O Brasil, pelas mãos de brasileiros nacionalistas, idealistas, podia ter sua, ou suas, marcas próprias de automóveis, mas, nenhuma tentativa se consumou. Gurgel e Santamatilde, as marcas brasileiras que deveriam ter recebido apoio do governo acabaram fechando as portas, e os carros que produziram são hoje relíquias que marcam a história automotiva nacional. A partir do recebimento do Blog do Santamatilde, enviado pelo meu amigo jornalista catarinense, Airson Soares da Rosa, decidi relembrar o histórico Santamatilde.
Em 1975 o governo brasileiro proibiu a importação de automóveis e suas peças. Isto era um sinal de problemas para quem possuía um veículo importado, pois afetaria diretamente a aquisição de peças para a manutenção.
Neste grupo de pessoas estava o Dr Humberto Pimentel que possuía um Porsche Targa 911S e a futura falta de peças já o preocupava bastante. Em meados da década de 1970, o Dr. Humberto resolveu comprar um carro esporte nacional. Sua escolha foi pelo melhor carro esporte nacional da época, o Puma GTB. Não se sabe ao certo o que levou o Dr. Humberto a criar seu próprio automóvel. As duas versões mais conhecidas são de que, após analisar o Puma GTB, ele haveria sugerido algumas mudanças no carro visando uma melhora no que dizia respeito à estrutura, segurança, estabilidade. A resposta teria sido negativa e isto lhe impulsionou a pensar num carro esporte que chegasse ao seu nível exigências.
Outros relatos falam em uma fila de espera muito grande para adquirir o GTB e que isto teria sido o real motivo.
Independente de qual esteja certa, o que importa é que foi o início do automóvel SM. O primeiro passo foi criar o projeto do carro e uma equipe começa a ser montada para isto. Para chefiar esta equipe o nome escolhido foi o do engenheiro Milton Peixoto.
Dentre os outros profissionais chamados temos o pintor Cici e os soldadores Antonio Alves e João da Silva. João aparece em uma das fotos soldando o protótipo. Nesta fase, em dezembro de 1975, entra para a fábrica Antônio Manuel Penafort Pinto Queirós, conhecido pelos membros do SMClube[1] como "Antonio projetista" e que possui o seu 79 até hoje totalmente original.
Sob a batuta do Dr Humberto, nasce o projeto do SM, sendo assinado por sua filha Ana Lídia. Segundo declarado pelo próprio Dr. Humberto, foram colhidas ideias de vários automóveis da época, não tendo servido de base para o SM um único automóvel.
O próximo passo a ser definido seria qual a mecânica usar. A escolhida foi a do Alfa Romeo, mas a fábrica negou a concessão para o uso. A opção então foi usar a mecânica 6 cilindros Chevrolet Opala. Para a criação do protótipo o nome escolhido foi o de Renato Peixoto. Peixoto era muito conhecido no meio automobilístico por ter trabalhado em diversos projetos de automóveis de corrida, como o Casari A2, o qual pilotou nas 1000 milhas do Autódromo de Interlagos de 1970. Pois bem, estavam unidas "a fome e vontade de comer" e a criação do SM iria começar.
Outros relatos falam em uma fila de espera muito grande para adquirir o GTB e que isto teria sido o real motivo.
Dentre os outros profissionais chamados temos o pintor Cici e os soldadores Antonio Alves e João da Silva. João aparece em uma das fotos soldando o protótipo. Nesta fase, em dezembro de 1975, entra para a fábrica Antônio Manuel Penafort Pinto Queirós, conhecido pelos membros do SMClube[1] como "Antonio projetista" e que possui o seu 79 até hoje totalmente original.
O próximo passo a ser definido seria qual a mecânica usar. A escolhida foi a do Alfa Romeo, mas a fábrica negou a concessão para o uso. A opção então foi usar a mecânica 6 cilindros Chevrolet Opala. Para a criação do protótipo o nome escolhido foi o de Renato Peixoto. Peixoto era muito conhecido no meio automobilístico por ter trabalhado em diversos projetos de automóveis de corrida, como o Casari A2, o qual pilotou nas 1000 milhas do Autódromo de Interlagos de 1970. Pois bem, estavam unidas "a fome e vontade de comer" e a criação do SM iria começar.
Um dos poucos mais de 200 Santamatilde em plena restauração |
O chassis foi desenvolvido pelo próprio Peixoto a partir das longarinas do Opala. Longarinas são vigas de secção variável montadas longitudinalmente que proporcionam rigidez estrutural ao chassis.
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