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quarta-feira, 23 de julho de 2014

TROLLER ESTÁ DE CARA NOVA, MOTOR POTENTE DIESEL DE 200 CV E CUSTA MAIS DE R$ 110 MIL. MAS NÃO CONTA COM AIR BAGS. A JAC MOTORS TRAZ PARA O PAÍS O T5 PARA CONCORRER NO MERCADO NA ÁREA DOS SUVS COREANOS. SERÁ APRESENTADO EM OUTUBRO NO SALÃO DE SÃO PAULO. E MUITO MAIS NA COLUNA DE NOSSO ROBERTO NASSER


Coluna nº 3.014 - 23 de julho de 2014 
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Troller novo, o design é ótimo. 
Mas a segurança...

Empresa à qual a Ford não empresta sobrenome apesar de deter todas as suas cotas, Troller apresentou seu jipe em mudança total. 


Doses homeopáticas de informação, desde mostrado como protótipo há quase dois anos, no Salão do Automóvel de 2012. 

Demora, diz-se, pela extensão nas mudanças – chassi, carroceria -, e método produtivo. A Ford alterou o fazer da carroceria em compósito de plástico reforçado com fibra de vidro, criou estrutura, reviu processos, aumentou a capacidade produtiva a 3.000 unidades/ano por turno de produção, na reformulada fábrica recebida com o negócio, em Horizonte, CE.

Melhor, pior

A Troller passa pela melhor dificuldade na área dos veículos: ser exclusiva. Sem concorrentes, finda a produção do Stark, iniciativa catarinense transferida para o mesmo Ceará, pode impor preços à sua vontade, sem concorrente incômodo. 

Aliás, cita o Jeep Wrangler, descendente do original, distante por ser importado, motor V6 a gasolina, de superior rodagem. 

Esqueceu o Suzuki Jimny, valentia assemelhada e maior conforto de rodagem – pela metade do preço.

Talvez pela solidão, enzimatizada pela política da controladora Ford, de aumentar em 20% o preço dos modelos que substituem os antigos, tenha escrito o valor do Troller básico em R$ 110.900 – o antes R$ 98.800.

Mudaram desenhos da carroceria e o comercial. A parte visual é da área de bom design da Ford, personalista no EcoSport, caminhões Cargo, novo Ka. 

Os contornos comerciais da operação passam não apenas pelo preço mais elevado, mas pelo fato de vender o jipe com ar condicionado digital, CD MP3 player, vidros e espelhos elétricos, teto solar duplo em vidro, rodas leves de 17”. 

É o básico chic, para o qual projeta, compradores aplicarão ampla linha de acessórios por ela desenvolvido.

Segundo diz, o Trollista, Trolleiro, gasta em média 15% do valor em personalização. Assim, em vez de agregá-los dentro da ampla margem de preço, irá oferecê-los com preço adicional – itens de utilidade como as placas de proteção inferior, ou o snorkel, a tomada elevada para o filtro de ar.

Deve ter razão em tal contra senso. Afinal, há snorkels com aspiração em altura superior à cabeça do motorista permitindo o inimaginável: o motorista morrerá afogado, mas o Troller controlará, impávido, sem aspirar água capaz de matar o motor…

Base
A Ford desprezou o chassi do Troller anterior, e o do picape Ranger, de que apropriou a parte mecânica – motor, câmbio, freios. 

Deste, não aproveitou o diferencial dianteiro com semi-eixos articulados, ou sua suspensão por balanças e barra de torção, optando por eixo frontal rígido com molas helicoidais na extremidade. 

E fez chassi próprio, com longarinas fechadas – a grosso modo resistente escada com degraus.

A carroceria inova o trato do GRP, no Brasil, dito fibra de vidro. Não é moldada em mantas ou aplicada por pistola com picador, mas por placas moldadas em prensas. 

Uma placa, como se fosse plástico de engenharia, com medidas pré definidas é cortada e entra numa forma, onde já estão peças de metal para reforço – para fixação de dobradiças, por exemplo, evitando que os parafusos promovam cisalhamento da fibra. 

