Salão do Automóvel 2014 ganha respeito das montadoras e multidões fazem a festa
Neste domingo (9/11) chega ao fim a 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, já considerado o maior da história desse certame que ganhou notoriedade em toda a América Latina e o respeito das montadoras, principalmente a partir de 2012, ano em que foi registrada a presença de diversos de seus presidentes e marcou o lançamento de carros mundiais, como os Ford Fusion e o EcoSport.
Por Arnaldo Moreira
Neste domingo (9/11) chega ao fim a 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, já considerado o maior da história desse certame que ganhou notoriedade em toda a América Latina e o respeito das montadoras, principalmente a partir de 2012, ano em que foi registrada a presença de diversos de seus presidentes e marcou o lançamento de carros mundiais, como os Ford Fusion e o EcoSport.
Essa movimentação significativa deixava antever um novo ciclo automotivo brasileiro que se materializou com a chegada de novas marcas certas de que conseguiriam abocanhar uma fatia de um mercado emergente e evolucionista, apesar de instável econômica e financeiramente.
Para “convencê-las” a dar o passo seguinte o governo deu uma mãozinha criando o programa Inovar-Auto, encostando as montadoras na parede: ou instalavam suas fábricas no País, única forma de se beneficiarem dos benefícios concedidos às “nacionais”, ou teriam de se submeter às normas pesadas das importações.
As alemãs Audi e BMW, a coreana Hyundai, as chinesas Chery e JAC Motors decidiram apostar na implantação de fábricas no País, todas em construção e a Fiat, agora dona da Chrysler, tratou de fortalecer sua presença no mercado com a instalação de uma planta de sua nova marca em Pernambuco, de onde sairão modelos Jeep.
A PSA não perdeu tempo e está construiu a fábrica da Citroën, no Estado do Rio de Janeiro, ao lado da da Peugeot.
O Salão de São Paulo deste ano é o reflexo dos investimentos monstros, envolvendo muitos bilhões de dólares, que o setor automotivo está fazendo no País.
O Salão de São Paulo deste ano é o reflexo dos investimentos monstros, envolvendo muitos bilhões de dólares, que o setor automotivo está fazendo no País.
O sucesso do Salão, no entanto, está na contramão do desempenho quase pífio do segmento neste ano e que quase levou a BMW e a JAC Motors a desistirem de se instalar no País.
É verdade que não podemos dizer que houve um desastre nas vendas de carros no País, este ano, afinal, as montadoras anunciam mensalmente crescimento em seus balanços, mas esses resultados estão muito aquém do esperado e abaixo dos obtidos em 2013.
A desaceleração da economia, fruto do aumento da inflação, da instabilidade dos níveis de emprego, em queda, a ausência de novos investimentos no País, os baixos salários, levaram à perda do poder de compra dos brasileiros, ajudada (leia-se agravada) pela excessiva carga tributária, e isso refletiu-se inevitável e negativamente na venda de automóveis.
Aparentemente, alheio a esse quadro não tão animador para quem expõe ali seus produtos, o Salão de São Paulo, que registrou, este ano, a maior presença de jornalistas da sua história, segue em ritmo de festa de arromba comemorando um volume de visitantes nunca antes obtido.
Todos os brasileiros desejam que a indústria floresça, pelos empregos e as receitas em impostos que gera e esperam que o governo retome as rédeas da retomada dos investimentos, trazendo para o País novas fábricas, bons investimentos, e consiga domar e levar a inflação para os níveis mais baixos possíveis.
Dentro de dois anos, teremos um novo salão do automóvel que queremos que seja muito mais internacional do que o deste ano. Que venha 2016.
É verdade que não podemos dizer que houve um desastre nas vendas de carros no País, este ano, afinal, as montadoras anunciam mensalmente crescimento em seus balanços, mas esses resultados estão muito aquém do esperado e abaixo dos obtidos em 2013.
A desaceleração da economia, fruto do aumento da inflação, da instabilidade dos níveis de emprego, em queda, a ausência de novos investimentos no País, os baixos salários, levaram à perda do poder de compra dos brasileiros, ajudada (leia-se agravada) pela excessiva carga tributária, e isso refletiu-se inevitável e negativamente na venda de automóveis.
Todos os brasileiros desejam que a indústria floresça, pelos empregos e as receitas em impostos que gera e esperam que o governo retome as rédeas da retomada dos investimentos, trazendo para o País novas fábricas, bons investimentos, e consiga domar e levar a inflação para os níveis mais baixos possíveis.
Dentro de dois anos, teremos um novo salão do automóvel que queremos que seja muito mais internacional do que o deste ano. Que venha 2016.
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