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quarta-feira, 18 de junho de 2014

A MERCEDES-BENZ TEM UMA LONGA HISTÓRIA DE PRODUÇÃO DE BELOS E BONS CARROS E ALGUNS DELES FORAM USADOS EM FILMES E SERIADOS DE TV, COMO O "CASAL 20", O MODELO 25OT.




“Hart to Hart´s Fleet” 

Por Ricardo Caffarelli



O Mercedes Touring mais um carro do seriado "Casal 20", um 250 T - 1980



Em meu último artigo, escrevi sobre a Mercedes 500 SL, 1980, vermelha, o primeiro ano do novo motor V-8, 5.000cc de alumínio e que gerava 240 cv, potência que deixou o carro bastante rápido, a ponto de assustar os menos experientes. 


Aproveitando o embalo do seriado Casal 20, resolvi falar sobre outro carro da frota dos Hart que aparece muito na série, muitas vezes guiado pelo personagem carismático Max, o empregado dos sonhos (mordomo, motorista, jardineiro, cozinheiro, segurança e muitas outras funções que não me recordo agora).



Brincadeiras à parte, o ator Lionel Stander (1908-1994) é merecedor do sucesso alcançado, tendo ganhado diversos prêmios na tv americana, não esquecendo é claro dos protagonistas Robert Wagner e Stephanie Powers.

Mas vamos ao automóvel, um 250 T série W123, que tivemos durante um período, foi produzido entre 1976 e 1985 e atingiu a expressiva quantidade de 2,7 milhões de unidades (199. nos diversos modelos (coupé, sedan e touring) e possuía diversas motorizações a gasolina e a diesel. 



Foi um dos maiores sucessos da Mercedes-Benz. Os modelos a diesel merecem um capítulo posterior, pois foram os melhores automóveis de passeio a diesel que o mundo conheceu na época. 

Tivemos um 300 D (Sedan, quatro portas), chegamos a andar em um 240 D automático muito novo, mas mais lento que uma tartaruga manca, e sonhamos mas não realizamos o sonho de ter um 300 SD Turbo Diesel (com 125 cv). 



Não sei se era tão rápido assim, mas a expressão turbo escrita na tampa da mala impressionava naquela época.

O nosso era um 250 T bege, ano 1980. Seu interior era confeccionado com o famoso MB-Tex (tipo de tecido exclusivo da Mercedes-Benz) na cor que apelidamos de verde “caquinha”. 


Falando assim parece que estamos desmerecendo, era esquisito ao primeiro olhar, mas depois acabamos nos acostumando e achando até bonito. 


Se o SL era o carro para o solteiro ou casal sem filhos, esse aqui tinha uma vocação nitidamente familiar. Foi a primeira perua da Mercedes e com ela os engenheiros projetaram inovações usadas até hoje.

Reparem por exemplo no rack superior. Fino, elegante, procurando não comprometer muito a aerodinâmica.




O que falar então do assento extra, traseiro, escamoteável sob o assoalho da mala, com direito obviamente a cinto de segurança de três pontos e tudo mais?

A suspensão não ficou de lado na hora do projeto. Além de ter a suspensão independente nas quatro rodas a traseira era auto-nivelante. Botou peso, ela compensava a altura mantendo o carro ainda mais estável nas viagens.



O nosso possuía um bom motor seis cilindros em linha (type M123, uma versão um pouco menor do famoso M110 de 2.800 cc), porém, de comando de válvulas simples na cabeça, duas válvulas por cilindro, produzindo bons 140 Bhp a 5.500 rpm. 

O bom torque de 20.3 kg/f a 3.500 rpm associado ao bom câmbio mecânico conferia alguma agilidade ao modelo familiar. 

Não encontrei muitos dados sobre o desempenho, mas a velocidade máxima era de 185 km/h e ia de 0 a 100 km/h, acredito que em algo em torno de 12 segundos.



Equipamentos como ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, travas pneumáticas, freios a disco nas quatro rodas, regulagem de altura dos faróis e até um grande teto solar elétrico estavam presente. 

Não o nosso modelo, mas modelos um pouco mais recentes já tinham como opcionais freios ABS e air-bag para o motorista, a partir de 1982.



Não era um carro muito beberrão, não. Apesar de ser carburado (solex corpo duplo), na cidade, fazia algo em torno dos 8 km/l, tanto que usamos muito no nosso dia a dia essa perua.

Com aspecto bem robusto, ela tinha, quando a compramos, algo próximo de 80.000 km e rodamos uns 30.000 km pelo menos, mas a impressão é de que rodaria fácil 500.000 km, sem maiores problemas.



Tanto que vendemos para um amigo que usou-a por mais um tempo e gostou tanto que trocou por outra, modelo mais novo W124.

Até hoje não sei porque meu pai na época se desfez desse Mercedes, tenho a impressão que foi mais aquele pedido de compra do que desejo de vendê-la. Nunca mais a vi. Por onde será que anda esta bela senhora?

Espero que tenham gostado e até à próxima.

Um abraço.



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