Nº 1.152 — 3/6/21
TAOS DESAFIA COMPASS E
PROMETE INCOMODAR
O mercado de SUVs
médios terá a concorrência acirrada com a estreia do VW Taos que chega às
concessionárias no fim do mês. Até agora o Jeep Compass não tomou conhecimento dos
modelos disponíveis no mercado por seu preço competitivo, duas possibilidades de
motores (flex e diesel) e trações 4x2 e 4x4. O Corolla Cross, por exemplo, visa
ao público mais urbano e a versão híbrida destaca-se pelo baixo consumo de
combustível. O Ford Territory, importado da China, tem preço menos atraente.
O Taos vem da
Argentina sem imposto de importação e sobressai pelo estilo moderno. A frente
inova com um filete de LED aplicado na grade, além dos faróis de LED e tecnologia
IQ. Light de última geração. Perfil e traseira são bem elegantes. Compass
precisaria ter mudado mais, externamente, na linha 2022. Neste aspecto ficou
para trás.
Distância entre eixos
(2,68 m) e porta-malas (498 litros) também superam o modelo da Jeep. O espaço
interno, em especial no banco traseiro, é maior no Taos. Este oferece de série rodas
de 18 pol., quadro de instrumentos digital (10,25 pol.) e multimídia (10,1
pol.). Porém, ao contrário do rival, não tem internet dedicada a bordo.
Motor de 1,33 L,
turbo flex, 185 cv (E)/180 cv (G) do Compass entrega 35 cv a mais que o de 1,4
L do Taos. Este também perde em torque (25,5 kgf.m contra 27,5 kgf.m).
Entretanto, o SUV da Jeep tem diferença de peso em ordem de marcha de até 80 kg,
no caso da de tração 4x4. VW informa aceleração de 0 a 100 km em 9,3 s e o
rival entre 9,4 s e 8,8 s, dependendo da versão. Quanto ao tanque de combustível,
de 51 litros no Taos contra 60 litros do Compass. Há pequena diferença nos consumos
urbano e rodoviário entre os dois concorrentes, mas o alcance sempre é maior no
Jeep.
O Taos avançou no
pacote de assistência ao motorista: frenagem autônoma de emergência com
detecção de pedestre e controle adaptativo de cruzeiro acrescido à função para-e-anda
automática em até três segundos de imobilização.
Quanto ao preço o
Compass oferece um leque de oferta maior, pois o motor a diesel encarece. Mas há semelhanças entre os dois modelos. Taos
Highline com teto solar por R$ 187.310 e Compass S R$ 187.990. Na Comfortline,
o Taos parte de R$ 154.990. As três primeiras revisões são gratuitas.
O novo SUV da VW vai
incomodar o líder do segmento, porém não dá para cravar se conseguirá superá-lo
em médio prazo.
Pulse é o nome do primeiro SUV da Fiat
Conforme havia
previsto aqui, Fiat confirmou que seu primeiro SUV compacto se chamará Pulse.
As linhas externas tinham sido reveladas anteriormente. Semana passada
apresentou desenhos e pormenores técnicos da plataforma modular MLA que exigiu dois
anos de trabalho no seu centro de desenvolvimento em Betim (MG), além de mais
de dois milhões de quilômetros rodados em estradas e simuladores de chassi.
Essa arquitetura
permite variar distância entre eixos, bitolas dianteira e traseira, balanços
dianteiro e traseiro e também o comprimento. Portanto, vai gerar também um
segundo SUV, de porte médio, da marca italiana, além dos sucessores de Argo e
Cronos (se houver). Terá capacidade 25% maior de absorção de energia em
colisões, promoverá maior conforto acústico e regulagem da coluna de direção em
distância e não apenas em altura como hoje.
Especial atenção foi
dada ao controle de inclinação de carroceria que ocorre quando se aumenta a
altura de rodagem que faz parte do “kit aventureiro” tão em moda. O Pulse vai
estrear o motor 1-litro, turbo flex, 3-cilindros da família GSE, além de câmbio
automático CVT.
Tiggo 3x tem renovação mecânica e estética
As dimensões externas
e internas não mudaram em relação ao Tiggo 2. Mas a nova frente do Tiggo 3x, grade
bem estilizada na versão de topo PRO, faróis de LED e DRL, melhor acabamento
interno e central multimídia moderna dão fôlego extra ao modelo da Caoa Chery. Fabricado
em Jacareí (SP), o carro é o que europeus chamam de pseudo-SUV por se tratar de
um hatch de suspensão elevada, rack de teto, molduras nas caixas de rodas e
outros apliques típicos na carroceria.
O novo motor, um 3-cilindros,
de 1 litro, turbo flex, sem injeção direta e desenvolvido no Brasil a partir do
motor chinês, entrega apenas 102 cv (E)/98 cv (G). Mas o torque de 17,1 kgf.m (E)/16,8
kgf.m (G) supera o do atual 1,5-L, 4-cilindros aspirado, que continua no Tiggo
2x. O câmbio de série é automático CVT de nove marchas com seleção manual pela
alavanca apenas. A Caoa Chery indica aceleração de 0 a 100 km/h em 14,2 s, melhor
que os 15 s do motor de maior cilindrada e câmbio automático de quatro marchas.
Na avaliação, por estradas
sinuosas, destaque para o comportamento em curvas, direção precisa e respostas
ao acelerador razoáveis. Freios muito bons, a disco nas quatro rodas.
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www.fernandocalmon.com.br
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