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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ALFA 4C ESTÁ EM TESTES NO BRASIL. É UM ESPORTIVO COM MOTOR 2.0 DE 320 CV. ROBERTO NASSER COMENTA NA COLUNA EM QUE ADIANTA OS CARROS QUE ESTARÃO NO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE SÃO PAULO, EM OUTUBRO, HYUNDAI ANUNCIA MARCA DE LUXO, A MESMA QUE ANUNCIOU QUE O SEU VELOSTER TINHA 140 CV, MAS, MEDIDOS, NÃO PASSA DE 120 CV E PAROU DE IMPORTAR O MODELO.



Coluna nº 0814 - 19 de Fevereiro de 201
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De Fiat, Jeep e Alfa
Alfista Casé me ligou: o 4C está no autódromo! Fui tomar chuva na tarde de domingo. Lá, um comboio no circuito brasiliense: Freemonts, Iveco RAM, caminhão tanque para combustível, três protótipos como os mostrados pela Coluna 0514

Dois engenheiros da Fiat Brasil, técnicos e mão-de-obra local, e o Alfa 4C. Este projeto de brilho desenvolvido em tempo recorde, aqui já explicado, é esportivo, motor entre-eixos traseiro, 1.8, 240 cv, transmissão automatizada com duas embreagens e seis velocidades.

Muda tudo
A camuflagem mascarava os carros para testes. O grande furgão azul é da nova geração de Ducatos para o mercado norte- americano, lá vendidos como Ram – marca Dodge. 

Dentre os produtos, o conhecido Alfa 4C e os demais com base no Fiat 500 e plataforma maior, a L, que no México dá base ao 500 quatro portas. 

Um deles será produzido como Jeep em Goiana, PE, pequeno utilitário esportivo. Protótipos estrangeiros, porém, com intervenções da Fiat Brasil em traços, adequações e acertos para enfrentar mercados agrestes. O know how da Fiat Brasil é invejável neste quesito.

Os veículos rodavam em constância, sem emoção. Disse-me uma das fontes incomodadas no Domingo, não era teste dinâmico, mas de resistência, para somar quilometragem. 

Com equipe italiana carros tem rodado nas estradas brasileiras, e seus motores exudam três vibrações diferentes, de 1.6, 1.8, e pequeno diesel. 

Outro incomodado dominical lembrou, os carros serão feitos em Goiana e em Melfi, na Itália.

Diesel, aqui?
Outro consultado escorregou na resposta quando indaguei se, pelo fato de a legislação brasileira permitir o uso de motor diesel em veículos com tração nas 4 rodas, o teste no Brasil do futuro Jeep com pequeno motor diesel, significaria tê-lo em nosso mercado. 

Contestou com fraca veemência, permitindo imaginar sua produção – além das unidades para exportação à América Latina, pois a usina brasileira será polo de remessa a outros países.

Mais
Curiosidade na avaliação do Alfa 4C, produto promocional, feito para manter a marca Alfa Romeo no noticiário, enquanto a Fiat não apresenta um plano para a marca, hoje restrita aos modelos MiTo e Giulietta – de vendas em queda.

Série inicial, definida em 500 unidades, o interesse logo ampliou-a a 1.000, limite para encerrar, como ocorreu com outros Alfa promocionais, os 8C e 8C Cabrio.

O 4C foi apresentado no Salão de Genebra, 2011, e provocou celeumas e encomendas, muitas. 

Em 28 meses, o grupo Fiat viabilizou produção na fábrica Maserati, mesclando o fornecimento externo do chassi em fibra de carbono, e construção doméstica do motor 1.750 de quatro cilindros, injeção direta, turbo, fazendo quase 250 cv movendo peso de 900 kg, e da transmissão automatizada.

Fatores exógenos mudaram os planos. A inimaginada demanda, demonstração de apreço e interesse pela marca, o adiamento de anúncio sobre os planos de negócios para a marca Alfa Romeo, o rendimento, a condução sanguínea, sem frescuras freando a esportividade – e o preço, igual ao de Toyota/Subaru e Porsche Boxsteraceleraram as encomendas, elevando produção a 3.500 unidades anuais, capacidade da fornecedora dos chassis.

