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sábado, 15 de novembro de 2014

A RENAULT TORNOU-SE, COM A COMPRA DA NISSAN E DA DIVISÃO DE AUTOMÓVEIS DA SUNSUNG, UMA DAS MAIS PODEROSAS MONTADORAS MUNDIAIS, E ESTÁ JOGANDO PESADO NO MERCADO NACIONAL COM O MODELO FLUENCE, DEPOIS DE TER CONSEGUIDO FIDELIZAR DUSTER, LOGAN E SANDERO, CARROS COM LIQUIDEZ GARANTIDA. O FLUENCE NAS DUAS VERSÕES À VENDA NO PAÍS CUSTA CERCA DE R$ 67 MIL A R$ 82.490,00. ITAIPU ESTÁ MONTANDO 32 RENAULT TWIZY, ELÉTRICO.


Coluna 4.614 - 15 de Novembro de 2014
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Em briga pelo mercado,
 Renault atira para cima

Inequivocamente um bom automóvel médio. Soma competências: projeto coreano, motor 2.0 japonês Nissan, transmissão CVT – de polias variáveis – também japonês Aisin, agrupado na Argentina, vendido no Brasil.


Coisas da globalização: a Renault comprou a Samsung de automóveis aliou-se à Nissan, usa do talento local para modificar a frente do veículo com a nova assinatura da marca, para iniciar segundo ciclo do produto, ora em meia idade. 

A mudança, carimbando o rótulo de Novo, é para assumir superior postura mercadológica, sem comparar-se com Peugeot 408, Citroën C 4 Lounge, Ford Focus, Chevrolet Cruise, disputando os mesmos clientes. Agora, mira nos líderes do segmento, Toyota Corolla e Honda Civic.

Muito entusiasmo. Para fazer o Fluence competir com tais nipônicos deve multiplicar por 10 as atuais 400 unidades mensais.

Enfeixou medidas para contrapor argumentos para afinar o foco: qualidade, sinônimo de resistência, traduzindo confiabilidade, gerando conceito e valor de revenda. 

Isto, a Renault vem plantando como projeto de vida e de futuro, e no Brasil é mensurável no Logan, Sanderos, Duster, gerando clientela fiel e liquidez à hora da venda. 

São conceitos de mercado pobre, onde o automóvel não é visto como bem de consumo durável, porém, desgastável, mas investimento.

Diz Bruno Hohmann, diretor Comercial, para minguar o queixume sobre queda de valor de revenda na comparação com os japoneses, na troca do Fluence anterior pelo modelo novo a Renault bancará a diferença do percentual de preços indicados na tabela FIPE. 

Outro ponto importante é do tipo mais por menos, seus conteúdos não há nos nipônicos na mesma faixa de preços.

Como é
É o conhecido Fluence, agora modificado na parte frontal, com os novos traços da assinatura da marca. Retocou positivamente o interior, introduziu a transmissão CVT, câmbio automático sem consumir energia do motor para tocar as rodas. 

No exterior, algumas licenças poéticas como a cor preta que se torna violeta berinjela, mas na verdade é esta que se transforma naquela.

Mantém intocadas as características de rolagem, a compatibilidade de motor/câmbio, suspensão/direção/freios. 

O motor Nissan com mágicas de usinagem, ágil e girador – o grupo moto propulsor é o utilizado no Nissan Sentra. 

Anunciado como gerador de 143 cv e 20,3 m.kgf de torque, e 140 cv e 19 m.kgf respectivamente com álcool e gasálcool.

Bom isolamento termo acústico. Usuários se sentem bem acolhidos e com os sentidos de tato, visual, audição são confortáveis.

Inclui pacote de confortos de som, tela com 7”, funções operadas por toque, o atestado de modernidade do momento, a desnecessidade da chave para ligar e desligar e, no caso, ainda oferece um plus: com a chave no bolso, quando o motorista se afasta e interrompe o sinal, o automóvel se tranca. 

E amplo pacote de eletrônica de segurança diferenciando-se dos focados concorrentes.

Inicialmente apenas versões Dynamique e Privilége. GT e Turbo em alguns meses. Preços de R$ 66.890 a R$ 82.490.

Novo Fluence quer disputar com os japoneses



Mono, inglês, racional, sob medida
Tens sob o terno o animus competitio, o vírus da velocidade, és dos prazeres solitários? Chegou seu carro, o Mono, pela inglesa BAC.

Pelo menos é o imaginado pelo publicitário paulista Alexandre Gama, importador de uma unidade óbvia e publicitariamente estacionada durante o GP de Fórmula 1 para medir interesse e possível clientela. 

Calça o esforço de apresentação com distribuição de noticiário.

A mágica do automóvel com rendimento por motor pequeno é coisa antiga. Vem da fórmula criada pelos franceses nos anos ’20, aviada pela inglesa Morris Garage em seus modelos T no pré-guerra, viabilizada pelo britânico Colin Chapman em seu Lotus 7 nos anos ’60. 

