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quarta-feira, 20 de junho de 2012

DE CARRO POR AÍ, DO NOSSO COLUNISTA ROBERTO NASSER TECE CONSIDERAÇÕES SOBRE O RENAULT ALPINE, AVALIA A POLÍTICA AUTOMOTIVA ARGENTINA E LEMBRA O RECALL QUE A CITROEN FARÁ NOS MODELOS PALLAS E C4, ALÉM DE CHAMAR A ATENÇÃO PARA OS NOVOS PALIOS WEEKEND



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Coluna Nº 2512 20 de junho de 2012 

O Alpine. De novo ? 
Há veículos e tipos que ultrapassam o tempo, viram referência, ícones e pouco se dão aos passos empresariais que estragaram sua história. Alpine é um destas palavras mágicas. Na França relembra o pequeno carro local que vencia temporadas mundiais de rallye. No Brasil, associado ao Willys Interlagos, vencendo provas de velocidade.

Na França, comemora-se o cinquentenário do surgimento do A 110 – sucessor do A 108 feito aqui. E a Renault, que comprou – e acabou com a marca – resolveu fazer carro conceito para instigar a memória, chamando-o Renault Alpine A 110-50. 


Poderes de montadora, fez carroceria em fibra de carbono, pintando-a com interpretação do Azul Alpine – matiz utilizada pela marca do azul designado à França para seus carros de corrida. 

Feito sob as ordens de Jean-Michel Jallinier, ex presidente da Renault no Brasil e agora chefiando a Renault Sport Technologies, aproveita a tecnologia desenvolvida no Mégane Trophy, e o designer Yann Jarsalle interpretou o desenho conceitual traçado por seu chefe, o holandês Laurens van den Acker, fundindo-a com ícones visuais do modelo original: os auxiliares faróis Cibié Oscar cravados na então original carroceria em fibra de vidro, as tomadas laterais criadas para refrigeração do motor e, no modelo atual, para motor e transmissão. Antes traseiro, como um motor de popa, agora entre eixos. O vidro traseiro, tridimensional como de origem, copia soluções italianas e permitem visualizar o motor. O design é explicado como simples, sensual e acolhedor.

Chassi tubular, aerodinâmica cuidada para aproveitar o fluxo de ar para dar maior estabilidade. Motor V6, 24 válvulas, coletor de admissão em carbono e cerca de 400 cv de potência, atracado a caixa de transmissão sequencial, semi automática, dois discos de embreagem, seis marchas. Freios a disco na 4 rodas, dianteiros 6 pistões, traseiros com quatro. 

Base assemelhada ao Mégane: 2.635 mm entre eixos, bitola dianteira 1.680 mm e traseira com 1.690mm, aros com rodas 21”, fixadas por cubo rápido – uma rosca central, amortecedores Sachs, tratamento de condução profissionalmente esportiva, sem ABS ou EBD para os freios. Gerenciamento eletrônico por caixa Magneti-Mareli. Talvez seja produzido dentro da nova postura da Renault de existir em quatro níveis. Este seria o esportivo.

Aqui, oportunidade perdida
Designer paulistano, João Paulo Melo desenvolveu projeto factível para o re lançamento nacional do Interlagos, o Alpine A 108. Coerente, prático – o que o levou a serdesigner da Fiat – criou plataforma e aplicou o grupo motor do Mégane 2 litros e transmissão original de seis velocidades colocados entre eixos transversal traseiros. 

Sem pirações criativas, fácil de ser construído, preço de venda calculado em R$ 120 mil. Entretanto, apesar de premiado e de ser operação industrial simples, terceirizada, não foi adotado pela Renault. A fim? Veja o projeto em

http://www.cardesignnews.com/site/designers/portfolios/display/store5/item35897/

A diferença entre a releitura do Alpine francês e o brasileiro é que o de lá é festa de marketing promocional e o daqui, factível desde que existam investidores ou pressão dos revendedores instigando interesses da Renault na América do Sul.

O conceito francês do Alpine A 110-50 e, 

 ... a proposta para o A 108, o Interlagos 


Argentina quer organizar carros de pequena produção

Dois deputados, de partidos da oposição, Eduardo Amadeo, Frente Peronista, e Paula Bertol, Pro, apresentaram projeto para regulamentar na Argentina o que chamam de “Carros Montados Fora de Fábrica” – os de pequena produção. 

É consequência de ação desenvolvida pela Associação de Construtores Independentes de Automóveis na República Argentina, ACIARA, fazendo ver ao governo as perdas com as proibições baixadas no governo de Néstor, antecessor da atual Cristina Kirschner.

A Argentina vive situação curiosa porque a legislação não entende como fábricas as iniciativas pontuais de construção em pequena produção e, por isto, não licencia os produtos, exportados na quase totalidade. 

A legislação fechou talentosas iniciativas, gerando encerrar a produção da única licença para fazer Lotus Seven fora da Inglaterra, como levou ao fechamento a indústria de Oswaldo Bessia, fazendo ótimas réplicas de Ford Cobra e GT 40, e outros pequenos construtores.

Acredita-se existirá consenso entre Governo e Oposição. Observadores dizem que sim, pois a presidente quando vai à cidade de Paraná, ao norte de Buenos Aires, visita a fábrica do Pur Sang, hóspede de Leónidas Anadón, que replica Bugattis 35 com tal perfeição que a diferença entre original e cópia só é perceptível a especialistas.