Aquecida, é pressionada, absorve os reforços metálicos, toma forma, e sai com superfície lisa, adequada à pintura, dispensando lixar, emassar, corrigir.

Para estruturar a carroceria, criou-se sub estrutura em tubos e painéis de aço.

Os eixos foram levados à extremidade do chassi, oferecendo maior espaço. Entretanto a ergonomia não é boa. 

A alavanca de marchas exige esticar o braço, e o entrar e sair do banco traseiro é manobra apertada.

Dicotomia
A exclusividade no mercado permitiu à Ford criar um básico chique, bem equipado, e com habilidades de pouca utilização. 

Será bom para ostentar capacidades, ir ao shopping, entregar ao manobrista do restaurante. 

Mas falta simplificar-se muito para ser carro de trabalho, de arrancar toco na fazenda, de engatar o reboque para colheita na grota, ou rebocar o transformador até a grimpa do morro, puxar o caminhão carregado e atolado, estas mazelas nacionais tão vivas.

Da mesma maneira o básico chique não atende à cimeira do mercado, plataforma da qual ocupantes exigem a não opcional transmissão automática.

Na mesma situação estão o acionamento da tração nas quatro rodas e a redução do câmbio. 

Se os compradores se diferenciam entre os que nunca utilizarão o equipamento – até porque na maioria das vezes sequer sabe sua utilidade -, e os sabedores usuários, que não querem e não confiam no sistema à base de botões, relês, sensores, fios, terminais, módulos, enorme fieira de intermediários intérpretes entre a demanda por engrazamento, e seu atendimento. 

Sistema antigo de jipes, intransigente com a masculinidade do uso, não concedia trocar o engate por alavanca por soluções boiolo-tecnológicas. Na hora da responsabilidade nada substitui o cloc e o clec do engate direto.

Temores
Corajoso quem, na Ford, mandou suprimir as bolsas de ar em nome da economia pela interpretação legal. 

Jipes, segundo diz a Troller, estão dispensados da obrigatoriedade. Entretanto a incorporação dos freios a disco nas quatro rodas, com ABS e seu gestor EBD de preço muito superior, deu-se em função da responsabilidade civil ante o brio da disposição.

A questão é, apesar de aparecer no mercado em 2014, sua estrutura mecânica lembra a dos pioneiros Jeeps: elevada altura e centro de gravidade, suspensões por eixos rígidos. 

Em 1941. Entretanto, o pequeno motor de 60 cavalos mal o levava a 100 km/h, com aceleração letárgica. 

Hoje, o motor Ford diesel, 3,2 litros, 200 cavalos de potência e 47 kgmf de torque, e o pacote de independência e liberdade implícito a este tipo de veículos, permite acelerar rápido e sua velocidade máxima, cortada a 165 km/h, são dados de perigo.

Novo Troller. Bonito, caro - e perigoso.

T 5, o Tucson da JAC
JAC se prepara a ano sabático. Razões, redução de vendas de importados, reduzindo o fluxo de caixa para a construção de fábrica na Bahia - hoje, apenas a terraplanagem está pronta -; rearranjo com a chinesa social JAC, passando 2/3 da operação industrial para terminá-la; manterá exclusividade para distribuição. 

O empresário Sérgio Habib, o empreendedor brasileiro, aposta em novidade para assinalar boas vendas, em 2015. Uma delas, o T 5.

É, na China, onde produzido, identificado como S 5. Aqui será chamado T 5. É utilitário esportivo de linhas e volumes atualizados, bem decorado internamente, com realce a molduras e contornos cromados. 

Tem o porte dos vitoriosos coreanos Hyundai I35 e Kia Sportage. Mecânica padrão no setor, quatro cilindros L4, 2,0 litros de cilindrada, 16 válvulas, potência entre 155 e 160 cv, operação flex. Série inicial, transmissão mecânica.

