Amarok, mudanças suaves
Para
ajustar-se à demanda da faixa superior de clientes, a picape Volkswagen agregou
mudanças, pré-informadas pela Coluna:
transmissão automática com 8 velocidades, combinando-a com o motor diesel
biturbo, revisto e melhorado para fornecer 180 cv – 17 a mais que no modelo
anterior.
O
ganho de potência e torque, agora 42,8 kgmf, auxilia o uso da transmissão. Parece,
mas não é pouco. A transmissão compra ingresso para entrar na festa
anfitrionada pelo Toyota Hi-Lux, a da cara, aplaudida incoerência de juntar
cabine dupla, estofamento em couro, motor diesel, câmbio automático, além de
presentes tração total 4 Motion e reduzida, de raro uso, consumindo o produto
como automóvel de luxo urbano.
Na prática, na disputa entre os donos, felizes
em seus brinquedos caros, dizer ter picape maior que o dos outros, as 8
velocidades da transmissão ultrapassam as sensações de suavidade de uso, do
conforto, do livrar-se de apertar a embreagem no para-e-anda do trânsito
pesado. Insólito no mercado nacional câmbio automático o eleva a patamar sequer
arranhado pelos concorrentes Toyota, Mitsubishi e Nissan, com quatro, cinco e
seis marchas.
Há
consequências operacionais pois, o maior número de marchas, abre o leque de
utilização, com a primeira mais reduzida e a oitava mais longa. Há mais força
para sair e mais economia para andar em velocidades altas.
Na prática do uso, acelera com vigor automobilístico,
cumprindo da imobilidade aos 100 km/h em 10,9s e cravando 179 km/h – em sétima
marcha, pois a 8ª. é longa, multiplicada, de mais economia e menos valentia.
O ganho de potência deu-se por acerto eletrônico no
programa da centralina e mecânico nos
turbo compressores. Curiosamente, nas versões com transmissão mecânica de seis
velocidades, a potencia aumentou, mas o torque estaciona em 40,8 kgmf.
Leque
A transmissão automática caracteriza a versão
Highline no topo da linha. Nas outras, mecânica de seis velocidades. Com
potência de 180 cv; outra, a Amarok S, com apenas uma turbina – “S” parece dizer Sem ou Simples ...; a
SE, mantém a maior potência, porém simplificada em confortos – talvez SE signifique “Sem Equipamentos”,
ambas em cabine dupla ou simples, tração 4x4 ou 4x2 no eixo traseiro.
Todas portam, de fábrica, seis almofadas de ar
frontais e freios ABS para off-road,
ELD, bloqueio eletrônico do diferencial. As versões de topo, Highline e
Trendline tem opcionais os programas ESP – de estabilidade; HDC – controle de
frenagem em descidas; HSA, assistente para partidas em subidas.
Operacionalmente a caçamba do Amarok recebe um pallet em padrão Euro – 1,20m x 0,80m.
Foco
Projetado por alemães especialistas em automóveis,
para mercado que não conhecem, o Amarok seguiu bom caminho, em especial pela
suspensão, projetada para oferecer um rodar mais automobilístico que camional.
Seu rolar é de utilitário esportivo, com reações rápidas na direção, e o
volante de pequeno diâmetro com comandos eletrônicos é de automóvel.
Sensível, a Volkswagen busca atingir outro ponto
sensível ao motorista, além das mãos, do corpo, dos olhos, ouvidos, nariz do
comprador. Faz agrado ao bolso com financiamento e seguro diferenciados, em
fórmulas flexíveis. No seguro, pavor dos compradores de picapes diesel, um
refresco tendo em vista a frota pequena, pouco visada para furtos de reposição:
R$ 4 mil.
Amarok, topo de segmento, automático, 8 marchas. |
Mercedes, BMW, Volks, Ford,
Hyundai ou Kia Optima, a nova dúvida
Novo sedã na praça diz logo sua pretensão: tomar
vendas a algum dos de maior venda e prestígio. É o Kia Optima, cuja aceitação
mundial delongou a apresentação no Brasil.
2,80m de distância entre eixos,
altura de 1,35m elegância de linhas, CX – o coeficiente de resistência ao ar –
de 0,29, projeto feliz e harmônico, ao contrário dos excessos de seus primos
Hyundai.
