Coluna n° 2813 de 11 de Julho de 2013
New Fiesta sedan. Ford ajusta pontaria
Esqueça as linhas, a boa administração de espaço interno, os cuidados, a qualidade da decoração, o extenso pacote eletrônico de segurança e confortos, o motor 1.6 atual, e o câmbio de cinco marchas mecânicas, feitos em Taubaté, SP.
Se com meia dúzia, tem duas embreagens, vem da alemã Getrag, joint venture da Ford, e trabalha como se fosse automático, com o ganho operacional da ausência de um conversor de torque, gastador de energia, filtro entre o motor e as reações do automóvel.
Melhor rótulo para o New Fiesta sedan é a pontaria fina no mercado: quer ser o topo do segmento dos pequenos, com refinamento de construção; do motor superior – não há opção do 1.5, mais barato, disponível no Fiesta hatch –, e do preço elevado em versões SE e Titanium para suprir, exatamente, a pretensão e a disponibilidade da fábrica mexicana para enviar máximas 1.000 unidades mensais.
Melhor rótulo para o New Fiesta sedan é a pontaria fina no mercado: quer ser o topo do segmento dos pequenos, com refinamento de construção; do motor superior – não há opção do 1.5, mais barato, disponível no Fiesta hatch –, e do preço elevado em versões SE e Titanium para suprir, exatamente, a pretensão e a disponibilidade da fábrica mexicana para enviar máximas 1.000 unidades mensais.
Poucas vendas – uns 10% do que faz o hatch produzido em São Bernardo do Campo, SP. Mercados norte-americanos – México, EUA e Canadá – reduzem a cota de fornecimento ao Brasil.
Como é
Automóvel bem acertado. Linhas frontais absorvidas do inglês Aston Martin nos últimos dias de controle Ford, perfil instiga a dúvida se sedã ou cupê, motor em estado de arte: todo em alumínio, duplo comando nas 16 válvulas, aberturas variáveis de acordo com a demanda, 1.600 cm3 gerando com álcool 130 cv – dirigi o carro em condições desfavoráveis: uns 250 kg de ocupantes e altitude entre 1.000 e 1.500m, com evidente prejuízo de performance pela redução da pressão atmosférica.
Como é
Automóvel bem acertado. Linhas frontais absorvidas do inglês Aston Martin nos últimos dias de controle Ford, perfil instiga a dúvida se sedã ou cupê, motor em estado de arte: todo em alumínio, duplo comando nas 16 válvulas, aberturas variáveis de acordo com a demanda, 1.600 cm3 gerando com álcool 130 cv – dirigi o carro em condições desfavoráveis: uns 250 kg de ocupantes e altitude entre 1.000 e 1.500m, com evidente prejuízo de performance pela redução da pressão atmosférica.
Porém, a relação entre a cilindrada e a potência -130 cv, por álcool e 125 cv, a gasálcool - bem indica a atualização do projeto e perspectivas de ganhos.
Gira alto, potência máxima a 6.500 rpm, na contra mão dos atuais apelos por redução de consumo, freando e baixando a faixa de giros para a potência máxima. Torque de respectivos 16 e 15,4 m.kgf.
Porta ganhos interessantes, como peculiar bomba de óleo do motor varia a pressão de acordo com o uso, para reduzir consumo.
Os ajustes e folgas entre as partes móveis no motor permitem óleo lubrificante fino, 5W20, e o alternador é governado para repor apenas a demanda.
Para reduzir consumo e emissões a engenharia junta tostões de economia.
Nas diferenças, e agora item de orgulho ao proprietário, a partida a frio, com uso de álcool dispensa o tal de tanquinho.
Resistências elétricas aquecem o sistema a partir do quando se abre a porta do motorista.
Após pisar na embreagem e virar a chave para acionar o arranque, este continua virando até o motor pegar – como o era o Mercedes Classe A.
Para estar no estreito nicho de refinamento, preços proporcionais. P’rá barato não serve. Sai dos R$ 50 mil e supera R$ 59 mil na versão Titanium, de topo, com a transmissão Powershift 6 marchas, mecânica, automatizada e com duas embreagens – para aclarar, o carro não tem dois pedais de embreagem. Aliás dispensa tal controle. O câmbio as possui internamente. As marchas mudam automaticamente ou por demanda.