O foco comercial reside na oportunidade da previsível fim da montagem do Hyundai Tucson, arrastando as correntes no telhado, e na comparação com outros chineses com morfologia idêntica, como o Lifan, menos potente, com motor 1.8, e o Chery Tiggo, cansado em linhas.

Primeiras unidades iniciam testar para aprovação e homologação administrativa pelo governo federal. 

A frota fotografada estava reunida num concessionário JAC em Brasília, com avaliadores chineses, durante a Copa. Apresentação final de setembro, para estar exposto no Salão do Automóvel, S Paulo.


T 5 JAC para ocupar espaço do Tucson.


Roda-a-Roda


Visão – Após a Mercedes exibir caminhão capaz de condução autônoma nas estradas, a Nissan promove variáveis: automóvel apto a se orientar em estradas, e criar estacionamentos automatizados. Diz, viabiliza em quatro anos.


Reinício – Periclitante, a junção de Peugeot e Citroën deu enorme guinada condutiva: tirou os herdeiros, contratou Carlos Tavares, vice da concorrente Renault, implantou plano corajoso de cortar custos, vender, elevar marcas.


Bom começo – As vendas reagiram mundialmente 5,5% no primeiro semestre. Mais 11,7% na China; 12% na Europa. América Latina, mercado promissor, afundou: - 26,8%. Argentina e Brasil, sustentáculos, em crise de vendas.


Aqui - Posição será cortar produtos – o picape Hoggar foi-se; baixar despesas; sair das faixas rasteiras, promover vendas dos melhor equipados, incluindo a nova marca DS.


Potência – Ao findar as 20 unidades restantes do Bugatti Veyron, da série de 450, a fabricante francesa controlada pela VW, fará sucessor mais potente e híbrido, unindo dois motores W8 produzindo acreditados 1300 cv para ser o esportivo mais potente. Mix será de 300 gts e 150 conversíveis.


Mais - Outro dado molda novo Mustang: motores definidos entre L4, 2,3, turbo, 314 cv de potência, 44,2 kgfm de torque, e V8 5,0 litros 441 cv e 55,3 kgfm.


Muda - Projeto atualizado, suspensão independente nas 4 rodas, carroceria com estrutura de baixo peso, aços de elevada resistência e uso de alumínio para reduzir peso. Vendas mundiais.


Descendo – A Venezuela caiu 80% nas vendas de veículos no primeiro semestre de 2014, comparado a 2013. 

No descenso rápido, a terceira produtora na América do Sul em 2012, hoje é a nona. Produção anti industrial: 1.000 carros/mês. Economia em crise.

Latinidades – Mal comum: populismo, despreparo, faltam conhecimento e, experiência, sobram discurso e pressão política. 

O ditador Maduro poderia ser bom motorista de ônibus, mas como condutor do país é abaixo do mínimo.


Aprendemos todos. Papo não substitui o conhecimento e quebra galho não supre diploma.


Mais – Chery, fábrica chinesa em implantação, em Jacareí, SP, marcou data para apresentar-se: 28 de agosto. Já funciona.


Foco – Apostando em conteúdo a Citroën deu um up no bom sedã C4 Lounge. Incrementou equipamentos, multimedia em tela de 7”, ar bi zona, rodas em liga leve e aro 17“. 

Motor THP turbo+câmbio automático 6M representam 65% do mix. Quer elevar a 70%. R$ 76.690. Projeto é refinar os projetos.


Dirija. É extremamente agradável.


Gasolina – Petrobrás encerrou produzir a Supra. Em seu lugar a Grid. Também aditivada para reduzir atrito no movimento dos pistões e corante verde para diferenciar. 87 octanas.


Obrigação – Não é generosidade, mas obrigação legal. A nova gasolina, com 50 ppm de enxofre deveria estar em produção há tempos, mas a Petrobrás, fornecedora de todas as marcas postergou, como o fez com o diesel S10. Mesmo preço.