A curiosidade do teste de resistência é o novo motor, quatro cilindros, 2.0, 16 válvulas, injeção direta e turbo alimentador, gerando 320 cv, de possível anúncio no mesmo Salão de Genebra, próximo mês, junto com as boas notícias da ampliação da capacidade produtiva dos fornecedores.

O piloto italiano aos comandos não dirigia competitivamente, fazia-o com cuidado e afastando riscos. 

Ao seu lado, outro, on line com a fábrica transmitia dados de reação do automóvel quanto a pressão atmosférica, umidade do ar, rugosidade do asfalto, irregularidades. 

No 4C, além do motor mais sonoro, chamava atenção a rapidez na troca de marchas.

Sem papo o comboio deixou Brasília e, segundo fonte qualificada, média na hierarquia do transporte manual de malas em hotel, foi-se à beirada mineira do Rio São Francisco. Após, Betim e porto.


Futuro Jeep pernambucano terá versão diesel


Alfa 4C testa motor 2.0, 320 cv. (fotos R Nasser)

Mercado, novidades
Ano atípico: fevereiro pleno, Carnaval em março, Copa do Mundo, em junho, eleições e Salão do Automóvel em outubro, eventos suspendem lançamentos e detém o mercado. 

Assim não se podem esperar vendas recordistas – exceto carros comprados com recursos de caixa dois aplicados em campanhas eleitorais, e os caminhões, ônibus, tratores, moto niveladoras oferecidos pelo governo federal como mimos a prefeitos. 

Resultado, lançamentos se agruparão em abril/maio e julho/outubro, limite ao Salão do Automóvel –, e todas as novidades surgirão antes da mostra. 

Parte do que vem por aí:

Linea 2014 e meio
Quem não tem produto novo, faz festa com versão. Líder há 12 anos, a Fiat encara grande desafio: manter posição, vendas e lucros para reforçar o caixa da matriz italiana, e criar atrações sem ter produtos novos – hoje, tempos, recursos, talentos, totalmente dedicados aos produtos a ser feitos no condomínio industrial em implantação em Goiana, PE.

Sem produtos novos, a Fiat mostrará o Linea 2014 e 1/2. Mudanças na dianteira, interior, painel – e motorização contida no 1.8.

Maior novidade, mudança de posicionamento do mercado. Deixará de apontar para o Honda Civic – sem chances pela menor distância entre eixos. E focará sobre outro Honda, menor, o City. Dimensões atualmente assemelhadas. 

Neste, 4,40m em comprimento e 2,55m entre-eixos, mas a próxima geração, a surgir até o final do ano, a medida crescerá 6 cm. 

No Fiat, respectivos 4,56m e 2,60m. A alteração deve reduzir preço. O City, motor 1600 cm3, 115 cv, transmissão automática de 5 velocidades, topo da lista, sugeridos R$ 64.000. Versão inicial, transmissão mecânica, R$ 50.000.

Linea 2014 e meio será assim – como o modelo turco


Renault Sandero
Mudanças prontas para renovar o modelo. Alterações usuais, frente, traseira, grupos ópticos. Para contemporizar despede-se com a Série Tweed. Em abril.

Lentoster, o fim
Indica o Hyundai Veloster. Linhas polêmicas, talvez provindas de pesadelo em estudante não aprovado em vestibular de design

Não é veloz, como sugere o nome e mentiam anúncios de lançamento atribuindo-lhe 140 cv de potência - tinha 120 cv. 

Agrada ao mundo Funk, mas sem futuro na vida real. Fim de importação anunciada por Antônio Maciel, presidente da distribuidora CAOA, executivo provado e festejado, hábil em fazer limonadas. Importação  parou.

Corolla, careta
Na alternância de liderar vendas no segmento, a Toyota, em segundo lugar, quer assumir a frente do Honda Civic com o novo Corolla. 

Perdeu a ocasião de impor ritmo no setor, ao optar pelo modelo europeu, desenho morno, sem personalidade, sugerindo simbiose entre Hyundai e Honda Accord. 

Versão EUA, marcante, tem mais estilo, coragem, atrevimento. Logo pós Carnaval.

