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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Jeep apoia o livro e a exposição sobre Lia de Itamaracá que vai até Março, no Recife Antigo



Desde a sua chegada à Mata Norte de Pernambuco, ainda em 2012, na fase de implantação do Polo Automotivo, localizado no município de Goiana, a Jeep tem como um de seus pilares o envolvimento com a comunidade que acolheu o polo produtor. 

Essa relação hoje ganha forma com o lançamento da exposição e do livro “Lia de Itamaracá: 75 anos cirandando com resistência, sorrisos e simplicidade”, que homenageia o aniversário da Rainha da Ciranda, uma das manifestações mais significativas do Estado.

“Nos deparamos com uma cultura cheia de vida, de valores e significados, que toma forma na figura de artistas de grande talento e raízes profundas na geografia e na história de Pernambuco, criadores de uma produção cultural de enorme valor e originalidade. Lia de Itamaracá certamente ocupa uma posição de destaque no alto dessa lista”, enfatiza Fernão Silveira, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina. 

Patrimônio vivo da Cultura Pernambucana, Rainha da Ciranda, Diva da Música Negra e a maior cirandeira do Brasil. Esses títulos atribuídos a Maria Madalena Correa do Nascimento, ou apenas Lia de Itamaracá, as pessoas já conhecem. 

No entanto, na trajetória de 75 anos da artista, há histórias e momentos que até agora estavam guardados. Esses recortes falam da vida como merendeira numa escola estadual da Ilha de Itamaracá, o casamento com o músico Toinho, a difícil relação com o poder público, o encontro com o produtor e empresário Beto Hees e a luta para manter de pé um trabalho voltado para a cultura popular. 

Em depoimentos da própria Lia e numa narrativa aprofundada, esses momentos estão presentes no livro que teve curadoria de Maria Luciana Nunes, criadora do Sinspire Hub, local que vai abrigar a exposição que segue em cartaz até março. 

Luciana pontua que o material é resultado de encontros. “O coletivo é capaz de realizar muitas coisas. Esse trabalho é resultado do encontro de diversas pessoas e da Jeep, que se disponibilizaram para homenagear um ícone da nossa cultura. Lia merece todas as homenagens”, diz. 

A obra reúne textos que foram extraídos do livro-reportagem “O mito, a mulher, a ciranda”, do jornalista pernambucano Marcelo Henrique Andrade. O trabalho é o produto final do Mestrado em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba, concluído em 2018. 


O autor, que também é da Ilha de Itamaracá, pesquisou o universo de Lia durante 30 meses, gravou horas de entrevista com a cirandeira, músicos, produtores, pesquisadores, políticos e artistas, além de ter conversado com amigos e familiares dela. “Adentramos num universo pouco explorado. 

As pessoas sabem quem é a artista Lia, a cantora que está no palco ou fazendo ciranda. Poucos sabem que é a mulher, a resistente e a história de vida que ela carrega”, conta Marcelo.
As 80 páginas do livro trazem imagens históricas e também atuais. As mais recentes são assinadas por 12 fotógrafos: Alfeu Tavares, Ana Araujo, André Coelho, Gaby Cerqueira, Hannah Carvalho, Henrique Lima, José de Holanda, Emiliano Dantas, Pedro Rampazzo, Roberto Cuíca, Rogério Reis e Ytallo Barreto. Todos os profissionais doaram os ensaios que fizeram com Lia. 

A mostra ficará aberta ao público até março e vai expor objetos pessoais da cirandeira: vestidos usados nos shows, fotografias da família, objetos carregados de afeto e a boneca gigante do carnaval. 

Durante a exposição, o espaço também exibirá sessões de cinema no Cine Lia, com curtas que contam a história da Negra Cirandeira. As exibições serão entre às 10h30 e 11h da manhã e das 16h às 18h até o fim da exposição. 

Mostra Lia de Itamaracá

Local: Sinspire Hub

Endereço: rua da Guia, 234, Praça do Arsenal, Recife Antigo

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