Tem o DNA da Ford no acerto do acionamento do automatizador do câmbio mecânico, na direção e na calibração da suspensão.
O carro é grudado ao solo. Para reduzir consumo o auxiliar de direção é elétrico e isto se traduz em bons resultados, levando-o ao nível A na tabela do Inmetro.
Nos confortos, a Ford o obriga a falar português para se entender pelo sistema multimídia, para acionar o telefone por Bluetooth e navegar em rotas brasileiras.
O sistema tem habilidades como pré programar velocidade máxima – para emprestar o carro a algum pouca prática, por exemplo.
No pacote de confortos, estabilizador eletrônico, sistema para arrancar na subida, mantendo o carro imóvel por 3s, acionamento do pisca alerta em freadas viris.
Charme universal o piscar 3x ao mexer na alavanca. Bom pacote de segurança sete bolsas de ar, fixação Isofix para cadeirinhas infantis, cintos de três pontas e apoio de cabeça para os três passageiros do banco posterior – não é benesse: a Ford não quis investir para retirar o 3º cinto e o 3º apoio apenas porque um mercado subequatorial não obriga a portá-los.
Agora não se cogita fazê-lo, no Brasil. Hoje, a Ford mantém a geração atrasada do Fiesta em Camaçari, Ba, e o hatch, duas gerações posteriores, em São Bernardo do Campo, SP. Apenas o declínio de vendas motivará a mudança. Em mercado, é o antiHonda City.
O novo Golf, o Audi e o guarda-chuvas
Sequência de reuniões na Alemanha tecem condições industriais, de mercado, cálculos e projeções de crescimento, capacidade de consumo interno e externo para definir ampliação de atividades da Volkswagen no Brasil.
Há anos vem-se estruturando, reequipando, atualizando o parque produtivo e ampliando a capacidade industrial de suas fábricas em São Bernardo do Campo, Taubaté, SP, São José dos Pinhais, PR, da fábrica de motores em São Carlos, SP, e de transmissões na Argentina, sob o comando da unidade brasileira.
Elas têm operação regionalizada, e o termo na geopolítica comercial e industrial dos dias atuais significa atuação no bloco econômico do Mercosul.
Na prática as reuniões buscam definir o futuro olhando o mercado europeu cair em vendas, claudicar na recuperação e, somente no distante 2017 imagina voltar às vendas iguais a 2009. Idem para o estadunidense.
Nesta década perdida os novos mercados emergentes instigam decisões e investimentos em fábricas novas ou ampliação de capacidade industrial para colher bons resultados na China, na Rússia, Brasil, Índia, África do Sul, México.
Golf, Audi
O que busca a Volkswagen do Brasil, aclamada pelo governo federal, é voltar ao clima de atualização de produtos fugazmente desfrutado, em 1998, quando inaugurou a fábrica de Pinhais e dela extraía atualizados Golf e Audi.
O Golf lá continua em homeopática produção, mas o Audi e seu modelo A3 se foram pela baixa escala de vendas.
Agora, mudadas condições e mercados mundiais, os níveis de lucratividade brasileira são tão volumosos quanto desejados, a disputa local permitiu chegada de montadoras japonesas, coreanas e, até, quem diria, chinesas.
Resultado, as pioneiras, antes detentoras de mais de 80% do mercado, caíram a menos de 70% - e o descenso as empurra para abrir espaço às chegantes.
Os encontros advém de decisão maior, como a Coluna contou em outubro passado: a VW do Brasil acabará com a carreira solo, de produtos exclusivos e peculiares, como Gol e Fox, frutos de seu rentável isolacionismo, e falará a linguagem industrial e comercial da empresa no mundo: produtos com mecânica padrão e eventuais diferenças estéticas, formando o mandatório tecido da marca, juntando seus produtos para atuar globalmente.
A decisão a ser efetivada é o varejo da filosofia e significará, por questão industrial e demanda comercial, a construção de dois produtos.
No Golf sairá a Geração 4, substituída pela atual a 7ª. A reboque, pela disponibilidade da nova plataforma, voltará o Audi.
Guarda-chuva
Onde entra simplório Guarda-Chuvas numa operação de automóveis?
A imagem explica. É instrumento de agregação e proteção, e exibe como será a operação da Volkswagen do Brasil pós decisão.