La Kirchner a bordo de Bugatti Pur Sang, hecho en Argentina

Roda-a-Roda 

Melhor – 76 jornalistas especializados, de 35 países, elegeram os melhores motores. A Audi levou com o 2.5 litros, com turbo e injeção direta de combustível, atual moda mundial. Faz 360 cv e torque em torno de 45 kgmf. A Ford e seu 1.0, três cilindros EcoBoost, com a maior pontuação na história do prêmio, ganhou como Melhor 1.0 e Melhor Motor Novo.

Socorro – A Citroën tocou o alarme para consertar seus modelos Pallas e C4. Em todos podem haver problema com a vedação, provocando entrada de água no compartimento do motor, gerando incêndio. Gratuito, compulsório, hora e meia para trocar. Dúvidas? www.citroen.com.br ou 0800 011 8088.

Festa – Para festejar 110 anos de experiência com motores a Renault retornará ao Festival de Velocidade em Goodwood, a 100 km de Londres, dd 29 a 1º. de julho, um dos eventos pontuais de antigomobilismo mundial. Levará ícones do passado como Renault Maxi 5 Turbo, Alpine A110e A 443, e do presente, como os elétricos ZOE e o Twizy.

Crescimento – Os carros híbridos da Audi fizeram primeira, segunda, terceira e quinta posições nas 24 Horas de Le Mans, atualmente a mais famosa prova de resistência no mundo.

Verdade – A agencia AutoInforme realiza levantamento sobre o mercado e criou indicador próprio, o Preço Verdade – o que realmente existe nos negócios.

Registrou que pós medidas oficiais preços caíram, vendas cresceram. As maiores nacionais e a JAC foram as que baixaram maiores valores.

Limpeza – Maior encontro de motos no pPaís, o Bikefest em Tiradentes, MG, será entre 27 de junho e 01 de julho. De encontro com Harleys hoje reúne 15 mil pessoas e 6 mil motos tem organização invulgar. De reciclar lixo a zerar o passivo ambiental plantando árvores, ao oferecer cursos de segurança, e eventos: Enduro de Regularidade, Festival de Jazz, concurso de motos customizadas. Um exemplo.

Oportunidade – Aproveitando a Rio+20 a Pirelli apresentou medidas ecológicas adotadas em sua matriz italiana, e aplicadas no Brasil, como o rastreamento de carbono de seus pneus da fabricação ao fim. Em termos ecológicos, a Pirelli desenvolveu processo para produzir sílica, componente dos pneus, a partir de casca de arroz.

Ecologia – Dado alarmante nestes dias de institucional preocupação ecológica, apenas 4% dos vidros automotivos é reciclado. Os restantes 4.800.000 de quilos mensais, incluindo os para brisas com alma de plástico continuam sendo dispersados na natureza em degradação infinda.

Solução - Kleber Carreira, presidente do Instituto Autoglass, clama por tecnologia especial. No Brasil, apenas o Espírito Santo regulamenta o assunto, tema do PL 8005/2010, atualmente na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados.

Gente – Paulo Sérgio Kakinoff, engenheiro, desafio à altura. OOOO Deixou a presidência da Audi, e assume a da Gol. Dia 2. OOOO Surpresa no mercado, vinha sendo treinado para posto elevado na Volkswagen mundial. OOOO Leandro Radomile, diretor de Marketing e Vendas da Audi, promoção. OOOO Sucederá Kakinoff.OOOO 

Regulagem fina. 
Os acertos no Palio Weekend Adventure 
Criadora dos carros com aparência fora de estrada, descobridora de um sub-segmento nunca imaginado por outras montadoras, a Fiat reviu e aprimorou o Palio Weekend e o picape Strada. Focou em conteúdo mais rico, praticidade, instigou o uso de itens de segurança, através do HSD, pacote com air bag duplo e freios ABS com gestor EBD.

Interessante observar na linha Weekend o foco fino na clientela. A Adventure, mais desejada das versões, com maiores habilidades a andar em pisos ruins, amplia sua divisão: três motorizações atuais – Fire 1.4; E-torQ 1.6 16V e 1.8 16V. Mantém as versões Attractive e Trekking. E, para conquistar novos clientes, aplicou itens de conforto para uso urbano, como o câmbio automatizado Dualogic, um descanso no pára-e-anda nas cidades. 

Para o mesmo usuário, foi ao extremo do ajuste: mudou a rodagem. Substituiu as rodas de aro 15”, e pneus radiais de uso misto cidade e campo, e laterais elevadas, por outras, de aro 16” e pneus urbanos, com perfil mais baixo. Consequência, sensível ganho de dirigibilidade e um rodar mais confortável aos apreciadores da aparência, dos equipamentos, mas que não usam o Adventure fora do asfalto, dispensando os pneus capazes de tracionar no barro.


Para os que aproveitam as habilidades superiores em uso fora da estrada, mantém a exclusividade do sistema Locker, bloqueador que evita o patinar das rodas dianteiras, ótimo e exclusivo auxílio em veículos deste porte.

Weekend Adventure, mais conforto nas cidades, novos clientes.

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