Pimenta
Fiat importará versão Abarth do 500. Atrevido, estrutura mecânica – freios, direção, suspensão – adequada à performance obtida no combinar veículo leve com 160 cv, gerados pelo motor T-Jet 1.4, o 1.400 cm3 turbo. Transmissão Aisin. Abril. (Não é mineira, e Aisin num é fio do Aí, dono de ficina grande.)

Fords
Três novidades básicas: Ka Concept hatch e sedan, em maio e julho. E jipe Troller totalmente mudado, desenvolvido sobre plataforma de picape Ranger. Início de produção em abril e vendas em julho.

Bons resultados e próximos carros da Renault
Balanço mundial da Renault e início do fim do ciclo “Mude a Direção”, mostra surpresa: superou o fluxo de caixa acumulado, entesourando 2,5 bilhões de Euros. 

Cresceu a internacionalização vendendo 50% de sua produção fora da Europa – em 2010,
eram 38%. Brasil é seu segundo mercado, Rússia terceiro.

Metas para 2017 – faturar 50 bilhões de Euros; margem operacional de 5%; fluxo de caixa livre positivo a cada ano. 

Resultados atestam foco acertado, incluindo produtos: o novo Clio – três gerações à frente do aqui vendido -, número 1 da França e 3º. na Europa; pequeno utilitário esportivo Captur, mais vendido na França e 1º no segmento na Europa. E cumpriu a promessa de ser bom partícipe do mercado de carros elétricos.

De produtos, sucessores para a van Espace; Scénic; Mégane, todos em plataformas a servir à Renault e à Nissan. 

Na América Latina, o suv Captur, carro menor, de entrada – no espaço do Clio -; picape sobre o Duster – aqui anunciado antecipadamente. E picape concorrente a Toyota Hi Lux, GM S 10, Ford Ranger, VW Amarok – um Nissan Frontier com cara de Renault. 

Na Europa, pretensões: ser segunda mais vendida, fazer sub-marca Dacia, liderar sua classe.

Roda-a-Roda

Mais – Em projeto de crescer nas vendas mundiais e tendo os EUA como escada necessária, Hyundai anunciou criar nova marca de luxo. Motor dianteiro e tração traseira, concorrendo com BMW, Mercedes, Cadillac ATS.

Idem – Como Hyundai novo utilitário esportivo, pequeno, abaixo do Tucson – no Brasil dito I35 -, concorrente de Honda Vezel – aqui antecipado mundialmente, será o EcoSport da Honda, sobre plataforma do novo Honda Fit.

Fundo – Montevidéu é o cenário utilizado para as tomadas do divertido filme de apresentação do up!

Como cá – Ante a consciência da incapacidade da estrutura oficial em remover toda a neve entupindo ruas e impedindo circulação, a população dos EUA quer colaborar. 

Nova geração do picape F 150 terá opcional para remover até 220 kg de neve em cada arrastada.

Dúvidas – A adesão da chinesa Donfeng e do estado francês ao leque de acionistas da PSA – Peugeot Citroën, em finalização, preocupa segmentos da economia francesa. 

Alegam, os freios estatais tendem a imobilizar a companhia. Além do governo francês, o chinês controla a  Dongfeng.

Questão – Balanço da AvtoVAZ, maior fabricante russo, registra perda de US$ 196 milhões e queda de vendas em 19%. 

Com a união Renault-Nissan assumindo o controle, haverá o nunca visto em empresa quando estatal: 2.500 demissões.

Evidência – Início de vendas da sino-uruguaia Geely no Brasil faz-se por pequena rede, maioria dividindo espaços nas revendas Volvo.

Opção - A Geely é dona da marca sueca e a postura alivia os concessionários. Sem fábrica no Brasil, os Volvo sofrem imposição de adicionais 30% de impostos, declinando vendas, nublando o futuro.

Gato – Quem não tem cão, caça com gato. Sem rede de postos de combustível, francesa Total criou a Troca de Óleo Rápida. 

Opera em centros automotivos e, na troca, conferem 15 itens dos veículos. Líquidos, palhetas do limpador de para brisas e extintor.