Havendo, a empresa tomará ares de holding, face de grupo, com todas as marcas por ela controladas – e a VW é poderosa no pedaço -, terá sob a mesma condução, liderança e proteção todas as operações industriais e comerciais de veículos diversos como caminhões Scania, produção e importações da Volkswagen no Mercosul e distribuição sul americana, Audi, as importações de Porsche, Lamborghini, Bentley e, até, em outro extremo, produção manauara e distribuição pela América Latina das motos Ducati.
Raciocínio é, com controle central e direção apontada, acabarão as distorções pontuais que refreiam a operação da marca como grupo: a pífia presença da Audi, e a criticada operação Porsche, com desmesurados lucros ao importador, em lugar de preços menores, lucros proporcionais, - e vendas maiores, interesse da VW.
Exceto por fator externo – como ocorreu há alguns anos e a VW mundial criou agradável cargo na Argentina para um ex-premier da Áustria -, o líder da holding deve ser o alemão nacionalizado, administrador, 49, presidente da VW na América Latina Thomas Schmall.
Anfavea quer Brasil híbrido e ligado
Melíflua, exercendo poder sem exibir-se, a Associação dos fabricantes de veículos, por seu novo presidente Luiz Moan, protocolou proposta no Governo Federal: reconhecimento de novas tecnologias – motor flex + elétrico; elétrico auto carregável por motor flex; totalmente elétrico; por célula de combustível.
O documento, consenso entre as 40 associadas da entidade, visa iniciar convívio com novos produtos e caminhos, permitindo importar veículos, absorver tecnologia e aplicá-la em futuros nacionais.
Parametriza o negócio com os conceitos e prazos do projeto Inovar-Auto, que vai até 2017 e barra, por inviabilidade tributária, importações às marcas sem operação industrial local.
Ponto fulcral do negócio é a parte tributária, tipo Interessa ao País facilitar ou barrar a presença? Pagarão impostos de importação? Terão reduzido ou isento o Imposto sobre Produtos Industrializados? Haverá consenso dos estados e DF para mesmo tratamento com ICMS? Poderão ser objeto de leasing, como aviões, barcos e navios registrados em outros países e por aqui em uso durante o período contratual?
Hoje o elétrico mais disseminado no mundo é o Renault-Nissan, aqui restrito. Em concessionários, disponíveis, híbridos Ford Fusion, Mercedes e BMW.
Respostas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, enfeixando interesses de várias áreas.
Crescendo – Fiat exercitou direito e adquiriu mais 3,3% das ações da Chrysler, nas mãos do fundo VEBA, de seguridade dos funcionários da marca, ligado ao sindicato dos metalúrgicos de lá.
Soma agora 68,5%. A empresa italiana tem opção de compra e ofereceu antecipar a adquirir os 6,5% de ações faltantes para completar 75% da Chrysler.
Quanto – Valor em apuração judicial, pelas variáveis que incluem compromissos de possível – mas pouco provável – aquisição, quando a Fiat assumiu a gestão da falida norte-americana.
A Fiat quer os ¾ da Chrysler porquanto o percentual lhe dá poderes de gestão sem consultar os detentores das cotas restantes.
Seu projeto é fundi-la com a Fiat sob única razão social, misturar os caixas, deslocar e investir onde e no que quiser. Tornar-se-á, então, competidora global.
Mais – A joint venture entre a inglesa Caterham e a Renault, para construir automóvel esportivo, se desdobra.
Tony Fernandes, fundador da empresa aérea AirAsia comprou a Caterham para associar-se à secular francesa. No negócio adquiriu 50% da fábrica de Dieppe, onde era feito o mítico Alpine.
E mais - Propôs à Renault ampliar a produção do esportivo de projeto comum; desenvolver sub compacto e utilitário esportivo sobre plataformas Renault e, por custos e mercado, com finalizá-los na Ásia e emblema Caterham.
Adiamento – A Fiat desacelerou planos de retornar com a marca Alfa ao Brasil. “Há muito interesse, mas não há definição”, disse-me executivo grado que transita pelo corredor da diretoria.
Quando - Alfa deverá ser um dos produtos da nova fábrica em Pernambuco, e a presunção é importar para aumentar a circulação da marca, pré produção. Oficiosamente outubro seria mês de anúncio. Agora, etéreo depois.
