Coluna nº 4612 de 15 de novembro de 2012
Grand Siena,
o melhor da turma do Logan
Tem ares de “já
vi em algum lugar”. É verdade. A novidade do Grand Siena é ser produto de
cruza entre o físico e o etéreo, a realidade e o conceitual.
Explico que na prática o Grand Siena é a visão da Fiat sobre Renault Logan, Nissan Versa, Chevrolet Cobalt, a junção do conceito com elementos frontais de sua linha.
Um carro espaçoso para receber clientes com capacidade aquisitiva – ou de se endividar – em ascensão. Saem do carro pequeno ou do usado para ter um novo com mais espaço.
Explico que na prática o Grand Siena é a visão da Fiat sobre Renault Logan, Nissan Versa, Chevrolet Cobalt, a junção do conceito com elementos frontais de sua linha.
Um carro espaçoso para receber clientes com capacidade aquisitiva – ou de se endividar – em ascensão. Saem do carro pequeno ou do usado para ter um novo com mais espaço.
A Fiat aproveitou o bom nome e a boa imagem
do Siena, produzido em 813 mil unidades em quatro gerações, entre 1997 e 2011,
criou o novo produto sobre a plataforma utilizada no Weekend e picape Strada,
ampliou a distância entre eixos – na verdade a medida de conforto no interior
dos automóveis – em 13,7 cm. Mais 6 cm em largura, 5,3 na altura. Dá para perceber
o ganho.
Na formulação deu atenção especial no
compatibilizar os órgãos mecânicos e no desenvolver conceitual da dinâmica do
automóvel. É macio, estável, de rodar confortável, amenizando a reatividade
intrínseca aos italianos.
Influi nestas sensações o trabalho realizado na suspensão traseira, evoluída relativamente ao Punto e, resultado em engenharia, aumento da bitola.
Influi nestas sensações o trabalho realizado na suspensão traseira, evoluída relativamente ao Punto e, resultado em engenharia, aumento da bitola.
Em termos de condução, o bom torque do motor
e a agilidade para a mudança das marchas pelas borboletas, e a surpreendente
estabilidade fazem a alegria nos trechos de subidas em curvas – para quem
gosta.
Internamente bem recebe os usuários e o
motorista se sente prestigiado com a boa instrumentação do painel, facilmente
visualizável, sem os exercícios de musculatura dos olhos exigidos pela
inexplicável disposição do Honda Civic, e ainda, ao ligar a chave de ignição,
os ponteiros varrem o quadrante.
Lembram importados de maior preço.
Desta renca de produtos sorrindo para os
novos consumidores, o Grand Siena tem vantagens nos extremos: da motorização
1.4 8V EVO à 1.6 16V EtorQ, motor FPT desenvolvido sobre base BMW, com opcional
de automatização Dualogic para a transmissão, leque de R$ 38, 7 mil a R$ 54
mil.
Automóvel ideal para a necessidade de bom espaço, bem desenvolvido e bem compatibilizado entre os órgãos mecânicos – o time liderado pelo eng Cláudio Demaria não é santo, mas faz milagres – e a preço contido.
Automóvel ideal para a necessidade de bom espaço, bem desenvolvido e bem compatibilizado entre os órgãos mecânicos – o time liderado pelo eng Cláudio Demaria não é santo, mas faz milagres – e a preço contido.
Diz a Fiat, o estilo foi desenvolvido em conjunto com os centros de Turim, na Itália, e Betim, MG e, em sendo, será forma de remunerar serviços à matriz que necessita, desesperadamente, de recursos externos.
Soluções atualizadas, como os faróis de
duplo refletor, esticados para os para lamas, de neblina embutidos nos para
choques, e lanterna traseira com elegantes traços luminosos.
No interior, para diferenciar-se da leva dos
modelos espaçosos e de preço contido da concorrência, detalhes cromados no
painel, elevando a percepção de cuidado elegante.
Mecânica com motorização flex 1.4 EVO 8V,
85/88 cv e 1,6 E.torQ 16V 115/117 cv (gasálcool/etanol), câmbio manual 5
velocidades e automatização opcional nos 1.6.
Freios dianteiros a disco, traseiros tambor.
