. Não era. 

O bloco ficou pronto em novembro e em janeiro tracionava o primeiro caminhão LP 312, com velas de aquecimento, seis cilindros, 100 hp.


Outro marco de relevo foi de coragem de tecnologia, independência e viabilidade, ao iniciar construir os ônibus monobloco. 

Armados como aviões de estrutura resistente, foi o primeiro nacional de uma nova geração, com emprego do motor na traseira, menor altura chassis/solo, rodar mais confortável que os similares construídos sobre chassis de caminhões, um diferencial ao uso em estradas asfaltadas.

Da Mercedes brasileira, anos ’80, o motor diesel desenvolvido pela equipe do citado Luso, apto a queimar álcool. 


Ainda nesta trilha, a coragem de quebrar um paradigma – o controle eletrônico da injeção nunca seria aceito pelos mecânicos e operadores brasileiros. 

Fez, deu um susto no mercado, forçando a adequação ao ganho tecnológico. Posteriormente ajustou as características operacionais dos motores para uso do diesel com adição de bio combustível. Muito a contar.


Primeiro caminhão com motor diesel brasileiro, janeiro, 1956

-------------------------------------------------------------edita@rnasser.com.br


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