Motorização quatro cilindros em linha, transversal
dianteiro, 2.4 litros, 16 válvulas com gerenciamento eletrônico, 184 cv e 23,6
kgfm de torque, ligados a transmissão automática com tração dianteira, 6
velocidades.
Suspensão dianteira Mc Pherson, traseira por multi
link, freios a disco nas 4 rodas.
O conjunto é agradável aos olhos, bem composto,
seguro – exceto pela ausência de apoio de cabeça e de cinto de segurança de
três pontos para o passageiro central do banco traseiro. Internamente, ótima
ergonomia para o motorista, elegância com o painel enviesado, surpreendente
espaço para as pernas dos passageiros do banco posterior. Bons preços frente à
concorrência: R$ 96,9 mil e R$ 105,9 mil com teto solar panorâmico, chave que
não é chave ao dispensar encaixe, faróis xênon.
Como usualmente ocorre para a Kia Brasil,
dificuldades de fornecimento. A marca é a que mais cresce no mundo e, embora o
titular da importação José Luiz Gandini seja o mais premiado dos revendedores,
não consegue receber à altura da demanda do mercado. Ainda assim projeta vender
3.000 unidades neste ano, equivalendo a 10% do segmento de sedãs deste porte –
Mercedes C; BMW série 3; Ford Fusion; VW Jetta; Hyundai Sonata.
Independentemente do aspecto qualidade, onde os
coreanos atualmente dão aula ao mundo, tem qualidades comparativas com todos em
estilo, conforto interno, bons resultados dinâmicos, e o argumento preço.
Garantia de 5 anos ou 100 mil quilômetros.
Kia Optima, opção a ser considerada |
Parto da montanha, o pacote econômico anunciado pela
presidente Dilma para fortalecer a indústria e alavancar o crescimento do PIB,
tem fórmula simples: o Tesouro coloca recursos no BNDES, que os empresta a
juros abaixo da praça, para indústrias e para financiar caminhões. Para os
recursos, nada de cortes nos gastos supérfluos ou reforma tributária, mas
aumento nos impostos, inicialmente sobre cerveja e refrigerantes.
Poucos os setores foram alcançados e faltaram
explicações tanto sobre o silencio sobre determinadas áreas, quanto pela
curiosa presença do presidente da Câmara completando o trio com a Presidente e
o Ministro Mantega.
Automóveis
O setor é o único com definições de começo, meio e
fim. Inicia com prazo para acertar o projeto até o final do ano, vigindo de
2013 a 2017. Prossegue com cinco anos de prazo de duração, prova de sintonia ou
de bom senso, pois os planos das indústrias do setor são quinquenais. O prazo
para gestá-lo e seu vigor não contém sustos ou surpresas.
Vitória para o setor e particularmente para o eng
Rogélio Golfarb, diretor da Ford e, quando presidente da Anfavea, entidade do
setor, solitário pregador do prestígio à qualidade dos profissionais
brasileiros de engenharia. As novas regras definem percentuais do faturamento
líquido das empresas 0,15% para pesquisa e desenvolvimento e 0,5% em
engenharia. Em 2017, respectivos 0,5% e 2%. Pouco ou não, inicia um caminho.
Na prática significa implementar soluções nacionais,
indica que as montadoras devem caminhar para ter campos de prova, fundamentais
à pesquisa e desenvolvimento, mas hoje apenas GM e Ford os têm.
Mercado
O muro tributário representado pelos 30 pontos
percentuais aplicados sobre os 35% do Imposto de Importação, podem ser
reduzidos em quase 110 %. Número curioso, mas é o seguinte: montadora que
conseguir atingir 65% de peças Mercosul em seus produtos, estarão livres do
delta adicional e ainda poderá abater 2% do IPI se investir em tecnologia.
As regras não estão prontas, serão objeto de
discussões e acertos mas, como disse um dos participantes da formatação, a
ideia é fortalecer a indústria de auto peças, pois sem ela não há fábrica de
automóveis.
O processo de moldagem e de aferição não é fácil e
pode ser poluído por agentes interessados em ser mais sabidos que a sabedoria.
Mas o prazo pode permitir bem cercar os métodos de conferência de nacionalização.
Hoje há montadora que se intitula nacional, mas suas intervenções industriais
são inferiores às praticadas antes da indústria automobilística ser montada. É uma esperança para o país ter engenharia
competente, tecnologia atualizada e produtos competitivos daqui a 5 anos.