Quem? – informação na Internet garante, a Caltabiano, rede multimarca, incluindo Chrysler, estaria organizando prélista de interessados em adquirir Alfa Romeo.
Os italianos serão distribuídos pela ex-norte americana e agora controlada pela Fiat.
Estou fora - Contatada, a empresa declinou da informação. Anota o nome de possíveis compradores, para possível contato em possível volta.
A Fiat confirma: não há operação em curso, e se a Caltabiano importar, será operação independente. A Caltabiano se exclui da coragem.
Começa o UP! - Volkswagen iniciou fabricar o motor de três cilindros e 1.000 cm3 para o UP!, novo primeiro degrau da marca, com produção em outubro.
Inicia equipando o Fox, e é da fábrica em São Carlos, SP. Bloco em alumínio, arquitetura eletrônica mundial, novos processos e mudança nas instalações.
A expansão em 20% consolida a unidade como 3ª produtora de motores do grupo VW no mundo.
Detalhes - Novos tempos: iluminação por teto translúcido, máquinas consumindo 100 ml/h de óleo refrigerante, muito reduzido em relação aos processos usuais, testes de todos os motores dispensando uso de combustível.
Prédio tem ventilação positiva, bloqueando a entrada de poeira. Pessoas e veículos passam por câmaras de limpeza, evitando contaminar o processo.
Mais um – Fábrica Nissan em construção em Resende, RJ, tem segundo produto anunciado: o Versa. O sedã utiliza a plataforma do pioneiro produto da instalação, o March.
Continua - Outros usuários da base comum poderão estar na mesma cadeia industrial, como o novo Renault Clio. Cronograma 2014 indica March no primeiro semestre e Versa no segundo. Empreendimento para 200 mil unidades ano. Nissan pretende 5% do mercado em 2016.
Enfim – Coisas do Brasil, 16 anos após prevista no Código de Trânsito Brasileiro, o Contran, Conselho Nacional de Trânsito, fez valer o texto legal permitindo aos motoristas sem multas no ano anterior, transformar eventual multas leves ou médias em advertência por escrito.
Perdeu - Vale desde o 1º. de julho pela Resolução 404/2012 e o multado deve recorrer ao diretor do Detran, a quem cabe decidir.
Óbvia a força da exclusiva filosofia arrecadadora dos Detrans, postergando a regulamentação da medida pró contribuinte. Quem pagou, pagou, e fica por isto mesmo. A omissão beneficia os governos.
Fim – Acabou o picape Ford Courier. Baixa demanda por feição de trabalho, necessidade de espaço na linha de produção e uso de plataforma solitária.
Cinquentão – Líder mundial em tintas, a PPG festeja 50 anos do processo e-coat. Hoje a sétima geração de tecnologia empregando a corrente elétrica para promover a deposição da tinta em superfícies, é livre de chumbo, com grande resistência à corrosão. Diz, o processo já pintou mais de 700 milhões de veículos.
Antigos – Novo episódio de Mundo Museu será exibido pelo canal +Globosat, terça, 23, às 21h.
Mostrará o portentoso e didático Museu Mercedes-Benz, em Stuttgart, Alemanha, onde exibe toda a evolução das marcas criadas pelos pioneiros Gottlieb Daimler e Carl Benz.
No Museu está o Daimler especificado por Emil Jellinek, e que se transformou na marca Mercedes. Mundo Museu é co produção do +Globosat, que do ramo também exibe o programa Oficina Motor.
Gira alto, potência máxima a 6.500 rpm, na contra mão dos atuais apelos por redução de consumo, freando e baixando a faixa de giros para a potência máxima. Torque de respectivos 16 e 15,4 m.kgf.
Porta ganhos interessantes, como peculiar bomba de óleo do motor varia a pressão de acordo com o uso, para reduzir consumo.
Os ajustes e folgas entre as partes móveis no motor permitem óleo lubrificante fino, 5W20, e o alternador é governado para repor apenas a demanda.
Para reduzir consumo e emissões a engenharia junta tostões de economia.
Nas diferenças, e agora item de orgulho ao proprietário, a partida a frio, com uso de álcool dispensa o tal de tanquinho.
Resistências elétricas aquecem o sistema a partir do quando se abre a porta do motorista.