Freios dianteiros a disco, traseiros tambor.
Segurança com ABS e almofadas de ar frontais
– adequação à letárgica obrigação legal – sendo opção as laterais. Terceiro
apoio de cabeça atrás, e a economia besta de utilizar apenas cinto subabdominal.
Característica igualmente inexplicável é a garantia ser de apenas um ano, quando o corrente se inicia com três. Não combina com a liderança de mercado.
Característica igualmente inexplicável é a garantia ser de apenas um ano, quando o corrente se inicia com três. Não combina com a liderança de mercado.
Para registrar. Especificamente na unidade
testada o câmbio tinha problemas. Fazia barulho em rolagem – rolamentos de
rodas, do apoio de pinhão ou peça rotante – e o automatizador Dualogic estalava
ao reduzir as marchas para parar.
Era defeito da unidade, pois outro veículo com Dualogic foi testado comparativamente e nele apareceram os ajustes feitos pela Fiat e sua controlada Magneti Marelli, exibindo melhor racionalidade de uso e suavidade entre as trocas de marcha.
O sistema permite mudança automática ou manual com elegante alavanca, ou pelas borboletas atrás do volante de direção, e possui um botão “S” comando de reprogramação das trocas, dando condução mais ágil. É o melhor da atual turma.
Era defeito da unidade, pois outro veículo com Dualogic foi testado comparativamente e nele apareceram os ajustes feitos pela Fiat e sua controlada Magneti Marelli, exibindo melhor racionalidade de uso e suavidade entre as trocas de marcha.
O sistema permite mudança automática ou manual com elegante alavanca, ou pelas borboletas atrás do volante de direção, e possui um botão “S” comando de reprogramação das trocas, dando condução mais ágil. É o melhor da atual turma.
Por concluir, é um bicho novo, bem
conformado, acertado, e deve ser produto de sucesso pois, apesar do preço
contido, tem-se a impressão de receber mais.
Testes
Latin NCAP:
carros do Mercosul defasados 20 anos
carros do Mercosul defasados 20 anos
Há exceções. Ford Fiesta hatch e Honda City
conseguiram quatro estrelas nas avaliações destacando-se em proteção infantil.
Outros, embora a proteção infantil seja menor, tiveram 4 estrelas: Toyota Corolla XEI, VW Polo hatch, Renault Fluence, Toyota Etios.
Surpreendentemente o Renault Sandero, o mais vendido da marca e o JAC J3 conseguiram apenas uma estrela, mostrando deficiência estrutural.
Outros, embora a proteção infantil seja menor, tiveram 4 estrelas: Toyota Corolla XEI, VW Polo hatch, Renault Fluence, Toyota Etios.
Surpreendentemente o Renault Sandero, o mais vendido da marca e o JAC J3 conseguiram apenas uma estrela, mostrando deficiência estrutural.
Os testes são realizados independentemente
das marcas ou governos e mostraram, segundo o Latin NCAP evolução nos veículos,
como portar duas almofadas de ar como equipamento de série.
Mas as conclusões são claras: os produtos para a América do Sul são defasados e, em alguns casos, como no Sandero e no JAC J3, não adianta aplicar air bags se a estrutura do veículo não resiste ao impacto.
Outras marcas, como Nissan March, Peugeot 207, Fiat Palio e Novo Uno, Gol Trend, Ford Ka, Chevrolets Celta e Corsa/Classic, ficaram com mínima estrela, embora marcassem duas ou três, como o Ka, em proteção infantil.
Mas as conclusões são claras: os produtos para a América do Sul são defasados e, em alguns casos, como no Sandero e no JAC J3, não adianta aplicar air bags se a estrutura do veículo não resiste ao impacto.
Outras marcas, como Nissan March, Peugeot 207, Fiat Palio e Novo Uno, Gol Trend, Ford Ka, Chevrolets Celta e Corsa/Classic, ficaram com mínima estrela, embora marcassem duas ou três, como o Ka, em proteção infantil.
As conclusões do instituto deixam claro,
além dos problemas por defasagem ou por economia construtiva, um dos
responsáveis pelas deficiências que causam mortes, ferimentos, danos materiais
e previdenciários, é a falta de legislação.
