Pude testar na semana passada o Ford EcoSport, na versão Titanium, flex, de câmbio automático, numa viagem de fim de semana, de 280 km, do Rio de Janeiro a Angra dos Reis, na ida com sol, temperatura amena, mas a volta sob intensa chuva, e durante a semana usei bastante o carro na cidade. Tenho de confessar que compraria sem pestanejar o EcoSport 2013 e explico abaixo os motivos.
A traseira foi o que mais lembra o primeiro EcoSport. |
Tenho que confessar, o EcoSport é um SUV muito agradável. Dono de um sedan com potência semelhante, tive a agradável surpresa de constatar como o motor 2.0 de 142 cv, do Ecosport é um pouco mais econômico. Mas, diria que o seu consumo está na média dos de motorização semelhante, mas faz bonito na estrada e na cidade. Para acionar o motor basta apertar o botão Ford Power. Nada de chave na ignição.
Minha mulher, Lana Carla, ficou maravilhada, também, com a visibilidade no habitáculo, com o conforto, pela altura dos bancos e por a coluna dianteira não atrapalhar a visibilidade nas curvas.
A Ford conseguiu juntar num tripé, conforto, desempenho e estabilidade pontos fortes do Ecosport. Os níveis de ruído no habitáculo são muito abaixo do esperado.
O pneu estepe continua, como nos modelos anteriores na porta traseira. |
Espaço e conforto
Na frente, os instrumentos no painel estão bem à mão e visíveis e os passageiros protegidos por airbags frontais, de série em todas as versões, assim como freios ABS e direção elétrica.
Há, porém, um item que me causou um pouco de desconforto nos bancos dianteiros: a inclinação excessiva para a frente do encosto de cabeça que obriga motorista e o carona de estatura maior a curvar um pouco as costas, ou inclinar a cabeça para a frente. O encosto mais reto resolve o problema.
Senti também a falta de um encosto (suporte) de braço no banco do carona, existente apenas no do motorista. Ambos poderiam ser móveis e assim poderem ser levantados quando necessário.
Traria um melhor conforto principalmente em viagens longas e até nos engarrafamentos que temos de enfrentar no nosso cotidiano. Ficam as sugestões.
Bagagens
No porta-malas do EcoSport cabem duas malas grandes. A abertura da porta para o lado esquerdo facilita a acomodação das bagagens e o detalhe interessante é que a porta é aberta pressionando um pequeno botão camuflado na lanterna (foto).
O porta-malas de 295 l permite usar a acomodação de malas na altura o que quase o duplica, mas com os bancos traseiro rebatido triplica o volume. |
O acabamento do novo EcoSport é boa qualidade. Os encaixes nas portas, nas janelas e no habitáculo estão bem feitos, o que sem dúvida elimina os níveis de ruídos do carro.
Bom de estrada e de rua
O desempenho do EcoSport é excelente tanto na cidade como na estrada. A versão avaliada tem o conhecido e bem sucedido motor Duratec 2.0 16V, de 141 cv, abastecido com gasolina que chega aos 147 cv usando etanol.
O carro tem uma boa arrancada, facilitada pelo seus menos de 1.200 kg de peso, e na estrada sempre que lhe foi exigido mostrou-se rápido e valente nas retomadas, assegurando ultrapassagens seguras.
O desempenho do EcoSport é excelente tanto na cidade como na estrada. A versão avaliada tem o conhecido e bem sucedido motor Duratec 2.0 16V, de 141 cv, abastecido com gasolina que chega aos 147 cv usando etanol.
O carro tem uma boa arrancada, facilitada pelo seus menos de 1.200 kg de peso, e na estrada sempre que lhe foi exigido mostrou-se rápido e valente nas retomadas, assegurando ultrapassagens seguras.
Uma tranquilidade, a transmissão automática de seis velocidades PowerShift do EcoSport Tituanium, de embreagem dupla, que suaviza as trocas. Não sei se estou ficando velho, pois, não era, mas, hoje, sou fã incondicional de um câmbio que troca as marchas por mim.
Bebidas geladas
Tenho de voltar ao interior do EcoSport para ressaltar dois itens, de sérei, que achei bárbaros e muito úteis: o porta-luvas refrigerado, onde cabem seis latas de "refri"...
... e a gaveta
A versão avaliada possui sensores de chuva e de estacionamento, este ligado à tela de 3,5 polegadas com indicações gráfica e sonora. Tem ainda computador de bordo mostrando consumo médio e temperatura externa.
Esta versão Titanium possui um equipamento que pode facilitar a vida do motorista que se sente incomodado ao precisar de arrancar numa subida íngrime, o Assistente de Partida em Rampa.
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Ao escrever esta matéria de avaliação do Ford EcoSport 2013, lembro-me do lançamento da primeira versão deste modelo, em 2002, realizada, numa pequena povoação às margens do Rio Negro, na Amazônia, a algumas milhas de Manaus, ambiente propício com que a Ford pretendia mostrar – e conseguiu – que estava oferecendo aos brasileiros um utilitário esportivo, SUV, moderno, por metade do preço dos modelos importados de outras marcas, e que fez tanto sucesso nos anos seguintes.Tenho o relógio Swatch – EcoSport que a Ford presenteou aos jornalistas, que guardo com carinho.
A primeira versão da EcoSport que durante vários anos foi campeã de vendas do segmento. A foto é de um test-drive que fiz em 2003. |
Desde 2003, o Ecosport passou por muitas alterações físicas, exteriores, de suspensão, de motor, interiores, com ênfase na confortabilidade e dirigibilidade, e que o tornaram num carro confiável, e com as características principais dos concorrentes bem mais caros. As últimas mudanças foram cirúrgicas e me agradaram muito.
O Novo EcoSport é fabricado em Camaçari, na Bahia, tem três anos de garantia e já está sendo exportado para diversos países. |
O EcoSport 2013 saiu nas versões Freestyle e Titanium. A de entrada é a S que custa R$ 59.900, a seguir surge a SE, um pouco mais cara, R$ 62.500 e FSL, R$ 65.900,00, todas Freestyle, com motor 1.6 Flex 16 válvulas de 115 cv.
As versões Titanium começam com uma motorização 1.6 com câmbio manual como as FreeStyle, por R$ 69.900, justificados por uma boa quantidade de itens de conforto e segurança e duas outras com motor Duratec 2.0 de câmbio automático, por mais R$ 10 mil e a top da gama chega a R$ 81.900,00.
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