Após pisar na embreagem e virar a chave para acionar o arranque, este continua virando até o motor pegar – como o era o Mercedes Classe A.
Para estar no estreito nicho de refinamento, preços proporcionais. P’rá barato não serve. Sai dos R$ 50 mil e supera R$ 59 mil na versão Titanium, de topo, com a transmissão Powershift 6 marchas, mecânica, automatizada e com duas embreagens – para aclarar, o carro não tem dois pedais de embreagem. Aliás dispensa tal controle. O câmbio as possui internamente. As marchas mudam automaticamente ou por demanda.
Tem o DNA da Ford no acerto do acionamento do automatizador do câmbio mecânico, na direção e na calibração da suspensão.
O carro é grudado ao solo. Para reduzir consumo o auxiliar de direção é elétrico e isto se traduz em bons resultados, levando-o ao nível A na tabela do Inmetro.
Nos confortos, a Ford o obriga a falar português para se entender pelo sistema multimídia, para acionar o telefone por Bluetooth e navegar em rotas brasileiras.
O sistema tem habilidades como pré programar velocidade máxima – para emprestar o carro a algum pouca prática, por exemplo.
No pacote de confortos, estabilizador eletrônico, sistema para arrancar na subida, mantendo o carro imóvel por 3s, acionamento do pisca alerta em freadas viris.
Charme universal o piscar 3x ao mexer na alavanca. Bom pacote de segurança sete bolsas de ar, fixação Isofix para cadeirinhas infantis, cintos de três pontas e apoio de cabeça para os três passageiros do banco posterior – não é benesse: a Ford não quis investir para retirar o 3º cinto e o 3º apoio apenas porque um mercado subequatorial não obriga a portá-los.
Agora não se cogita fazê-lo, no Brasil. Hoje, a Ford mantém a geração atrasada do Fiesta em Camaçari, Ba, e o hatch, duas gerações posteriores, em São Bernardo do Campo, SP. Apenas o declínio de vendas motivará a mudança. Em mercado, é o antiHonda City.
New Fiesta sedan, Premium, caro.
O novo Golf, o Audi e o guarda-chuvas
Sequência de reuniões na Alemanha tecem condições industriais, de mercado, cálculos e projeções de crescimento, capacidade de consumo interno e externo para definir ampliação de atividades da Volkswagen no Brasil.
Há anos vem-se estruturando, reequipando, atualizando o parque produtivo e ampliando a capacidade industrial de suas fábricas em São Bernardo do Campo, Taubaté, SP, São José dos Pinhais, PR, da fábrica de motores em São Carlos, SP, e de transmissões na Argentina, sob o comando da unidade brasileira.
Elas têm operação regionalizada, e o termo na geopolítica comercial e industrial dos dias atuais significa atuação no bloco econômico do Mercosul.
Na prática as reuniões buscam definir o futuro olhando o mercado europeu cair em vendas, claudicar na recuperação e, somente no distante 2017 imagina voltar às vendas iguais a 2009. Idem para o estadunidense.
Nesta década perdida os novos mercados emergentes instigam decisões e investimentos em fábricas novas ou ampliação de capacidade industrial para colher bons resultados na China, na Rússia, Brasil, Índia, África do Sul, México.
Golf, Audi
O que busca a Volkswagen do Brasil, aclamada pelo governo federal, é voltar ao clima de atualização de produtos fugazmente desfrutado, em 1998, quando inaugurou a fábrica de Pinhais e dela extraía atualizados Golf e Audi.
O Golf lá continua em homeopática produção, mas o Audi e seu modelo A3 se foram pela baixa escala de vendas.
Agora, mudadas condições e mercados mundiais, os níveis de lucratividade brasileira são tão volumosos quanto desejados, a disputa local permitiu chegada de montadoras japonesas, coreanas e, até, quem diria, chinesas.
Resultado, as pioneiras, antes detentoras de mais de 80% do mercado, caíram a menos de 70% - e o descenso as empurra para abrir espaço às chegantes.
Os encontros advém de decisão maior, como a Coluna contou em outubro passado: a VW do Brasil acabará com a carreira solo, de produtos exclusivos e peculiares, como Gol e Fox, frutos de seu rentável isolacionismo, e falará a linguagem industrial e comercial da empresa no mundo: produtos com mecânica padrão e eventuais diferenças estéticas, formando o mandatório tecido da marca, juntando seus produtos para atuar globalmente.
