A previsão de desembolsos inclui a BR-153, entre Tocantins-Goiás, que já está na fila dos leilões.
O BNDES tem respondido por 70% dos recursos previstos para as obras rodoviárias. A carteira do banco envolve 38 projetos em rodovias. São quase 6 mil km de estradas.
O aporte total do banco para os projetos de rodovia pode chegar a R$ 14,8 bilhões e o investimento previsto das empresas privadas chega a R$ 27,4 bilhões.
O presidente do banco, Luciano Coutinho, já havia anunciado no ano passado que nos próximos cinco anos seriam investidos R$ 70 bilhões para a melhoria e modernização das rodovias federais.
A participação do BNDES no financiamento à infraestrutura passou de 18,4% em 2003 para 35,4% em 2012, com pico de 43,7% em 2009, ano da crise econômica mundial.
De 2003 a 2013, os desembolsos do Departamento de Transporte e Logística do BNDES cresceram à média de 36% ao ano.
"A tendência é que os investimentos do departamento continuem crescendo nos próximos anos, mantendo a trajetória registrada na última década. A ênfase é o financiamento de projetos privados", diz Edson Dalto, engenheiro do Departamento de Transportes e Logística do BNDES.
Este ano, o banco deve desembolsar R$ 12,2 bilhões em projetos de logística.
Desse montante, R$ 3,8 bilhões serão para rodovias, R$ 2,4 bilhões irão para portos, R$ 2,6 bilhões para aeroportos e R$ 1,7 bilhão para ferrovias.
No ano que vem deverão ser mais R$ 17,1 bilhões. Para as cinco rodovias já licitadas a previsão de desembolso para os próximos cinco anos chega a R$ 26 bilhões.
No ano passado o desembolso geral foi de R$ 9,5 bilhões. Desse total, as rodovias ficaram com algo em torno de R$ 2,2 bilhões. Para as ferrovias estão reservados investimentos em 29 projetos.
O banco deve entrar com R$ 14,2 bilhões e os investimentos previstos chegam a R$ 30,3 bilhões.
Em portos são 40 os projetos com R$ 7,8 bilhões do BNDES e investimentos previstos de R$ 15,5 bilhões.
Outros R$ 6,5 bilhões do banco se destinam a 11 projetos em aeroportos e transportes aéreos (financiamento empresas aéreas), que têm investimento previsto de R$ 11,2 bilhões.
Nas rodovias, a participação média do BNDES é de 55%. Nas estradas incluídas no PIL pode chegar a 70%.
O restante é coberto pelos recursos das empresas e por outra modalidade de captação das empresas com a emissão de debêntures.
O BNDES tem três modalidades de apoio aos projetos de modernização das estradas: o financiamento direto, no suporte à emissão de debêntures pelas concessionárias para a captação de recursos e eventualmente na aquisição de ações das empresas concessionárias.
Agora, busca atrair a participação de bancos privados para que eles sejam repassadores de recursos da instituição.
Há possibilidade de parceria em financiamentos indiretos, em que o BNDES reparte os recursos para outras instituições, e de cofinanciamento, em que parte do dinheiro sai também das outras parceiras.
O BNDES tem apoiado ainda projetos de construção, ampliação e recuperação de rodovias estaduais. O desembolso do banco chegou a R$ 1,64 bilhão no ano passado para obras de unidades da federação.
Elas representam 65% do total desembolsado pela instituição. São Paulo captou 94% dos recursos e o Paraná os outros 6%.
Para as concessões de rodovias federais foram liberados outros R$ 778 milhões, que atingem 31% do volume de recursos.
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