Seja pela ONU, regulamentando os padrões de segurança, seja pelos governos da América Latina.
O exemplo do Sandero merece ser a alavanca para mover governo e políticos. Desenvolvido no Mercosul, a versão aqui produzida, no teste de impacto frontal deformou, até, a coluna traseira!
O Sandero vendido na Europa marcou três estrelas no mesmo teste, indicando haver no modelo do Mercosul economia na estrutura. Ver mais? www.latinncap.com
Seja pela ONU, regulamentando os padrões de segurança, seja pelos governos da América Latina.
O exemplo do Sandero merece ser a alavanca para mover governo e políticos. Desenvolvido no Mercosul, a versão aqui produzida, no teste de impacto frontal deformou, até, a coluna traseira!
O Sandero vendido na Europa marcou três estrelas no mesmo teste, indicando haver no modelo do Mercosul economia na estrutura. Ver mais? www.latinncap.com
RODA-A-RODA
Investimento – Quer
ser sócio da Aston-Martin, com décadas de conquistas técnicas e a cara de
esportividade com sofisticação?
É hora. A Dar Investment, do Kwait,
passa 64% das ações da tradicional marca sediada na Inglaterra, pelos mesmos
US$ 800M que pagou. Há interessados e, curiosamente, a Toyota é um deles.
Alto – A JAC vende a S, versão espevitada do J3, motor 1.5, 127 cv a
álcool, decoração e afins. Mas esqueceram – ou acautelaram-se – reduzir a
altura. Baixá-lo 2,5 cm enfatizaria o perfil esportivo e aumentaria a
segurança.
Solo – A chinesa Lifan assumiu sua marca antes
representada pela Effa Motors, e se instala em Salto, SP. O negócio incluiu a
sociedade que o representante mantinha no Uruguai para a montagem dos veículos.
Investimento – Em razão de legislação ampliará capacidade
uruguaia, aplicando US$ 150M no negócio, incluindo fazer fábrica de motores.
Manterá operações com o sedã LF 620 e com o LF 320, hatch assemelhado ao Mini.
Caminho – Ampliado o
acordo entre a marca de tintas AkzoNobel e a McLaren, pintando os carros de
Fórmula 1: fornecerá para a pintura dos esportivos de rua, MP4-12C e Spyder, e
o novo P1.
Do Ano – O Hyundai HB20 é o “Carro do Ano”
pela revista Autoesporte. Merecido. Bom produto. A Ford passou o rodo, tendo
escolhidos Fusion “Carro Premium”’, EcoSport “Utilitário Esportivo” e Ranger “Picape do Ano”. Jaime Ardilla,
presidente da GM América do Sul,“Executivo
do Ano”. Adequado.
Ardilla não deixou a onda apequenadora da GM no restante do mundo inibir a filial brasileira, que solidamente socorreu a matriz. Pessoalmente enfrenta com coragem doença insidiosa, que se espera seja desafio passageiro.
Ardilla não deixou a onda apequenadora da GM no restante do mundo inibir a filial brasileira, que solidamente socorreu a matriz. Pessoalmente enfrenta com coragem doença insidiosa, que se espera seja desafio passageiro.
Slap – Deve ter sido
esta palavra, “tapa” em francês, o
nome do projeto para dar sobrevida ao erado Renault Clio no Mercosul. Mudança
na frente adotando logo aproximado à nova identidade visual da marca,
aprimoramento no motor para conviver com um automóvel planejado para maior
cilindrada.
Na prática – A Renault melhorou o 1.0 16V, elevou a taxa de compressão a 12:1 e
cuidou para te-lo longevo, com bielas do motor 1.2 turbo, bronzinas, jato de
óleo na parte interna dos pistões.
Muito trabalho, pouco resultado: potência do modelo 2012, 76/77 cv, passou a 77/80 cv. Torque era 10/10,2 foi a 10,1/10,5 kgfm, gasálcool e etanol.
Muito trabalho, pouco resultado: potência do modelo 2012, 76/77 cv, passou a 77/80 cv. Torque era 10/10,2 foi a 10,1/10,5 kgfm, gasálcool e etanol.
