Pesquisar este Blog do Arnaldo Moreira

terça-feira, 18 de março de 2014

UM DOS PROBLEMAS MAIS COMPLEXOS QUE AS MONTADORAS ENFRENTAM NA PRODUÇÃO DE CARROS 100% ELÉTRICOS É FABRICAR UMA BATERIA COM AUTONOMIA O MAIS APROXIMADA POSSÍVEL À OFERECIDA POR UM TANQUE DE GASOLINA. A NISSAN DEBRUÇASSE SOBRE O ASSUNTO E DEU UM PASSO IMPORTANTE EM DIREÇÃO A UMA BATERIA DE QUALIDADE E DE MAIS LONGA DURAÇÃO.


Um dos grandes desafios da emissão zero é a ampliação da autonomia das baterias de íon-lítio. Com dois modelos 100% elétricos em sua linha, a Nissan dá atenção especial ao assunto. 

O mais novo passo nesse sentido veio com a criação do primeiro método de análise da atividade do elétron, que permite a observação direta do elemento no material catódico das baterias durante a recarga e descarga. 

O objetivo é obter grande precisão na representação de como os elétrons são emitidos e, assim, estudar como ampliar a durabilidade e a capacidade dos componentes que são o "combustível" dos EVs.

Resultado da parceria da Arc Ltda, subsidiária da Nissan, com as universidades de Tóquio, Kyoto e Osaka, a novidade faz uso da "química computacional", que usa princípios da ciência da computação para resolver problemas químicos. 

Assim, combina o uso da absorção de raios-X (a espectroscopia, técnica de levantamento de dados físico-químicos) com cálculos de um o supercomputador do governo japonês que estuda as mudanças climáticas do planeta, batizado de Earth Simulator Project.

Como é necessário obter a maior quantidade possível de lítio para se criar baterias de alta capacidade e durabilidade, a leitura da atividade dos elétrons obtidos nesse lítio é essencial. 

Até então, os métodos disponíveis não permitiam determinar como os materiais ativos dos eletrodos (magnésio, cobalto, níquel e oxigênio) emitiam elétrons e calculavam sua quantidade.

Ao utilizar a absorção de raios-X, a Nissan conseguiu observar claramente os elétrons diretamente envolvidos na reação dentro das baterias de telefones celulares, especialmente o comportamento dos materiais ativos de eletrodos. 

Os materiais ativos de alta capacidade são ricos em lítio e considerados agentes promissores para aumentar a densidade da energia produzida em 150%.

A nova análise revelou ainda que, em um estado de alto potencial, os elétrons originados de oxigênio são ativos durante a carga, enquanto os provenientes do magnésio se ativam na reação de descarga da bateria. Essas descobertas levarão ao desenvolvimento comercialmente viável das baterias com maior capacidade e durabilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça seu comentário

ACESSE TODAS AS POSTAGENS E SAIBA TUDO SOBRE O MUNDO AUTOMOTIVO.