A decisão a ser efetivada é o varejo da filosofia e significará, por questão industrial e demanda comercial, a construção de dois produtos.
No Golf sairá a Geração 4, substituída pela atual a 7ª. A reboque, pela disponibilidade da nova plataforma, voltará o Audi.
Guarda-chuva
Onde entra simplório Guarda-Chuvas numa operação de automóveis?
A imagem explica. É instrumento de agregação e proteção, e exibe como será a operação da Volkswagen do Brasil pós decisão.
Havendo, a empresa tomará ares de holding, face de grupo, com todas as marcas por ela controladas – e a VW é poderosa no pedaço -, terá sob a mesma condução, liderança e proteção todas as operações industriais e comerciais de veículos diversos como caminhões Scania, produção e importações da Volkswagen no Mercosul e distribuição sul americana, Audi, as importações de Porsche, Lamborghini, Bentley e, até, em outro extremo, produção manauara e distribuição pela América Latina das motos Ducati.
Raciocínio é, com controle central e direção apontada, acabarão as distorções pontuais que refreiam a operação da marca como grupo: a pífia presença da Audi, e a criticada operação Porsche, com desmesurados lucros ao importador, em lugar de preços menores, lucros proporcionais, - e vendas maiores, interesse da VW.
Exceto por fator externo – como ocorreu há alguns anos e a VW mundial criou agradável cargo na Argentina para um ex-premier da Áustria -, o líder da holding deve ser o alemão nacionalizado, administrador, 49, presidente da VW na América Latina Thomas Schmall.
Golf 7. VW Brasil se nivelará à operação mundial
Anfavea quer Brasil híbrido e ligado
Melíflua, exercendo poder sem exibir-se, a Associação dos fabricantes de veículos, por seu novo presidente Luiz Moan, protocolou proposta no Governo Federal: reconhecimento de novas tecnologias – motor flex + elétrico; elétrico auto carregável por motor flex; totalmente elétrico; por célula de combustível.
O documento, consenso entre as 40 associadas da entidade, visa iniciar convívio com novos produtos e caminhos, permitindo importar veículos, absorver tecnologia e aplicá-la em futuros nacionais.
Parametriza o negócio com os conceitos e prazos do projeto Inovar-Auto, que vai até 2017 e barra, por inviabilidade tributária, importações às marcas sem operação industrial local.
Ponto fulcral do negócio é a parte tributária, tipo Interessa ao País facilitar ou barrar a presença? Pagarão impostos de importação? Terão reduzido ou isento o Imposto sobre Produtos Industrializados? Haverá consenso dos estados e DF para mesmo tratamento com ICMS? Poderão ser objeto de leasing, como aviões, barcos e navios registrados em outros países e por aqui em uso durante o período contratual?
Hoje o elétrico mais disseminado no mundo é o Renault-Nissan, aqui restrito. Em concessionários, disponíveis, híbridos Ford Fusion, Mercedes e BMW.
Respostas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, enfeixando interesses de várias áreas.
Volt, Chevrolet elétrico.
Roda-a-Roda
Crescendo – Fiat exercitou direito e adquiriu mais 3,3% das ações da Chrysler, nas mãos do fundo VEBA, de seguridade dos funcionários da marca, ligado ao sindicato dos metalúrgicos de lá.
Soma agora 68,5%. A empresa italiana tem opção de compra e ofereceu antecipar a adquirir os 6,5% de ações faltantes para completar 75% da Chrysler.
Quanto – Valor em apuração judicial, pelas variáveis que incluem compromissos de possível – mas pouco provável – aquisição, quando a Fiat assumiu a gestão da falida norte-americana.
A Fiat quer os ¾ da Chrysler porquanto o percentual lhe dá poderes de gestão sem consultar os detentores das cotas restantes.
Seu projeto é fundi-la com a Fiat sob única razão social, misturar os caixas, deslocar e investir onde e no que quiser. Tornar-se-á, então, competidora global.
Mais – A joint venture entre a inglesa Caterham e a Renault, para construir automóvel esportivo, se desdobra.