Coisa milenarmente conhecida: quanto menor o peso carregado por um cavalo, mais longe e rápido irá. 

Em engenheirês é a relação peso x potência e nela quanto menor, mais rendimento.

Engenheiros, os irmãos Neill e Ian Briggs somaram experiências na Ford, Mercedes e Porsche, criaram sua empresa, a Briggs Automotive Company, construíram um carro de Fórmula 3. 

Depois resolveram ampliar a aplicação do produto: em vez de circuitos, ruas e estradas. 

Nelson Piquet, pai, na edição 2002 dos 1.000 km de Brasília fez coisa assemelhada: transformou um monoposto Dallara de Fórmula 3 em carro de corridas aplicando-lhe para-lamas e faróis.

A morfologia do Fórmula exige e concede peculiaridades. 

Primeira, ser sob medida. Nele o banco é personalizado, medido e moldado em função da arquitetura do piloto – altura, cintura, tamanho de pernas e braços. Feito, é fixado, sem conceder regulagens. 

No Mono – o nome sintetiza a origem de monoposto e o fato de transportar apenas uma pessoa –, carro de corridas com roupagem tentativamente extra pista, carroceria em fibra de carbono feita em torno do usuário, e a medida do charme da exclusividade inclui o cockpit, o banco, volante e regulagem nos pedais. 

Há uma célula de segurança na treliça tubular em aço, com reforços laterais. 

Permite, para andar nas ruas e estradas, personalizada calibragem da suspensão e escolha de rodas, pneus e freios. 

O volante contém todas as funções para condução, incluindo acionamento dos faróis e, ao centro, uma tela conta do motor e da performance.

Com apenas 540 kg, o motor Ford Duratec 2.3 desenvolvido pela Cosworth faz 284 cv a 7.700 rpm, torque de aproximados 28 quilos a 6.000 rpm, e o escalonamento das seis marchas no câmbio sequencial exibem ser pró-performance. 

Para bom rendimento do motor, radiador em fibra de carbono e sistema de exaustão em aço inox e titânio. 

Na prática, acelera de 0 a 100 km/h em asfixiantes 2,8s e crava 274 km/h, em velocidade final.

Para vitoriar em sua pretensão o importador enfrentará alguns óbices, como para licenciá-lo serem exigidos, para brisas, dentre outros itens, limpador, inexistentes no veículo; para circular difícil imaginá-lo com altura livre do solo para não ancorar nos irregulares quebra molas brasileiros. Não há informação sobre as bolsas de ar e o ABS.

Outro item, custa, na Inglaterra, 100 mil libras, mais de R$ 400 mil. Para chegar aqui seu preço arranharia o R$ 1 milhão.


Mono. Difícil vê-lo nas ruas


Roda-a-Roda

Paralelo – Ao lado do início da montagem do Mitsubishi Lancer, em Catalão, GO, marca iniciou distribuir a versão Evolution X, sua décima edição. 

É personalizado em acertos para o Brasil pelo preparador inglês James Easton, ex-diretor da Rallyart, quando o Evolution foi tetracampeão mundial de rali.

Aplicação – O Evolution X é sedã construído sobre plataforma dos carros de rali, motor 2.0 turbo com 340 cv e 37,3 m.kgf de torque, transmissão de dupla embreagem, seis velocidades, tração integral e volumoso pacote de tecnologia voltada à segurança. Carro e preço de homem: R$ 219.900.

Lancer Evolution X.


De Ré - Nissan importou ferramental antigo para produzir versão anterior do March – antes importada do México e substituída pelo modelo atual. 

Quer ter produto mais barato, de entrada no mercado, veículo de frotas e serviços.

Como - Chama-o Active, 1.0, 74 cv, e não é acintosamente pelado como costumam ser os do primeiro degrau da tabela. 

Há mimos como direção elétrica, ar condicionado, vidros laterais dianteiros elétricos um toque, banco regulável para o motorista. 

Fora. maçanetas e retrovisores pintados na cor do carro. Custa R$ 30.990. Próximo degrau, quase 10% acima.

Conjuntura – Itaipu Binacional iniciou montar 32 unidades do compacto Renault Twizy, obviamente 100% elétrico. 

Exercício não é apenas o simplório agregar partes, mas identificar auto-peças nacionais existentes e aplicáveis. 

É segunda fase da operação, iniciada com Fiat Palio Adventure, então movidos por gasolina. No caso, o Twizy, elétrico desde o projeto, facilita o processo.

E, - Uso institucional, dentro da usina. Novidades avultam com novo governo.

Fim – Acabou o Citroën C4 hatch e a marca não produzirá tal versão sobre a plataforma do C 4 Lounge. Calcula para importação, assistência e preço final.