Dúvida – Tanto trabalho para ganhar 1%
em torque com gasálcool? Da Renault, Gerson Almeida diz, o
desenvolvimento focou em economia com as medidas e o alongar do diferencial. O
Clio é o 1.0 mais econômico do país, com etiqueta verde e carimbo oficial.
Começou bem - O novo C3 vendeu em outubro 3.093 unidades a
público e supera 6,6 mil desde o seu lançamento no final de agosto. A Citroën
fechou outubro vendendo 6.970 unidades, delas mais de 40% do C3.
É - Pegou, apesar
da surpresa inicial do ter subido de preço em relação ao modelo anterior,
contrariando prática do mercado.
Efeito - Para atrair interessados no sólido concorrente
Renault Duster, a Ford criou duas versões na linha de topo Titanium: no 2.0 opção de revestimento de tecido, e no 1.6 retirou
estofamento em couro e, acredite, almofadas de ar laterais e de cortina,
baixando preços a R$ 66.490 e R$ 63.990. Suprimir itens de segurança é anti-educativo e anti-institucional.
Melhoria – Bem acertado
em linhas, proporções e volumes, o Peugeot 208 a aparecer em março, caprichou
nas sensações para o motorista.
Sentado, vê a instrumentação acima do volante – por sinal, com 32 cm de diâmetro, menor que o menor dos Fórmula 1 dos Fittipaldi - sabe do que falo?
Sentado, vê a instrumentação acima do volante – por sinal, com 32 cm de diâmetro, menor que o menor dos Fórmula 1 dos Fittipaldi - sabe do que falo?
Expansão – A “Dacialização” da
Renault Brasil – processo pelo qual deixou de fazer carros Renault e assumiu os
criados pela romena Dacia, mais baratos, continua dando resultado. Em 2012
cresceu 33,6% contra 7,3% do mercado.
Justiça – O Tribunal
Superior do Trabalho, por unanimidade, condenou a Fiat a pagar horas extras a
funcionário que realizava mais que 8 horas diárias em dois turnos
ininterruptos, apesar de haver convenção com o Sindicato obreiro. O TST varreu
o assunto.
Então - A Fiat não quer
comentar o significado que o re arranjo trará em seu volume de produção e na
elevada produtividade.
Atualização – Novo motor para o Ford Transit: diesel Duratorq 2.2, mais 10 cv,
fazendo 125 e 40 Nm de torque, agora 350 Nm. Cumpre as exigências quanto a
emissões e consome diesel S 50. É o mais confortável da classe.
Chegou – Anunciada,
a centenária inglesa de motos Triumph começou a montar em Manaus: tradicional
Bonneville em design dos anos ’70 –
R$ 29.900; Tiger 800XC – R$ 39.900; Triple - R$ 42.900, e a naked
speed T – R$ 42.900.
Mais - Combinará
com as importadas Thunderbird Strom – R$ 49.900; Tiger Explorer – R$ 62.900 e
Rocket III Roadster – R$ 69.900. Quer vender 4.000 unidades ano, 70% nacionais,
restante importada.
Padrão – Como toda
indústria pioneira a Ford tem caminho tecido com competições. E agora,
globalizando seus produtos, a partir da corajosa redução de cilindrada e
aplicação de turbo, que aproveitar resultados de corridas para promover venda
mundialmente. Daí, fez o óbvio, padronizou a pintura: branca com largas faixas
longitudinais preta e azul.
Necessidade – A Volkswagen
inaugurou Centro Regional de Treinamento: Goiânia e terceira unidade de
programa de sete unidades.
Em 1.500m2 reproduz uma concessionária e pode treinar 1.000 funcionários de mecânica e venda das 62 revendas que compõem a região.
Em 1.500m2 reproduz uma concessionária e pode treinar 1.000 funcionários de mecânica e venda das 62 revendas que compõem a região.
Solução – Enfrenta
problema do setor, o crescimento da frota não tem resposta proporcional no
suprimento de mão de obra qualificada para vender e assistir. A VW é a única
montadora com este esquema. Em 2013 Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.
End eletrônico: edita@rnasser.com.br
Fax: 55.61.3225.5511
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