Visão – Patrocínio de escola de samba não é novidade. Mas a Nissan inovou em seu apoio à carioca e famosa Salgueiro. 

Quer mesclar e trocar conhecimentos de design, projeto, logística, entre a preparação de uma Escola e de um automóvel.

Identidade - Levou carnavalescos à área de projetos, na Califórnia, e trouxe de lá designers para se enturmar na escola de samba. Diz, todos têm a ganhar. Quatro filmetes no Youtube: 

A Nissan, aquecendo a produção, quer ser a maior japonesa no País.

Solução? – Francisco Nicolas Lopes Filho, engenheirando de produção da Faculdade Anhanguera, criou vaporizador elétrico para combustível. 

Diz, capaz de reduzir consumo e emissões em números fantásticos – entre 20 e 30%. 

Permite o aumento da taxa de compressão a 20:1, otimizando o ciclo, resultados, cilindrada e volume do motor. Em processo de patenteamento.

Ocasião – Presidente do Sest/Senat, Senador Clésio Andrade, mandou desenvolver projeto para formar 50 mil novos motoristas para caminhões e ônibus. 

Inclui despesas para obter a Carteira Nacional de Habilitação a jovens com renda familiar de até três salários mínimos. Mais? www.sestsenat.org.br ou pelo 0800 728 2891.

Antigos – Mais divertido, familiar e nivelado evento antigomobilístico, o Pé Na Tábua – o piso dos carros antigos era em madeira ... – realizado em Franca, SP, último final de semana, reuniu recordistas 65 automóveis e motocicletas. Uma alegria, dois dos veículos – Fords T 1909 e 1913 – tinham mais de um século ...

Tri – Tri campeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet, sempre focado, preparou-se para vencer, e o fez pela terceira vez a bordo em baquet Lincoln de 1927. 

Conduz com elegância aos concorrentes, sem disparar na frente. Tentar bater Piquet provoca grandes preparações e desenvolvimentos de tecnologia por outros concorrentes.

Família – Mais novo Piquet nas pistas, Pedro Estácio, 15, foi de Ford Roadster, e motor Ford V8. 

Ganhou na categoria Modificados – em tempo melhor ao do pai tri campeão: 37s29/100 x 39s42/100 no circuito de 1.400m.

Pedro, mais jovem dos Piquet, recordista no Pé na Tábua


Devagar – Equipe Uai, de Uberaba, vitoriou na prova da Marcha Lenta – anticorrida, ganha o mais lento para percorrer 100m. No caso, 1’18” – uns 10 km/h.

Gente - Adriano Resende, marqueteiro, mais trabalho. 

OOOO Além de diretor da marca Jeep para a América Latina, será diretor de marketing do Chrysler Group do Brasil. 

OOOO Negócios de Chrysler, todos sabem, é com sua controladora integral, a Fiat. E lá se trabalha - muito.


OOOO Carlos Tavares, português, executivo, desafio - grande, enorme. 

OOOO Deixou a segunda posição na rentável Renault e assume a primeira na crítica PSA Peugeot Citroën.

OOOO Deve localizar e comandar o porto de vitória, cruzando mar proceloso entre o vermelho atual, a sociedade com direito estatal da Dongfeng chinesa e o governo francês, e empréstimos bancários. 

OOOO A PSA tem bons produtos, bons planos e precisa de bom comandante para chegar a bom porto. 

OOOO Tavares nasceu em Lisboa, correu em automóveis, formou-se na França, fala quatro idiomas, conduziu a Renault e a Nissan nos EUA. 

OOOO Dizem velhos conhecidos que ele, como vitoriosos navegadores e conquistadores portugueses, em caso de dúvida toma ares na corrente fria e úmida do Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. 

OOOO Cabral e Vasco da Gama turbinavam-se assim. 

OOOO Camões dizia ser o ponto onde acabava a terra e começava o mar - nada como visão poética. Netuno certamente diria o contrário. 

OOOO Imagem proposital, Tavares tem oceanos de problemas e desafios à frente.

OOOO Sucesso, ó pá. Que o novo emprego seja porreiro.
____________________________________edita@rnasser.com.br  
    

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