Idem – Mudada a base, a Shell incrementou o percentual de aditivo antifricção de sua V Power para diferenciar-se da concorrente Petrobrás Grid. Agora é V Power Nitro+


Mais um – Mercado em expansão o de picapes e utilitários esportivos instiga fornecedores. 

Bridgestone apresenta novo pneu radial Dueler A/T Revo 2, para dupla aplicação, no asfalto e fora dele. Nas medidas 255/70R 16; 175/70R 14; 265/70R16; 235/70R16 e 205/65R15.


Ocasião – Você é moça, bonita, leva jeito para pin up, aquelas moças rechonchudas, com roupas justas – ou não -, usualmente identificadas com carros norte-americanos dos anos ’50, ’60, hot rod, etc?


O que – Se a fim, cadastre-se. O Curitiba Motor Show, 16 e 17 de agosto, fará concurso, dará R$ 1.000 de prêmio, ensaio fotográfico com Fabiano Guma, publicado na revista Rod&Custom. 


A fim ? (www.curitibamotorshow.com.br) ou (https://www.facebook.com/ctba.motorshow)


Registro – As montanhas de dinheiro gastos no colar imagem no futebol da Copa do Mundo, tem resultado apurado pelo índice YouGov BrandIndex: as marcas Kia e Itaú foram as de maior percepção no evento.


Gente – Caio Moraes, jornalista, multimídia, novidade. 

OOOO Novo editor da revista mensal Car. 

OOOO Jerry Johansson, sueco, diretor de Manutenção da Scania Brasil, premiado. 

OOOO Melhor Gestor de Manutenção da Europa. 

OOOO Aqui para implantar Manutenção de Classe Mundial, em São Bernardo do Campo, SP.

OOOO Frédéric Drouen, francês, ex-diretor do Banco Peugeot e da marca no Brasil, transferência. 

OOOO Suiça, grupo PSA.

OOOO Miguel Figari, chileno, engenheiro de comércio, diretor da PSA no Chile, promoção.

OOOO Diretor-Geral da marca Peugeot no Brasil. Sucede Drouen. 

OOOO Gabriel Patini, engenheiro, transferido. 

OOOO Da Rússia a S. Paulo. Organizar fábrica e produtos Land Rover Jaguar no Brasil. 

OOOO Andréa Ayarroio, assessora de Imprensa da VW, passou. 

OOOO Muito antes do combinado.



Mercedes iluminou caminho 
para indústria nacional


Na relação das estrelas responsáveis pela implantação da indústria automobilística brasileira, excetuando-se os formuladores do governo, e o grupo de industriais pioneiros de auto-peças, na relação das fabricantes a de maior brilho é, inequivocamente, a Mercedes-Benz.


Tinha fama e história mundiais, vindo a pioneira operação em outro continente. Todas as demais aqui presentes não escapavam às classificações de, estar presentes como montadoras de CKD ou SKD, pouco mais que juntar peças, ou empresas e produtos sem futuro nos mercados de origem.


A Mercedes veio por representante e logo percebeu mercado, lucros, potencial, implantando fábrica e liderando o negócio. Sua vinda, em 1953, antecede o governo JK e o projeto GEIA, e a instalação em São Bernardo, seguindo representantes de marcas Chrysler e Nash foi aval mundial ao programa.


Chocolates
O primeiro balanço publicado pela Mercedes-Benz, provou o acerto da insistência de Alfred Jurzikovski em trazer a marca ao Brasil. 

No ano empresarial julho 1956/junho de 1957, entre lucros, lucros suspensos e reserva legal, registrou Cr$ 122 milhões ante capital de Cr$ 470 milhões. Um resultado de reverência mundial.


Jurzikovski, polonês, era exportador de cacau, percebeu a carência do mercado brasileiro para transportes. Conseguiu a representação, iniciou montagem de CKDs de caminhões e ônibus no Rio de Janeiro. Expansão instigou a Mercedes a vir, associar-se, implantar-se, crescer.

(Foto: Abla)
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