Roda-a-Roda
Caixa – Após fazer chamada de capital entre acionistas, a
PSA, holding Peugeot Citroën, vendeu sua famosa sede na
não menos famosa e parisiense avenida Champs Elisées. Quer fazer caixa para os
desdobramentos do acordo operacional com a GM.
União – A reunião dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia,
China, e África do Sul -, países com projeções de crescimento, não chegou a
conclusão sólida. Tal como a união sul americana em torno de um banco de
fomento continental. Cautelas e receios.
Mais Uma – Maio, a chinesa Foton deve anunciar fábrica de
caminhões e larga linha de utilitários no Brasil.
E só – O Tiida Sedan chega ao mercado como 2013 sem
mudanças exceto o opcional a preço baixo – ou real: rodas liga leve, aro 15”, a
R$ 600 acima dos R$ 45.590 marcados na etiqueta. Continua bem formulado, motor
atual, 1.8, quatro cilindros, 16v, gerenciamento eletrônico de abertura, câmbio
mecânico seis marchas, duas almofadas de ar – ABS, não.
Questão – As montadoras querem aproveitar a constância do
crescimento do mercado brasileiro e aumentar a capacidade de produção em 2
milhões de veículos – quase 50% do número atual –, chegar a 5,5 milhões, em três anos.
E? – Investir para produzir, dar emprego em toda a
cadeia econômica é formidável, mas, sob o ponto de vista ecológico e de
honestidade procedimental há dúvida incômoda: onde rodarão e estacionarão estes veículos?
Resultado - O governo quer colher impostos do artigo legal
mais tributado, o automóvel. Mas não se preocupa em entregar as condições para
garantir o direito de circulação. Afinal quem paga impostos por um equipamento automóvel,
quer poder circular. E o aumento de vendas entulhará as cidades, incrementando
os índices de poluição.
Pega – A Ford cedeu Mustang 2013 para o capítulo final do norte-americano
seriado Alcatraz. Repete o mais famoso pega
do cinema, quando em 1968 Steve Mc Queen conduziu um Mustang contra um
Dodge Charger nas ruas de S Francisco.
Mustang, rodas no ar, lembra Mc Queen em Bullit |
Teste – A Ford prossegue testando motores 1.0 com três cilindros, turbo e
aspirado. Prova de resistência, andando 24h/dia na pista de provas de Tatuí,
SP. Devem substituir os RoCam.Lembrança – Capacete utilizado por Ayrton Senna foi
arrematado em leilão inglês da Silverstone. Quase 75 mil libras – perto de R$
400 mil.
Razões – Apesar dos RoCam terem sido revolucionários há mais de década, ganho
prêmio mundial, as exigências legais em emissões e consumo forçam ao
desenvolvimento de unidades mais leves, com menos peças, com menos gasto e
poluição. Os três cilindros até 1.0 tem sido a solução.
Moda – Agora que os tetos solares deixaram de ser um retângulo aposto ao
teto do veículo, transformando-se em uma lâmina corrediça de vidro tomando toda
a largura, há novo acessório na praça: adesivo negro para imitá-lo no visual.
Uma gaiatice.
Antigos – Notícia que órgão federal do patrimônio nacional, tombará todo
veículo com mais de 50 anos de produção, assusta o meio antigomobilístico. A
disposição não separa os Placa Preta
dos demais; sugere inspeções anuais para conferir a manutenção da
originalidade; outras inconveniências administrativas. Um pandemônio que sócios
e clubes não entendem.
Pois é – Preocupado? Relaxe. Tudo brincadeira de 1º. de abril do jornalista
Jorge Meditsch. Veja lá: http://autoestrada.uol.com.br/interno.cfm?id=3935
Gente – Nelson Piquet, 60, tri campeão
de Fórmula 1, empresário, brinquedo novo. OOOO Rolls-Royce, sedã 4 portas, novo. OOOO Piquet quer aproveitar a vida, reduziu
o trabalho, diverte-se fazendo mecânica em sua coleção de antigos. OOOO Mauro Bellini, engenheiro, progressão.
OOOO Novo
presidente do Conselho de Administração da Marcopolo. Era vice após carreira de
executivo na companhia, para quem desenvolveu os mercados da África do Sul e
Oriente Médio. Do ramo e da família. OOOO
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