Tony Fernandes, fundador da empresa aérea AirAsia comprou a Caterham para associar-se à secular francesa. No negócio adquiriu 50% da fábrica de Dieppe, onde era feito o mítico Alpine.
E mais - Propôs à Renault ampliar a produção do esportivo de projeto comum; desenvolver sub compacto e utilitário esportivo sobre plataformas Renault e, por custos e mercado, com finalizá-los na Ásia e emblema Caterham.
Adiamento – A Fiat desacelerou planos de retornar com a marca Alfa ao Brasil. “Há muito interesse, mas não há definição”, disse-me executivo grado que transita pelo corredor da diretoria.
Quando - Alfa deverá ser um dos produtos da nova fábrica em Pernambuco, e a presunção é importar para aumentar a circulação da marca, pré produção. Oficiosamente outubro seria mês de anúncio. Agora, etéreo depois.
Quem? – informação na Internet garante, a Caltabiano, rede multimarca, incluindo Chrysler, estaria organizando prélista de interessados em adquirir Alfa Romeo.
Os italianos serão distribuídos pela ex-norte americana e agora controlada pela Fiat.
Estou fora - Contatada, a empresa declinou da informação. Anota o nome de possíveis compradores, para possível contato em possível volta.
A Fiat confirma: não há operação em curso, e se a Caltabiano importar, será operação independente. A Caltabiano se exclui da coragem.
Começa o UP! - Volkswagen iniciou fabricar o motor de três cilindros e 1.000 cm3 para o UP!, novo primeiro degrau da marca, com produção em outubro.
Inicia equipando o Fox, e é da fábrica em São Carlos, SP. Bloco em alumínio, arquitetura eletrônica mundial, novos processos e mudança nas instalações.
A expansão em 20% consolida a unidade como 3ª produtora de motores do grupo VW no mundo.
Detalhes - Novos tempos: iluminação por teto translúcido, máquinas consumindo 100 ml/h de óleo refrigerante, muito reduzido em relação aos processos usuais, testes de todos os motores dispensando uso de combustível.
Prédio tem ventilação positiva, bloqueando a entrada de poeira. Pessoas e veículos passam por câmaras de limpeza, evitando contaminar o processo.
Mais um – Fábrica Nissan em construção em Resende, RJ, tem segundo produto anunciado: o Versa. O sedã utiliza a plataforma do pioneiro produto da instalação, o March.
Continua - Outros usuários da base comum poderão estar na mesma cadeia industrial, como o novo Renault Clio. Cronograma 2014 indica March no primeiro semestre e Versa no segundo. Empreendimento para 200 mil unidades ano. Nissan pretende 5% do mercado em 2016.
Enfim – Coisas do Brasil, 16 anos após prevista no Código de Trânsito Brasileiro, o Contran, Conselho Nacional de Trânsito, fez valer o texto legal permitindo aos motoristas sem multas no ano anterior, transformar eventual multas leves ou médias em advertência por escrito.
Perdeu - Vale desde o 1º. de julho pela Resolução 404/2012 e o multado deve recorrer ao diretor do Detran, a quem cabe decidir.
Óbvia a força da exclusiva filosofia arrecadadora dos Detrans, postergando a regulamentação da medida pró contribuinte. Quem pagou, pagou, e fica por isto mesmo. A omissão beneficia os governos.
Fim – Acabou o picape Ford Courier. Baixa demanda por feição de trabalho, necessidade de espaço na linha de produção e uso de plataforma solitária.
Cinquentão – Líder mundial em tintas, a PPG festeja 50 anos do processo e-coat. Hoje a sétima geração de tecnologia empregando a corrente elétrica para promover a deposição da tinta em superfícies, é livre de chumbo, com grande resistência à corrosão. Diz, o processo já pintou mais de 700 milhões de veículos.
Antigos – Novo episódio de Mundo Museu será exibido pelo canal +Globosat, terça, 23, às 21h.
Mostrará o portentoso e didático Museu Mercedes-Benz, em Stuttgart, Alemanha, onde exibe toda a evolução das marcas criadas pelos pioneiros Gottlieb Daimler e Carl Benz.
No Museu está o Daimler especificado por Emil Jellinek, e que se transformou na marca Mercedes. Mundo Museu é co produção do +Globosat, que do ramo também exibe o programa Oficina Motor.
Museu Mercedes no +Globosat
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