Atração – Bridgestone oferece desconto na compra de pneus novos para automóveis ou camionetes a quem entrega os usados como parte do pagamento. 

Recebe-os a R$ 35 os de aro 15”; R$ 50 os 16”. Em aro de 17” e 18”, R$ 70 e R$ 75. Até o final do ano. (www.compreeganhebridgestone.com.br)

Escola – Castrol criou o hot site Escola de Proteção, canal com conselhos e dicas sobre manutenção e proteção de automóveis e motores. 

Coisas cotidianas, informações com base técnica e parte para testar e ensinar os interessados. 
Está em www.castrolmagnatec.com.br 

Caminho – Em Belo Horizonte, BMW reinaugurou loja do grupo Euroville, após reformulação: boutique com itens ligados a automóvel, acessórios e equipamentos para BMW automóveis e motos, e marca Mini. 

Na oficina, em endereço próximo, sinal dos tempos: 14 boxes para serviços em automóveis a gasolina, e dois para BMW elétricos e híbridos.

Duas Rodas – No Expo Renault Barigui, em Curitiba, PR, dentro do parque com o mesmo nome, exposição de motos novas, antigas, peças, acessórios, serviços, o Brasil Motorcycle Show -
www.brasilmotorcycleshow.com.br


Entre os dias 21 e 23. Oficina de customização Phoenix apoia.

Tecnologia – Carros da Mercedes na Fórmula 1 foram pintados com tintas criadas pela AkzoNobel e resultados geraram contrato para estender aos automóveis da marca. 

Tintas não têm VOC (componentes orgânicos voláteis), não agridem o meio ambiente, agilizam o processo de pintura secando na metade do tempo e reduzem o peso do carro. 

Na Fórmula 1, baixaram em 1 kg. Na prática ganho de 1/10 de segundo/volta.

Futuro – Ferraris no GP de Interlagos utilizaram novo óleo Shell, o Helix Ultra PurePlus. 

Novidadoso, não é feito a partir do petróleo bruto, mas do gás natural, sem eventuais impurezas contidas no óleo. 

Diz a Shell, garante melhores limpeza e proteção do motor.

Na rua – 40 anos de pesquisa e é o caminho para o futuro. O óleo básico é produzido pela Pearl GTL, joint-venture entre a Shell e a Qatar Petroleum. 

A BMW ajustou com a Shell ser o lubrificante oficial da marca.

MALLEA Negri, transferido. OOOO Da Argentina, BMW para assumir MINI, no Brasil. OOOO

Experiência importante: O Mini Countryman será montado na fábrica BMW, em SC. OOOO 

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O símbolo do Automóvel

Ideias, projetos, tentativas esparsas para fazer um veículo autopropelido marcaram o final dos anos 1800. 

Soprava um vento progressista e inventores diversos, sem se conhecer, traduziam suas ideias em porcas e parafusos. 

Entretanto, quem deu forma e função ao negócio foi Carl Benz, engenheiro alemão, inventor e construtor de motores estacionários movidos por gás. 

Benz construiu engenho monocilíndrico, com bloco e cabeçote em ferro, aplicou-o sobre a modificada estrutura de charrete – à frente trocou os varais onde se prendia o cavalo, por uma roda central. 

O motor, de 4 tempos – empregava válvulas em seu ciclo operacional -, deslocava 954 cm3 e produzia 2/3 de cavalo de força. 

Não tinha caixa de marchas, e a ligação entre o motor e rodas traseiras era por polia e cinta de couro. 

No total, a charrete e motor pesavam 300 kg. Mais dois ocupantes, na prática significava colocar um motor atual de 1.0 para deslocar um ônibus!

Sequer havia um nome para definir a invenção e as autoridades da Alemanha ao emitir o certificado de propriedade industrial, aos 29 de janeiro de 1886, chamaram-no Patent Motor Wagen – veículo patenteado a motor.

Divulgação, prova de confiabilidade, resistência e facilidade de manutenção foram feitos por sua mulher, Bertha e dois filhos Eugen, 15, e Richard, 13. 

Viajaram mais de 100 km, cruzaram a Floresta Negra, em viagem de Manheim, onde moravam, a Pforzeim, a 120 km de distância. 

Aventura serviu de teste; permitiu melhorar a refrigeração; pequenos inconvenientes sanados por Bertha; um sapateiro num dos burgos do caminho trocou o elemento frenante; e Lidoin, produto de limpeza usado como combustível, teve nome mudado para Benzina. 

E mostrou não ser uma tralha ensandecida, mas um transporte perfeitamente conduzível por uma senhora.

É o símbolo do automóvel e, para saudá-lo, a hoje Mercedes-Benz volta e meia o reproduz em contadas unidades.

Edição recente. Esta, do mineiro Rigotto Gouveia.


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edita@rnasser.com.br         

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